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Meio Ambiente, Clima e Vulnerabilidade

Novo relatório do IPCC deve confirmar influência humana no aquecimento global


24 de setembro de 2013

Há muito pouco espaço para dúvidas de que as ações humanas são mesmo responsáveis pela elevação da temperatura no planeta. Esta é uma das principais conclusões do quinto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que será divulgado no dia 27 de setembro, seis anos depois de sua última edição.

A única questão que ainda permanece aberta é a gravidade do impacto que esse fenômeno terá sobre a humanidade e o meio ambiente. “As provas científicas das mudanças climáticas se reforçaram a cada ano, deixando pouca incerteza, salvo sobre suas graves consequências”, adiantou o presidente do painel, Rajendra Pachauri.

Os membros do IPCC estarão reunidos em Estocolmo (Suécia). Ao fim do encontro, os especialistas vão revisar e discutir os dados que constarão no documento oficial. No entanto, uma versão preliminar do texto obtida por jornalistas e a própria declaração de Pachauri já deixam claro que, na opinião do IPCC, é mesmo a crescente emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) que tem tornado a Terra cada vez mais quente, ano após ano.

Segundo a agência de notícias France Presse, um dos veículos que obteve a versão preliminar, o texto apontará também que a intensificação de alguns eventos extremos — como tempestades, inundações e períodos prolongados de seca — estão ligados à forma como a humanidade tem utilizado os recursos naturais.

Medidas urgentes

Além disso, o relatório destacará a urgência de tomar medidas para poder conter o aquecimento a no máximo 2ºC em comparação aos níveis da Revolução Industrial, um objetivo adotado pelos 195 países que negociam medidas para frear o efeito estufa.

O texto contou com a colaboração de 520 autores. “Não conheço um documento que tenha sido submetido a esse tipo de análise minuciosa e que tenha envolvido tantas pessoas com espírito crítico, que ofereceram sua perspicácia e conselhos”, afirmou o copresidente do grupo de trabalho que assina o relatório, Thomas Stocker. De acordo com ele, o trabalho se baseou “em milhares de medições na atmosfera, na terra, no gelo e no espaço”, o que permitiu uma visão “sem precedentes e imparcial” do estado do sistema climático. “A mudança climática é um dos grandes desafios de nossa época. E como ameaça nossa única residência, devemos enfrentá-la.”

Algumas conclusões dos bastidores da reunião de Estocolmo:

• Mais uma vez encurralados por críticas, os experts tiveram de explicar que a redução do ritmo de aquecimento da Terra, de 1998 a 2010, não altera a certeza de que as mudanças climáticas são causadas pelas emissões de gases de efeito estufa.

• O chamado “hiato” da curva de aumento da temperatura foi diagnosticado pelos próprios cientistas do Grupo Intergovernamental de Experts sobre a Evolução do Clima (GIEC), que integram o IPCC.

• Esboços do IPCC vistos pela Reuters dizem que as atividades humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis são, de forma “extremamente provável” – pelo menos 95% de probabilidade -, a principal causa do aquecimento global desde a década de 1950.

• No relatório anterior, em 2007, a causa humana era vista como “muito provável”, ou uma probabilidade de pelo menos 90 por cento. No relatório de 2001 a cifra era de 66 por cento, o que deixava uma considerável probabilidade para as causas naturais.

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