Identificar cores e obstáculos não será mais um problema para deficientes visuais. Com um aparelho nas mãos, o deficiente se aproximará de uma peça de roupa, por exemplo, e escutará o nome da cor (verde, amarelo, azul) por meio de um fone de ouvido, ou receberá, ainda, um aviso sonoro quando estiver próximo a um obstáculo. Esta é uma das 12 idéias dos futuros engenheiros do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), apresentadas no dia 28 de junho, durante a Elexpo ? Exposição de Projetos de Formatura do curso de Engenharia Elétrica, em São Bernardo do Campo (SP).
Apelidado de ‘Bengala Eletrônica”, o sistema de orientação para deficientes visuais, projetado por três formandos, é composto por um microcontrolador central, pequeno equipamento que pode ser colocado na cintura do usuário, e por sensores responsáveis em receber e enviar as informações, dispostos em um aparelho que fica na mão do deficiente. O microcontrolador interpreta e analisa os dados recebidos dos sensores, de acordo com a programação, e retorna ao usuário por uma orientação auditiva. Para identificar cores, são emitidas reproduções de mensagens gravadas e, para detecção de obstáculos próximos, sinais sonoros de diferentes freqüências.
Mais outros 11 projetos, que sugerem melhorias desde o setor agrícola até o de saúde, foram apresentados durante a Elexpo. “Os estudantes percebem que a interação dos conhecimentos obtidos em disciplinas diferentes é muito importante para alcançar bons resultados nos projetos”, afirma o professor Aldo Belardi, coordenador da Elexpo e professor do curso de Engenharia Elétrica da FEI.