Em relatório publicado no dia 8 de outubro, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) destacou a elevada taxa de desemprego entre os jovens do mundo todo. Embora tenha parado de aumentar acentuadamente e estabilizado num patamar de 13%, o índice permanece bem acima dos valores registrados antes de crise global de 2008, que giravam em torno de 11,7%.
De acordo com o levantamento da OIT, em 2014, 73,3 milhões de jovens estavam desempregados. Esse contingente representa uma melhora se comparado ao número de jovens desempregados em 2009 (76,6 milhões), logo após o estouro da crise financeira. Os números, no entanto, podem enganar.
Atualmente, a população jovem que compõe a força de trabalho mundial encolheu, pois crianças e adolescentes estariam dedicando mais tempo à educação. Com a diminuição do número de jovens disponíveis para o mercado, a proporção de desempregados é maior. “Aproximadamente 43% da força de trabalho jovem está desempregada ou trabalha, mas vive na pobreza”, afirmou a autora do relatório,Sara Elder.
A Organização, no entanto, destaca que esse número de jovens estudando deve ser visto com cautela, pois a desigualdade entre os países é enorme. Nas nações onde os salários são menores, 31% dos jovens não têm nenhuma qualificação ou educação formal. Esse valor cai para 6% em países com melhores salários. “A juventude de hoje não enfrenta uma fácil transição do mercado de trabalho e, com a desaceleração econômica global, é provável que isso continue”, ressaltou a diretora do Departamento de Políticas de Emprego da OIT, Azita Awada.
Fonte: ONU
Imagem IRIN / Adrian Leversby
*Na Somalilândia, o desemprego entre os jovens é um dos maiores no mundo, entre 60 e 70%.