OCentro de Tecnologia Mineral (Cetem) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgãos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), desenvolveram um projeto de argamassa ambiental para ser usado como alternativa ecológica e econômica aos resíduos finos lançados em rios e riachos de Santo Antônio de Pádua (RJ). Serrarias de rochas ornamentais lançam, ao todo, 720 toneladas de resíduos conhecidos como ?pó de rochas? por mês em águas do município.
O estudo dos institutos de pesquisa resultou na inauguração, em 11 de junho, da primeira fábrica de argamassa ambiental no Rio de Janeiro, com capacidade de produção de 1,24 toneladas por mês. A instalação da fábrica contou com investimento de R$ 8 milhões da empresa Argamil e R$ 2 milhões do Banco de Fomento do Rio de Janeiro (Investrio), além de apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
A formulação da argamassa ambiental consiste na utilização de resíduos produzidos por serrarias, que cortam rochas conhecidas como pedras miracema e madeira. Elas geram resíduos sólidos que, após secagem, resultam na argamassa ambiental. O processo reutiliza água poluída e a argamassa pode ser aproveitada em revestimento de pisos e paredes na construção civil. De acordo com o Cetem, o produto permitirá economia de substâncias minerais como cal e calcário, que serão substituídos por pó de rocha na formulação da argamassa ambiental.