Promover a inclusão social através do incentivo a pequenos produtores, que serão capacitados para gerir seus negócios. Com essa proposta, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou, no dia 13 de março, na Universidade Federal no Ceará, o primeiro Plano Setorial de Qualificação (Planseq) do Microcrédito. A capacitação destina-se a empreendedores populares que precisam de orientação para melhorar seus negócios. O programa deve ser promovido em 17 estados e há estimativa de atendimento a 24 municípios.
O plano é resultado de um convênio do MTE com a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC), instituição de apoio à Universidade Federal do Ceará (UFC), tendo como parceiras várias entidades de crédito. Segundo o coordenador do plano no Ceará Osmar de Sá Ponte Jr., inicialmente serão capacitados 300 empreendedores, indicados pelas instituições de microcrédito. Eles são beneficiários de projetos de microcrédito oferecidos pela rede de instituições habilitadas ao Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado. A capacitação totalizará 200 horas/aula e será dividida em seis módulos, com metodologia participativa, repassando noções de cooperativismo.O programa apresenta cinco eixos de ação: formação de empreendedores, formação de instrutores, apoio à comercialização, apoio à organização e laboratórios. A iniciativa vai qualificar em todo o país 3,4 mil empreendedores de atividades de pequeno porte e beneficiar indiretamente mais de 10 mil pessoas entre familiares e empregados dos empreendedores. O projeto foi elaborado pela Comissão de Concertação, formada por representantes de entidades operadoras de microcrédito.O Plano Setorial de Qualificação envolve recursos da ordem de R$ 1,8 milhão, sendo R$ 1,6 milhão proveniente do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e o restante, da Fundação. Max Coelho, coordenador do Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado, disse que dentro do Programa Bolsa Família foram identificadas um milhão de pessoas que podem receber microcrédito para pequenos negócios e se tornar empreendedoras. Ele lembrou que o objetivo maior do plano é combater a pobreza.
Com informações da Universidade Federal do Ceará.
