O projeto Oficineiros(as) da Inclusão, promovido pela Escola de Gente ? Comunicação em Inclusão desde 2001, é um dos mais bem-sucedidos da ong. Em seis anos, já foram realizadas 306 Oficinas Inclusivas em 18 estados brasileiros e em outros 10 países. Ao longo de 269,5 horas de oficinas, que utilizam dinâmicas e jogos, 1.925 adolescentes e jovens foram mobilizados para a causa da inclusão de grupos vulneráveis na sociedade, especialmente de pessoas com deficiência.
Atuando em territórios geográficos ou virtuais, os jovens oficineiros executam projetos em comunidades e escolas, realizam palestras, escrevem artigos, fazem programas de rádio, estudam e dão sua contribuição para a consolidação de uma sociedade inclusiva. A metodologia das Oficinas Inclusivas é considerada uma tecnologia social por seu baixo custo, inovação, potencial de multiplicação e impacto transformador. Em 2002, foi uma das cinco vencedoras na categoria ?Idéia Inovadora em Mobilização de Recursos?, do Prêmio Empreendedor Social Ashoka McKinsey.
Um pouco do trabalho e histórias desses jovens foram reunidos no livro ?Oficineiros da Inclusão?, escrito por Claudia Werneck, superintendente geral da ong Escola de Gente – Comunicação em Inclusão. Ela crê que, atualmente, há um uso leviano da palavra inclusão. “A Escola de Gente encara inclusão como um conceito internacional. Há, hoje, a falsa sensação de que não excluídos ou incluídos estão bem e que somente negros, deficientes, mulheres, homossexuais sofrem discriminação. Temos que perceber que todos, em algum momento da vida, podem estar incluídos ou excluídos. Muitas vezes o que há é a valorização do exotismo e não da diversidade. Não é isso que esperamos.?
Cláudia explica que as oficinas ?foram desenhadas para desenvolver em seus participantes uma visão crítica sobre políticas públicas que se dizem inclusivas mas que, na realidade, raramente contemplam, nos mesmos espaços sociais, todas as condições humanas?.
A publicação foi editada com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem patrocínio da empresa Fosfértil. Com 200 páginas, o livro retrata diversas ações executadas pelos jovens oficineiros para garantir direitos humanos, principalmente em relação às pessoas com deficiência.
As histórias do projeto e de seus integrantes são contadas não apenas em texto, mas também por meio de dezenas de fotos. A que ilustra a capa é de autoria do príncipe D. João de Orleans e Bragança, que participou de oito Oficinas Inclusivas realizadas, em 2009, em São Luís (MA). Ele ficou uma semana na capital maranhense, acompanhando e fotografando o trabalho mobilizador dos jovens Oficineiros da Inclusão. Várias dessas fotos estão também publicadas no livro.
Acessibilidade
O livro ?Oficineiros da Inclusão? foi concebido com uma preocupação especial com a acessibilidade. Além de um formato diferenciado para possibilitar um manuseio mais fácil por parte de pessoas com dificuldades motoras, a publicação foi editada em corpo 14 e com fonte Arial, que, segundo o Ministério da Educação, é a que oferece melhor leitura para pessoas com baixa visão. A obra é oferecida ainda em Braille, e todos os exemplares têm encartado um CD com uma versão em aúdio do livro – e descrição de todas as fotos -, para que pessoas cegas, com baixa visão ou analfabetas tenham acesso ao conteúdo.Com informações da Envolverde (envolverde.ig.com.br)