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Erradicação da Miséria

Mais de 14 mil empresas praticam Comércio Justo no Brasil


13 de outubro de 2010

O Brasil já conta com mais de 14 mil empreendimentos solidários, distribuídos em 2.274 municípios. O total corresponde a 41% dos municípios brasileiros e, de acordo com estudo inédito sobre o Comércio Justo e Solidário que o Sebrae acaba de lançar em todo o País, trata-se de uma tendência mundial. Segundo o estudo, a diversidade das iniciativas locais dos produtores é apontada como a principal razão para a expansão do processo.


A publicação, realizada pela consultoria Schneider & Associados e encomendada pela Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae, traz informações de mercado, tabelas e dados sobre as entidades envolvidas e as principais práticas no Brasil, na América Latina e em todo o mundo. O objetivo é identificar oportunidades de mercado para diversos segmentos, principalmente, para os voltados a agronegócios, artesanato, confecções e turismo.


Conforme o estudo, considerando a distribuição territorial, há maior concentração dos empreendimentos da economia solidária na região Nordeste, com 44%. O restante está distribuído com 17% na região Sul, 14% no Sudeste, 13% no Norte e 12% no Centro-Oeste. De todos os produtos mais comercializados, destacam-se os relativos às atividades agropecuária, extrativista e pesca, alimentos e bebidas e produtos artesanais.


“O Comércio Justo no mundo é puxado pelo consumidor. Para o grande público no Brasil, o assunto ainda é desconhecido, mas o diferencial do movimento será impulsionado a partir da consciência de quem consome”, explicou o consultor responsável pela pesquisa, Johann Schneider.


Ele ressaltou que as taxas relativas à prática do Comércio Justo crescem em torno de 20% ao ano. “E devem continuar crescendo”, acrescentou. Mas fez um alerta sobre os principais desafios que impedem essa evolução, como a falta de um sistema brasileiro de certificação com reconhecimento internacional, além do fortalecimento e profissionalização da cadeia produtiva.


Segundo o material, o movimento ganhou fôlego no País a partir de articulações da sociedade civil brasileira, com a criação, em 2001, do Fórum de Articulação do Comércio Justo e Solidário – Faces do Brasil. A idéia era reunir organizações de produtores, consumidores, entidades e representações governamentais e não-governamentais para discussão de alternativas de acesso a mercados por pequenos produtores, visando sua competitividade e sustentabilidade financeira.


Em 2006, surgiram no Brasil organizações coletivas de trabalhadores de comercialização e consumo solidários, denominados empreendimentos solidários, como alternativas ao desemprego, complemento da renda e obtenção de melhores condições de troca para os produtores.


Referência no País


Desde 2004, o Sebrae desenvolve ações com foco no Comércio Justo para promover o acesso a mercados pelas micro e pequenas empresas. Em 2005, a instituição lançou o projeto de Comércio Justo, que objetiva a criação de metodologias e ferramentas que possam orientar o processo de acesso a este mercado por parte dos pequenos produtores.


A partir daí, foram elaborados estudos e metodologias para referenciar a atuação do Sistema Sebrae no Comércio Justo, implementados projetos-piloto em vários estados, produzidos documentários em parceria com o Canal Futura para disseminação dos conceitos e princípios, além de guias e cartilhas, criados em parceria com a organização não-governamental Visão Mundial, para produtores e facilitadores brasileiros.


Entre os objetivos do Comércio Justo e Solidário estão a criação de oportunidades para produtores economicamente em desvantagem, transparência nas relações comerciais e melhores relações de troca através da prática de preços justos, igualdade de gêneros, exclusão do trabalho infantil e respeito ao meio ambiente.


Fonte: Agência Sebrae de Notícias (www.sebrae.com.br), com base em matéria de Tatiana Alarcon

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