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Paraná pretende proibir embalagem longa-vida fabricada pela Tetra Pak


13 de outubro de 2010

Ogoverno do Paraná está avaliando a possibilidade de proibir a comercialização das embalagens longa-vida, fabricadas pela Tetra Pak em Ponta Grossa, dentro do território paranaense. A medida radical se deve, de acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente Lindsley Rasca Rodrigues, à “falta de responsabilidade ambiental da Tetra Pak”, que não teria um sistema adequado para recolher as embalagens quecoloca no mercado.


A maior fabricante nacional de embalagens longa-vida está na mira de uma operação do governo estadual que pretende revirar aterros sanitários em várias cidades paranaenses em busca de passivo ambiental. Segundo Rodrigues, a “falta de comprometimento da Tetra Pak com o lixo que produz” pode resultar em uma seqüência enorme de autuações que inviabilizariam o negócio no estado.


“A empresa vai ter que migrar para um outro tipo de embalagem porque não vai suportar a carga de multas”, adverte o secretário, referindo-se à fábrica, que é uma das cinco maiores geradoras de ICMS no Paraná – por sua vez, a principal fonte de recursos do governo estadual.


O argumento é de que o material composto por papel, plástico e metal não é facilmente reciclável, gerando resíduos nocivos. “Contém alumínio, que é um metal pesado. As tintas também são poluentes”, reclama o secretário, afirmando que a empresa foi notificada várias vezes e não tomou providências. A secretaria assegura que tentou convencer a empresa a dar destinação correta ao passivoambiental. “Precisam recolher. Não podem ficar a mercê do catador”, diz.


De acordo com o governo estadual, 500 milhões de embalagens longa-vida são colocadas no mercado paranaense a cada ano e apenas 160 milhões são recicladas. Os números não são reconhecidos pela fabricante. A empresa confirma a produção anual de 8 bilhões de embalagens no Brasil.


Em nota oficial distribuída por sua assessoria de imprensa, a Tetra Pak informa que não sofre nenhum tipo de restrição nos 165 países onde atua. A empresa se diz “referência global em sustentabilidade, por suas práticas em prol da preservação ambiental, tais como utilização de matéria-prima renovável”, como a compra de papel de madeira certificada.


A fabricante informou ainda que só no ano passado mais de R$ 80 milhões foram gerados com a reciclagem de embalagens longa-vida, e mais de 45.700 toneladas do material foram recicladas. Hoje há companhias que fabricam placas, telhas e outros produtos a partir da mistura de plástico e alumínio das embalagens recicladas.


Leite em vidro


Para o secretário, o leite ? principal produto envasado neste tipo de recipiente – poderia voltar a ser vendido em embalagens de vidro e plástico, que são 100% recicláveis.


Rodrigues lembra outros casos em que o produtor já se comprometeu com o recolhimento do passivo, como no caso dos pneus e das embalagens de agrotóxicos, e destaca que o processo começou com força nas áreas de filtros de postos de combustíveis e óleo de fritura.


A proposta conta com o apoio do coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público Estadual Saint-Clair Honorato Santos.


Fonte: Unisinos (www.unisinos.br), com base em matéria publicada.

Meio Ambiente, Clima e Vulnerabilidade

Paraná pretende proibir embalagem longa-vida fabricada pela Tetra Pak


13 de outubro de 2010

Ogoverno do Paraná está avaliando a possibilidade de proibir a comercialização das embalagens longa-vida, fabricadas pela Tetra Pak em Ponta Grossa, dentro do território paranaense. A medida radical se deve, de acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente Lindsley Rasca Rodrigues, à “falta de responsabilidade ambiental da Tetra Pak”, que não teria um sistema adequado para recolher as embalagens quecoloca no mercado.


A maior fabricante nacional de embalagens longa-vida está na mira de uma operação do governo estadual que pretende revirar aterros sanitários em várias cidades paranaenses em busca de passivo ambiental. Segundo Rodrigues, a “falta de comprometimento da Tetra Pak com o lixo que produz” pode resultar em uma seqüência enorme de autuações que inviabilizariam o negócio no estado.


“A empresa vai ter que migrar para um outro tipo de embalagem porque não vai suportar a carga de multas”, adverte o secretário, referindo-se à fábrica, que é uma das cinco maiores geradoras de ICMS no Paraná – por sua vez, a principal fonte de recursos do governo estadual.


O argumento é de que o material composto por papel, plástico e metal não é facilmente reciclável, gerando resíduos nocivos. “Contém alumínio, que é um metal pesado. As tintas também são poluentes”, reclama o secretário, afirmando que a empresa foi notificada várias vezes e não tomou providências. A secretaria assegura que tentou convencer a empresa a dar destinação correta ao passivoambiental. “Precisam recolher. Não podem ficar a mercê do catador”, diz.


De acordo com o governo estadual, 500 milhões de embalagens longa-vida são colocadas no mercado paranaense a cada ano e apenas 160 milhões são recicladas. Os números não são reconhecidos pela fabricante. A empresa confirma a produção anual de 8 bilhões de embalagens no Brasil.


Em nota oficial distribuída por sua assessoria de imprensa, a Tetra Pak informa que não sofre nenhum tipo de restrição nos 165 países onde atua. A empresa se diz “referência global em sustentabilidade, por suas práticas em prol da preservação ambiental, tais como utilização de matéria-prima renovável”, como a compra de papel de madeira certificada.


A fabricante informou ainda que só no ano passado mais de R$ 80 milhões foram gerados com a reciclagem de embalagens longa-vida, e mais de 45.700 toneladas do material foram recicladas. Hoje há companhias que fabricam placas, telhas e outros produtos a partir da mistura de plástico e alumínio das embalagens recicladas.


Leite em vidro


Para o secretário, o leite ? principal produto envasado neste tipo de recipiente – poderia voltar a ser vendido em embalagens de vidro e plástico, que são 100% recicláveis.


Rodrigues lembra outros casos em que o produtor já se comprometeu com o recolhimento do passivo, como no caso dos pneus e das embalagens de agrotóxicos, e destaca que o processo começou com força nas áreas de filtros de postos de combustíveis e óleo de fritura.


A proposta conta com o apoio do coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público Estadual Saint-Clair Honorato Santos.


Fonte: Unisinos (www.unisinos.br), com base em matéria publicada.

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