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Pessoas com doenças raras aguardam para atendimento gratuito


13 de outubro de 2010

O Ministério da Saúde (MS) está elaborando um protocolo para o atendimento de portadores de cerca de 20 doenças raras que afetam o metabolismo do organismo e podem acarretar outros problemas. Essas doenças, de origem genética, são de difícil diagnóstico e podem ter um tratamento de alto custo.


É o caso da homocistinúria, cujos portadores têm dificuldades de processar aminoácidos e devem ingerir alimentos com baixo teor de proteína, além de equilibrar sua dieta com uma fórmula especial vendida em lata, entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. A quantidade da fórmula (em pó para ser misturada com água) varia de acordo com cada paciente.



A homocistinúria pode causar osteoporose (que afeta os ossos), problemas cardiovasculares, trombose (coagulação sanguínea nas veias), cegueira por deslocamento do cristalino e até distúrbios psiquiátricos.



?Quando leio que a homocistinúria pode causar isso tudo, eu penso que o governo quer que o paciente tenha esses males?, diz Simone Allon Arese, presidente da Associação Brasileira de Homocistinúria. Ela classifica como ?demagógicas? as campanhas do Ministério da Saúde sobre prevenção e tratamento dessas doenças e assinala que, mensalmente, tem que desembolsar R$ 7 mil para comprar a fórmula especial para o filho.



A técnica de média e alta complexidade do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Assistência à Saúde (MS), Adriana Delfiaco, disse que doenças causadas por erro inato do metabolismo, como a homocistinúria, têm uma forma de diagnóstico muito similar e, portanto, é preciso que sejam pensadas em conjunto para garantir o acesso maior ao tratamento. ?Nem todas as doenças têm tratamento estabelecidos?, salientou.



Segundo a técnica, essas doenças ?não têm identificação clínica fácil? e ?exigem um conhecimento prévio?. De acordo com ela, o Ministério da Saúde trabalha no sentido de ?estruturar a rede assistencial? do Sistema Único de Saúde (SUS) e para isso é necessário conhecimento sobre quais estabelecimentos podem realizar os procedimentos clínicos, como devem atuar as equipes de atendimento e como deve funcionar a rede laboratorial de diagnóstico.



O estabelecimento de um protocolo para atendimento de portadores de doenças raras depende de negociação com a rede hospitalar e clínica dos estados e municípios. De acordo com o coordenador do Núcleo de Farmácia, Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Rodrigo Lacerda, está em discussão uma portaria de genética clínica que ?irá contemplar o atendimento adequado dos portadores de doenças raras?.



Segundo ele, o Ministério da Saúde deverá até o fim de 2009 propor a revisão dos protocolos clínicos para as doenças consideradas raras.


Com informações da Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br)/ Gilberto Costa

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