As regiões mais pobres de Minas Gerais vão ser contempladas com pólos de inovação em 2008. O programa, do Governo do Estado, que será implantado pela secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, visa mudar a realidade do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Os pólos de inovação vão concentrar massa crítica e laboratórios para gerar novas tecnologias e adaptá-las a essas regiões, gerando oportunidades de emprego e renda. A informação é do secretário Alberto Duque Portugal, em entrevista coletiva, dia 18 de dezembro, quando fez um balanço das ações do Estado na Ciência e Tecnologia em 2007. Segundo Portugal, já está provado no mundo inteiro que as diferenças regionais podem ser superadas, quando os governos colocam em prática, políticas públicas que valorizem o desenvolvimento de novas tecnologias. Os pólos de inovação vêm com esse objetivo e serão instalados em cidades-pólo das três regiões. Portugal citou a inauguração da Usina de Biodiesel de Montes Claros com um bom exemplo de política desenvolvimentista no Norte de Minas. No ano de 2007, o governador Aécio Neves lançou os pólos de excelência, valorizando as áreas em que Minas Gerais detêm tradição e ?expertise? como café, leite, mineral e metalurgia, florestas e recursos hídricos. A idéia, com os pólos de excelência, é agregar valor aos produtos, ampliar a pesquisa e a capacitação de recursos humanos, atraindo novos investimentos para Minas. Os pólos de excelência já lançados estão em fase de implantação e da elaboração do plano de negócios. Para 2008, serão lançados os pólos de excelência de gemas e jóias, e eletroeletrônico. Além das fronteiras de CT&IAlém de transformar Minas Gerais em líder na economia do conhecimento, a Sectes trabalha no sentido de fortalecer a internacionalização do Estado por meio de parcerias com outros países. O relacionamento com a Comissão da Comunidade Européia no Brasil, que se torna cada vez mais intenso, tem foco nas negociações e se concentra no aproveitamento das oportunidades abertas pelo 7º Programa Quadro (FP7), política de investimentos europeus em CT&I. Segundo o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, a União Européia tem um orçamento de 52 bilhões de Euros para investimento em ciência e tecnologia durante os próximos seis anos. ?Nós estamos trabalhando de maneira muito integrada, com alguns projetos já firmados com outros países?, afirmou. A relação já vem se desenvolvendo, com o sistema de ciência e tecnologia empenhado em estabelecer ações que vão ao encontro de interesses em comum com a União Européia. A certificação de biocombustíveis, a inserção de planos de pesquisa e cooperação a partir do Pólo de Excelência Mineral Metalúrgico, a geração de energia por meio resíduos florestais de serrarias e fábricas de móveis, estudos da adaptação e vulnerabilidade das florestas nativas e plantadas com o advento das mudanças climáticas, parceria na área de nanotecnologia associada a novos materiais são algumas das iniciativas previstas. Fonte: Sectes/MG com base em matéria de Reginaldo Cangussu.