País sul-americano com 470 mil habitantes, o Suriname enviou ao Brasil uma delegação para conhecer de perto o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A visita faz parte do projeto de cooperação entre os dois países para aprimorar o modelo de compra e distribuição da merenda às escolas surinamesas. Marco legalNo encontro, o presidente do FNDE, Daniel Balaban, destacou a importância de um marco legal para garantir uma alimentação escolar de qualidade. ?Para assegurar a continuidade de um programa de tal importância, é fundamental que ele esteja previsto em lei?, afirmou.?Buscamos um programa sustentável, que faça a comunidade se inserir na escola, e acreditamos que o modelo de alimentação escolar brasileiro pode nos indicar bons caminhos de atuação?, disse o secretário de educação do Suriname, Ruben Soetosenojo.Um desses caminhos pode ser o uso de produtos de agricultores familiares na merenda, segundo Albaneide Peixinho, coordenadora geral do Pnae. ModeloO bom êxito do programa de alimentação escolar brasileiro transformou-o em referência internacional no setor. Hoje, 13 países mantêm acordos de cooperação com o FNDE para aprender com o Pnae. Entre eles estão Cabo Verde, Moçambique, Timor Leste, Colômbia e Suriname.Os próximos passos no acordo com o Suriname são ajuda técnica do FNDE na elaboração de uma legislação para o programa e assistência na criação de sistemas informatizados de gestão.