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Nova geração de mulheres é mais propensa a agredir parceiros


13 de outubro de 2010

A nova geração de mulheres é mais propensa do que os homens a perseguir, atacar e abusar psicologicamente de seus companheiros, segundo um estudo da Universidade da Flórida (UFA) em Gainesville (EUA). Cerca de 29% dos 2.500 estudantes da Universidade da Flórida (UFA) e da Universidade da Carolina do Sul ouvidos numa pesquisa, realizada entre agosto e dezembro de 2005, informaram que foram agredidos fisicamente por seus parceiros, e 22% disseram ter sido vítimas de agressões no ano passado. Enquanto isso, 32% das mulheres confessaram terem sido as autoras da violência, contra 24% dos homens.



“Hoje vemos mulheres agindo de maneira diferente de como agiam nas relações do passado. A natureza da criminalidade mudou nas mulheres, e isto é refletido também nas relações íntimas”, disse Angela Gover, criminologista da UFA que coordenou a pesquisa.



Em uma outra pesquisa de opinião, realizada entre 1.490 estudantes da UFA, 25% disseram ter sido perseguido em 2005, e 7% afirmaram estar envolvidos nesse tipo de atividade. Neste grupo, a maioria era mulheres. Embora as mulheres sejam as principais autoras dos abusos, em ambas as pesquisas elas aparecem como as maiores vítimas de assédio, representando 70% dos casos.



Para a especialista, é possível que os ataques físicos que as mulheres admitem ter cometido sejam, na verdade, “atos de autodefesa”. Gover explicou que “algumas dessas mulheres podem ter sido abusadas por seus companheiros durante certo tempo, e que finalmente decidiram se defender”.



Recentes pesquisas sobre violência doméstica sugerem que, enquanto no passado as vítimas sentiam-se acuadas, as mulheres de hoje estão mais propensas a analisar as opções, em vez de suportar maus-tratos. “Acho que isso também poderia ser visto como uma nova dinâmica nas relações, uma vez que as mulheres se sentem mais poderosas. Elas reconhecem que não têm que se manter para sempre em uma relação e que podem abandoná-la”, explicou Gover.



O abuso durante a infância foi o fator mais determinante para que homens e mulheres se transformassem em algozes ou vítimas da violência durante o namoro, disse Gover.


A pesquisa determinou que homens e mulheres que sofreram abusos durante a infância são 43% mais propensos a cometerem violência física, e 51% a serem vítimas de violência.



Os atos de violência incluem tapas, empurrões, golpes com objetos, lançar as pessoas contra a parede ou usar a força para obrigar o parceiro a ter relações sexuais, segundo a especialista.



Quanto ao abuso psicológico, 54% dos entrevistados disseram abusar psicologicamente do parceiro e 52% afirmaram serem vítimas dessa prática. Além disso, o estudo apontou que as mulheres são mais propensas a abusar psicologicamente dos outros, já que 57% delas disseram ter cometido esse tipo de abuso contra 50% dos homens.


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