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Movimentos ocupam Ministério da Saúde contra nomeação de coordenador de Saúde Mental


16 de dezembro de 2015

No dia 15 de dezembro, militantes da luta antimanicomial, usuários e funcionários do sistema público de saúde mental, ocuparam a Coordenação Geral de Saúde Mental Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde. O intuito é pressionar Marcelo Castro, ministro da saúde (PMDB), para que volte atrás na nomeação do médico Valencius Wurch Duarte Filho do cargo de coordenador da área.

“A ocupação ocorre com uma revindicação única: a exoneração imediata do coordenador nomeado, por parte do ministro da Saúde Marcelo Castro”, disse a Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila).

Várias manifestações acontecem dentro e fora do prédio do Ministério da Saúde com a participação de pessoas atendidas pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Ainda nesta terça-feira, 15, acontecerá uma assembleia geral para definir os rumos da ocupação.
Dia 14 ativistas se reuniram com o Conselho Nacional de Saúde para pedir a revogação da nomeação de Valencius W. Duarte Filho para a Coordenação Nacional de Saúde Mental. O CNS acatou pedido de ativistas e deve negociar com a presidenta Dilma Rousseff e o Ministro da Saúde, Marcelo Castro, uma forma de cancelar a nomeação.

Movimentos também organizaram manifestações nas redes sociais com a hashtag #AbraçaRAPS. Raps é a sigla para Rede de Assistência Psicossocial, rede fruto da reforma psiquiátrica que representa a luta pelo fim do manicômios.

Por que são contra a nomeação de Valencius Wurch?

A luta contra a nomeação se deve ao fato de Wurch ter sido diretor do maior manicômio privado da América Latina, a Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. A instituição foi fechada por ordem judicial em 2012 “diante das condições subumanas a que os pacientes eram submetidos”, diz a nota do Conselho Federal de Medicina.

O fechamento aconteceu após anos de denúncias sobre violações dos Direitos Humanos. Wurch foi diretor do manicômio de 1994 até o início dos anos 2000. Foi nessa época que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados constatou graves violações de direitos humanos na casa. Havia prática sistemática de eletroconvulsoterapia, ausência de roupas, alimentação insuficiente e de má qualidade e número significativo de pessoas em internação de longa permanência, relata a Abrasco.

Fonte: Brasileiros
Imagem: Guilherme Fernandes de Melo/Renila

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