A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes)lançou um manual para facilitar a elaboração de projetos para a realização de feiras de economia solidária no país. Segundo o diretor de Fomento à Economia Solidária da secretaria, Dione Manetti, as feiras não são voltadas apenas para empreendedores, mas para o público em geral, e a meta é “poder trazer mais informações e atividades a esse ambiente”. A economia solidária é o conjunto de atividades econômicas (produção, distribuição, consumo, poupança e crédito) organizadas e realizadas por trabalhadores sob a forma coletiva e autogestionária. Nele se destacam a cooperação, a autogestão, a viabilidade econômica e a solidariedade. Neste ano, está prevista a realização de 24 feiras no estados, com exceção de Amazonas, Amapá e Mato Grosso. Ao todo, a Senaes vai investir R$ 1,5 milhão.Dione Manetti lembra que a organização das feiras deve seguir as orientações contidas em um termo de referência disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. “Esse termo explica as atividades e objetivos que caracterizam uma feira de economia solidária. É um processo de aproximação, de retomada da relação entre produtores e consumidores e indica a possibilidade de realização de oficinas na área, temas que podem ser debatidos, além de trazer uma série de orientações que podem ser utilizadas por qualquer um que tenha interesse em organizar um feira”. O diretor explica que a principal diferença entre as feiras comuns e as de economia solidária está no processo de organização do evento. “Desde o inicio, os trabalhadores da economia solidária participam da concepção e da construção da feira. São empreendimentos autogestionáveis e coletivos”, informa, acrescentando que o resultado da produção é distribuído “de forma justa entre aqueles que participam do processo”. Atualmente, o Brasil tem quase 15 mil empreendimentos solidários, a maioria deles localizada em estados da região Norte, envolvendo cerca de 1,5 milhão de pessoas.