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Pesquisa do Ipea mostra preocupações da população brasileira


4 de janeiro de 2012

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, no final de dezembro de 2011,o resultado de uma pesquisa sobre os principais problemas do país. Os mais apontadospela população foram: violência (23%); saúde (22,3%); corrupção (13,7%); desemprego (12,4%); educação (8%); pobreza (6,1%); e desigualdades (5,8%).Foram ouvidas 3,7 mil pessoas. Para o professor Gustavo Venturi, do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP), a lista de prioridades nacionais se recicla periodicamente. ?Se nós voltarmos às eleições de 2002, por exemplo, o desemprego era o tema principal das campanhas presidenciais e disputava com a segurança. Hoje, há uma mudança em função do aquecimento da economia e da formalização do emprego que coloca o problema mais para trás na fila?, disse.A percepção da população sobre os problemas varia de acordo com a idade, renda e região. No Sul, o problema mais apontado é a corrupção. No Norte e no Nordeste, a violência. No Sudeste e no Centro-Oeste, a saúde.Também há diferenças na opinião de ricos e pobres sobre quais são as questões mais urgentes. Nas famílias com renda per capita mensal até um quarto de um salário mínimo, 23,7% avaliam que o acesso à saúde é o problema mais grave, seguido pela violência (22,6%) e o desemprego (18,4%).Entre as pessoas com renda superior a cinco salários mínimos, 27,8% apontam como mais grave a corrupção, 26% acham que é a saúde e 17,7% acreditam que é a violência. Apenas 1,7% dos mais ricos acham que a falta de emprego é um problema importante no Brasil.Venturi explicou que cada grupo tende a avaliar a situação a partir de sua própria realidade, e existe uma diferença de ?agenda? entre as camadas da população. ?A vida das pessoas mudou em termos objetivos nos últimos anos. Nós tivemos milhões de pessoas que ascenderam socialmente, e essa mudança na condição de vida delas soa muito mais alto do que qualquer discussão mais subjetiva, como a da corrupção. As camadas de maior renda, precisando menos de um Estado forte e atuante, vão ser mais sensíveis a essa discussão?, avalia o sociólogo.No grupo com renda mais alta, 16,8% acham que a educação é um problema importante, enquanto entre os mais pobres apenas 5,9% concordam com isso. A diferença é que o primeiro grupo tende a analisar a questão da educação pelo ponto de vista do acesso, enquanto o outro considera de forma mais crítica o fator da qualidade.?As camadas populares antes não tinham acesso à educação, por isso têm um grau de exigência menor. São pais que não tiveram acesso à escola e agora veem que o ensino superior está no horizonte dos seus filhos. Por outro lado, a conclusão dos estudos em diferentes níveis não é suficiente para garantir colocação no mercado diante de uma economia aquecida. A discussão da qualidade da educação sensibiliza mais as camadas mais altas?, aponta Venturi.Com informações Agência Brasil.

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