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‘Mídia concentrada prejudica democracia’, diz ONU


11 de agosto de 2015

No Brasil, as principais empresas de comunicação estão na mão de seis famílias, que controlam 90% de toda a receita publicitária pública e privada. Para discutir o assunto, a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu um debate no Sindicato dos Jornalistas no Rio de Janeiro, para abordar a regulamentação da mídia e a liberdade de expressão.

No evento, o diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil, Giancarlo Summa, afirmou que no Brasil não existe uma democracia ampla sobre a liberdade de expressão. “A liberdade de expressão é um direito humano e não significa somente ausência de censura, mas também a diversidade de ideias e jornalistas trabalhando sem ameaças econômicas ou, até mesmo, contra sua integridade física.” Em entrevista à repórter Marina Vianna, da TVT, ele completa: “A América Latina tem alguns pontos incomuns, de forma geral, a mídia é muito concentrada na mão de poucas empresas, o que não é bom para a democracia”.

O relator especial para a Liberdade de Expressão da OEA, Edison Lanza, participou do encontro. Para ele, o Estado deve ter uma proposta clara dos meios de regulação, mas precisa estar atento à convenção americana de direitos humanos no que diz respeito à preservação da liberdade de expressão.

Durante o debate, ele afirmou que os meios de comunicação na América Latina, principalmente no Brasil, foram formados por famílias e partilhados entre aliados políticos ao decorrer dos anos. “Os governos tiveram, em geral, muito pouco êxito em desmontar essa situação.”

A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, Paula Máiran, afirma que a imprensa corporativa funciona de acordo com seus interesses políticos e comerciais. “Um dos ingredientes que formam esse círculo vicioso é o fato de nós termos os grandes meios de comunicação com um discurso único e que é o ponto de vista dessa elite dominante. O que a população tem de informação é algo deformado para atender esses interesses.”

O relator da OEA aponta que uma saída para a democratização das comunicações é a organização da sociedade civil, ele exemplificou o caso das tentativas de regulação das comunicações na Argentina e no Uruguai, em que todos os setores da sociedade civil – como os movimentos de mulheres, o sindical e LGBT, por exemplo – se uniram para abordar a questão.

“Sucessivas decisões da OEA atestam que o monopólio ou oligopólio das comunicações afeta a liberdade de expressão e, portanto, os Estados têm de garantir o pluralismo e a diversidade dos meios. E isso implica ter regulação, impor limites.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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