O anúncio da criação de uma lei de apoio à Economia Popular Solidária (EPS), por parte do Município de Porto Alegre, e a apresentação de algumas das ações de economia solidária do governo federal, pelo secretário nacional de economia solidária, Paul Singer, marcaram o Congresso Latino-Americano do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). Os objetivos da nova lei seriam reduzir taxas de impostos e a burocracia.O Congresso, promovido pela Igreja Católica, no Seminário São José, em Porto Alegre, terminou no dia 28 de abril, e teve como objetivo discutir os modelos de economia solidária e os modelos econômicos de desenvolvimento dos países da América Latina. O encontro contou com a participação de cerca de 15 bispos da América Latina.O secretário Nacional de Economia Solidária (Senaes), Paul Singer, destacou ações nacionais de apoio à EPS, como o mapeamento dos empreendimentos em nível territorial. “Com a criação da secretaria, o governo Federal pôde assumir políticas mais explícitas de economia solidária. Um exemplo disso é o sistema público de emprego, o Sine, que passou de trabalho para emprego e renda, para abarcar as outras formas autônomas de trabalho”, destacou. São mais de 250 agentes de desenvolvimento solidário espalhados por todo o país. “Uma maneira de organizar o processo e viabilizar melhor os recursos”, considera. Na bagagem do secretário, havia livro do Projeto Esperança/Cooesperança e também a Construção da Economia Solidária no Brasil, assinada por todos os participantes do encontro, para ser entregue ao presidente Luis Inácio Lula da Silva, convidando-o para o próximo evento da economia solidária do Mercosul, que acontece em julho. O material, que conta um pouco da trajetória do Projeto Esperança/Cooesperança, contém fotos, declarações de integrantes e coordenadores, histórico dos 25 anos de economia popular solidária da Cáritas Brasileira, além dos 20 anos da iniciativa.