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Líder feminista anula 850 casamentos infantis


14 de abril de 2016

Theresa Kachindamoto é supervisora de um distrito de um país africano chamado Malawi e vem se destacando pelas suas ações em prol da vida das mulheres e meninas de sua comunidade. A líder feminista trabalhou assiduamente para anular, nos últimos três anos, cerca de 850 casamentos forçados, colocando as meninas que foram coagidas a se casarem de volta à escola. Theresa também luta pela abolição de rituais que iniciam garotas sexualmente.

A triste realidade que assola o país africano não é somente estatística: mais da metade das mulheres malawianas se casam antes de completarem 18 anos. O país também conta com um baixíssimo Índice de Desenvolvimento Social, o que agrava a situação da população feminina e as coloca num patamar de maior vulnerabilidade social. Malawi, parece não englobar em seu lema “Unidade e Liberdade” a presença feminina.

A supervisora já desempenha funções semelhantes na área há 27 anos e não se cansa de alçar voos mais altos pela igualdade de gênero em seu país de origem. Em 2015, ela instituiu a maioridade de 18 anos para uniões civis – mesmo com a ciência dos pais. Pode parecer uma medida irrelevante em outros lugares do mundo, mas não em uma nação em que é comum ver meninas de 12 anos gestantes. Mas Theresa não se deu por satisfeita e travou há pouco tempo um embate para que a idade considerada apta para mulheres se casarem seja de 21 anos.

O casamento de meninas não é algo somente relacionado somente aos aspectos culturais de Malawi. Por ser uma região muito precária economicamente, as famílias que lá habitam veem a união de uma garota com um homem uma oportunidade de diminuir os gastos familiares. Atitudes como esta acabam por corroborar com o silenciamento das vozes femininas e o aumento significativo da violência doméstica. Tanto é que uma em cada cinco malawianas são vítimas de abuso sexual. Um dado não só angustiante, mas preocupante, uma vez que os índices de HIV sofrem um aumento considerável no país.

Não é de surpreender que Theresa já tenha sido ameaçada de morte por outros políticos que bradam contra o direito das mulheres daquela região. Mas eles certamente não conhecem a força que motiva a supervisora a continuar implantando políticas públicas capazes de transformar a vida das mulheres. Rebatendo todas as ameaças, Theresa disse que continuará lutando até a sua morte e finaliza com a seguinte mensagem empoderadora: “se elas forem educadas, podem ser o que quiserem.”

Fonte: Brasil Post
Imagem: All Jazeera

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