A criação do Parque Nacional do Cânion do São Francisco ? que pertence ao corredor ecológico da caatinga e abrange desde a região onde Lampião foi morto (Angicos), até o local onde foi construída a primeira usina hidrelétrica do Brasil (perto de Delmiro Gouveia) ? pode alavancar o turismo da região da caatinga sergipana. A idéia é que o parque funcione como atrativo turístico para que visitantes não se limitem ao litoral do Nordeste e descubram as belezas do sertão.
A proposta de criação do parque foi apresentada durante reunião do Fórum Ampliado do Núcleo de Articulação do ?Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco?, promovida pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em início de novembro, em Aracaju (SE). O objetivo do evento foi definir as prioridades a serem desenvolvidas, no âmbito Programa, em 2007. Dentro dos próximos 90 dias deverá haver uma audiência pública para a criação do parque.
Revitalização do Rio São FranciscoAlém da criação do Parque Nacional do Cânion do São Francisco, outras ações dentro do Vale do São Francisco foram destacadas no evento. Em 2006, foram investidos R$17 milhões de reais em projetos como saneamento básico das cidades próximas ao rio, plano de desenvolvimento sustentável da região, e recuperação da mata ciliada do rio.
Uma das ações destacadas foi a contenção das margens do rio entre Propriá e Neópolis, uma área que compreende 2.300 metros. ?Nós precisamos agora é que haja um maior esforço da sociedade civil e das ONGs nessas ações concretas?, comentou o superintende da Codevasf em Sergipe Paulo Viana.
?O projeto de revitalização é de médio a longo prazo. Espera-se pelo menos de 15 a 20 anos para resultados. Mas é um trabalho que está sendo desenvolvido com inúmeras atividades, que podem ser sentidas?, comentou o Engenheiro Agrônomo Lindomar Leitão, da Regional de Revitalização da Bacia Hidrográfica.
O engenheiro descartou a possibilidade de falta de recursos hídricos com a transposição do rio. ?É uma atitude extremamente exagerada dizer que poderá haver qualquer problema com a retirada de água do rio São Francisco, o que se estima com a retirada de água é uma lâmina d?água de 1cm que não causará qualquer problema?, afirmou.
Fonte: www.infonet.com.br, com base em matéria.