O Fórum de Mulheres de Pernambuco (FMPE) e a Articulação de Mulheres da Mata Sul (AMMS) promoveram, no dia 28 de outubro, a Vigília Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
Uma das conclusões ao qual o Fórum chegou é que a rede de serviços de atendimento à mulher vítima de violência em Pernambuco está longe de ser um modelo. A necessidade de se criar uma rede que realmente funcione é uma das reinvidicações do movimento feminista como saída para prevenir a questão da violência. De janeiro até outubro já são 223 homicídios de mulheres no estado.
Outra reivindicação do FMPE e da AMMS é que sejam implementadas a Delegacia Especializada da Mulher e a Casa Abrigo na Zona da Mata. Outra preocupação é que a maioria das mulheres, mesmo depois da Lei Maria da Penha, continuam sem dar continuidade aos casos de denúncia.
De acordo com os movimentos de mulheres, em Palmares, no Centro de Pernambuco, há uma defensoria Pública Regional, que atualmente está sem defensores públicos. O município de Joaquim Nabuco não tem uma defensoria municipal. Já em Água Preta, o atendimento é precário e em muitos casos o defensor das vítimas é também defensor de seus agressores.
Segundo os movimentos, a banalização da violência doméstica ou sua concepção enquanto parte das relações de casal ou mesmo das relações entre ex-casais são fatores que impedem o reconhecimento deste tipo de violência contra a pessoa, tornando-a invisível não apenas para as vítimas, como também para a sociedade e o estado.