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Meio Ambiente, Clima e Vulnerabilidade

ONU detalha mudanças ambientais dos últimos 20 anos


8 de novembro de 2011

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), agendada para o mês de junho de 2012, será precedida pela publicação de diversos estudos e relatórios que devem facilitar às delegações dos países participantes a entender melhor o que está em jogo e o que precisa ser feito para a conservação ambiental do planeta.Possivelmente, o mais importante documento a ser divulgado antes da Rio +20 será o ?Panorama Ambiental Global-5? (Global Environmental Outlook-5 ou, simplesmente, GEO -5). Preparado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o GEO-5 será publicado em maio do ano que vem e trata-se da maior compilação de dados sobre a condição atual dos ecossistemas terrestres já realizada. No início de novembro, o PNUMA divulgou uma parte deste esforço, um relatório intitulado ?De olho no meio ambiente em mutação: Do Rio à Rio+20?. Através de dados, gráficos e imagens de satélite, o documento oferece informações sobre uma série de questões-chave: população, mudanças climáticas, energia, eficiência no uso de recursos, florestas, segurança alimentar, uso do solo e água potável; com exemplos que vão desde o derretimento de geleiras no oceano Ártico até as novas tendências no uso de energia. – O relatório nos leva de volta ao nível básico, destacando desde o rápido acúmulo de gases de efeito estufa até a erosão da biodiversidade e o aumento de 40% no uso dos recursos naturais ? mais rápido do que o crescimento da população global. Mas o relatório também mostra o modo como, quando há uma reação, é possível alterar drasticamente a trajetória de tendências perigosas que ameaçam o bem-estar humano ? as iniciativas para acabar com produtos químicos que prejudicam a camada de ozônio compõem um exemplo vivo e poderoso – afirmou Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA. Panorama Sobre a população, o documento destaca que chegamos aos sete bilhões e que o número de pessoas vivendo em áreas urbanas aumentou 45% desde 1992. A quantidade de megacidades com mais de 10 milhões de habitantes passou de 10 para 21. Apesar do número de pessoas vivendo em favelas ter diminuído em quase 15%, cerca de 1,4 bilhão de seres humanos ainda não tem acesso à eletricidade. O cenário também não é positivo para as mudanças climáticas, uma vez que foi registrado um aumento contínuo no uso de combustíveis fósseis e nas emissões de gases do efeito estufa mundiais. Globalmente as emissões subiram 36% entre 2002 e 2008, passando de 22 bilhões de toneladas para mais de 30 bilhões. Mais de 80% dessas emissões são provenientes de apenas 19 países. Segundo o PNUMA, praticamente todas as geleiras do planeta vem sofrendo um processo de retração e desaparecimento, que resulta no aumento do nível dos oceanos e em impactos para os ecossistemas. O nível dos oceanos subiu cerca de 2,5 mm por ano desde 1992. Outra preocupação com os mares é a crescente acidez. Entre 1992 e 2007 o pH caiu de 8.11 para 8.06, o que afeta os animais marinhos e principalmente corais, que correm o risco de desaparecer até o fim do século. Com relação às florestas, a taxa de desmatamento sofreu uma queda, porém o mundo perdeu mais de 300 milhões de hectares desde 1990. Aproximadamente 13 milhões de hectares foram perdidos anualmente entre 2000 e 2010, essa marca foi de 16 milhões de hectares na década anterior. Os dados para as espécies são também ruins, com mais de 12% da biodiversidade sendo perdida em nível global nos últimos 20 anos. A situação é pior nos trópicos, onde a porcentagem é de 30%. Quase 20% dos vertebrados estão ameaçados, sendo que os anfíbios são os mais vulneráveis, com 41% das espécies em risco. Segundo dados da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), aproximadamente 25% das espécies de plantas também correm risco de desaparecer. Nem tudo são números negativos no relatório do PNUMA. As energias renováveis apresentaram um grande crescimento, chegando a responder por 16% da geração global em 2010. Devido à queda nos preços e políticas de incentivo, o uso do biodiesel cresceu 300.000% nos últimos 20 anos, a energia solar 30.000%, a eólica 6000% e os biocombustíveis 3500%. Os investimentos no setor dispararam, tendo alcançado em 2010 a marca de US$ 2,11 bilhões, 32% a mais do que 2009 e cerca de cinco vezes mais do que em 2004. Caminhos para soluções O relatório destaca alguns avanços desde 1992 para melhorar a situação ambiental. Reconhece principalmente o crescimento da noção da economia de baixo carbono e as ferramentas que surgiram para incentivá-la. A reciclagem, por exemplo, já é uma prática comum em muitos países e o uso eficiente dos recursos naturais e da eletricidade virou um dos objetivos de companhias em todo o mundo. Ferramentas como os mercados de carbono, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e outras formas para financiar ações climáticas e ambientais foram criadas desde a Eco92 e vem ganhando força. A produção orgânica de alimentos e os selos de garantia de sustentabilidade se popularizaram e hoje são importantes opções para os consumidores conscientes. O PNUMA acredita que a Rio+20 é a oportunidade ideal para que os países se comprometam a seguir esses caminhos que levam rumo o desenvolvimento sustentável. – A Rio+20 pode garantir o impulso necessário para que a economia verde entre de vez nos programas de governo e da iniciativa privada. O desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza devem ser os grandes objetivos a serem alcançados pelas lideranças no Rio de Janeiro – concluiu Steiner. Instituto Carbono Brasil, com dados do PNUMA

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