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Erradicação da Miséria

Moeda social e banco comunitário


13 de outubro de 2010

Veja as dicas do coordenador do Núcleo de Economia Solidária (Nesol) da Universidade de São Paulo (USP), Diogo Tsukumo, para a criação de uma moeda social ? instrumento de desenvolvimento local, destinado a beneficiar o mercado de trabalho dos grupos que participam da economia da localidade ?, e um banco comunitário, outro instrumento de desenvolvimento local. Atualmente, existem 51 bancos comunitários no país, em nove estados, formando a Rede Brasileira de Bancos Comunitários.


Diogo divide a metodologia em 4 fases:


1. Identificação


Nessa fase são realizados estudos, diagnósticos e visitas aos municípios ou comunidades para certificar que o local reúne as condições necessárias para organização de um banco comunitário.


Dentre outros, são observados os seguintes aspectos:


a) presença de uma organização local/comunitária, interessada em desenvolver e gerir as ações de um banco comunitário;


b) compromisso do poder público local, universidade e iniciativa privada, em apoiar a implantação do banco;


c) existência de grupos produtivos locais e de empreendimentos econômicos solidários; e


d) existência de rede telefônica instalada no município/bairro (serviço necessário para o funcionamento de caixa eletrônico).


2. Preparação


Consiste no processo de sensibilização dos moradores, produtores e comerciantes do município/comunidade, bem como na capacitação dos agentes e gerentes de crédito. Considerar nessa etapa eventos de capacitação (oficinas, cursos e treinamentos), distribuídas ao longo do período desta fase. Apresenta as seguintes fases:


a) reuniões com a comunidade, o governo local, e outros parceiros locais objetivando ouvir suas expectativas, negociação de apoio e definição da contribuição de cada um para a constituição de banco comunitário;


b) oficina de sensibilização com técnicos da entidade que apoiará o banco comunitário e comunidade, momento em que serão abordadas noções de desenvolvimento local e Economia Solidária;


c) oficina das experiências de outros bancos, apresentando o estágio de desenvolvimento alcançado pela comunidade;


d) oficina sobre economia solidária para oferecer aos moradores noções sobre como organizar coletivamente redes de produtores e consumidores locais, remontando cadeias produtivas e criando instrumentos de Economia Solidária.


e) oficinas práticas sobre o mapeamento da produção e do consumo local; e


f) curso de agente e gerente de crédito, quando serão treinadas pessoas da comunidade para atuarem como agente e gerente de crédito.


3. Implantação


Após o processo de sensibilização e capacitação, iniciam-se os preparativos práticos para o funcionamento do banco, destacando-se;


a) oficina de planejamento do banco comunitário para determinar o funcionamento do banco, nome, produtos, gestão, parcerias e outros;


b) oficina de treinamento da equipe do banco comunitário e criação dos instrumentos de gestão (formulários, fichas de cadastro, definição de política de juros, sistema de aval, analise do crédito e outros);


e) preparação e edição do material gráfico sobre o banco comunitário e a moeda social local;


f) cartaz, folder, convite, impressão das moedas sociais e outros; eg) lançamento do banco e assessoria à equipe de gestão por três meses.


4. Consolidação


Nessa fase os bancos comunitários precisam consolidar suas atividades e superar dificuldades apresentadas ao longo do processo inicial. São realizadas ações de:


a) consultorias especializadas e focadas;


b) reuniões com o poder público local;


c) articulação com novos parceiros;


d) cursos de aperfeiçoamento para os agentes e gerentes de crédito, produtores locais e consumidores;


e) aperfeiçoamento nos conhecimentos e nas práticas desenvolvidas no banco; e


f) campanhas para divulgar as ações do banco e seu impacto na comunidade.


Com informações Instituto Akatu (www.akatu.org.br) /Naná Prado.

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