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Mulheres querem controle sobre programação das TVs para combater preconceito


13 de outubro de 2010

Punir os canais de TV que difundam o preconceito contra mulheres e garantir que metade do conselho gestor da nova TV pública seja composta por mulheres. Essas foram algumas das medidas aprovadas, no dia 20 de agosto, pela maioria das cerca de 2,5 mil pessoas participantes da 2ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, em Brasília. O objetivo é derrubar o estereótipo da mulher “jovem, magra, branca, de cabelo liso e burra” vendido pela mídia, segundo a psicóloga Raquel Moreno, do Observatório da Mulher.


A nova TV pública, que será implantada pelo governo federal até o final do ano, terá um conselho gestor. Os 20 integrantes serão indicados pelo presidente da República. Uma recomendação da conferência pede que 50% das vagas sejam ocupadas por mulheres, com paridade entre negras, índias, brancas e outros segmentos.


Além da participação na nova TV Pública, as mulheres reivindicam maior controle social sobre a programação das TVs privadas. A conferência propôs a criação de observatórios sociais dos canais, para coibir a difusão de imagens preconceituosas e estereotipadas. As delegadas da conferência também querem incluir no critério de concessão pública dos canais o tratamento não-discriminatório às mulheres. A conferência sugere que os canais que difundirem o preconceito de gênero ou a intolerância religiosa sejam punidos, até mesmo com interdição de programas.


Um levantamento do Observatório da Mulher mostra que somente em 15% do noticiário a mulher é o centro da notícia ou fonte. Para Raquel Moreno, o modelo difundido é o da “mulher musa. ?Que é a que vende e representa os valores tradicionais?, afirmou a psicóloga.


A interdição dos conteúdos, como propõe o documento, não pode ser vista como uma forma de censura, mas de respeito às mulheres, defende a psicóloga. Na visão da feminista, é um absurdo a mulher ser ?retalhada?, para vender produtos ou ainda ser oferecida como brinde. ?Os homens de criação precisam se conscientizar que não podem limitar a criatividade à agressão de seres humanos para vender produtos?, completou.


A conferência também aprovou apoio à realização de uma Conferência Nacional de Comunicação, para que o governo discuta com a sociedade civil sua política nacional para a área.


Fonte: Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br ), com base em matéria de Isabela Vieira

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