Os principais problemas de saneamento básico no Brasil serão debatidos, em 28 de março, num evento que a Agência Nacional de Águas (ANA) realizará, em Manaus (AM), em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU). O debate é motivado pelo Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março.
Esgotos domésticos estão na lista dos principais problemas observados em todas as regiões hidrográficas do Brasil, comprometendo a qualidade das águas do país. Hoje, apenas 54% dos domicílios brasileiros contam com coleta de esgotos. Paraná e atlântico sudeste, regiões hidrográficas que têm mais cobertura, não alcançam o índice de 70%. No outro extremo, a região do Parnaíba, no Piauí, conta com 4% de coleta.
Esta constatação está no Caderno de Recursos Hídricos da ANA ? Panorama da Qualidade das Águas Superficiais do Brasil. Segundo a publicação, os piores Índices de Qualidade de Água (IQA) estão na região hidrográfica do São Francisco, onde além do rio das Velhas, os rios Verde Grande, Verde Pequeno e Gorutuba têm carga orgânica lançada superior à carga assimilável; e região hidrográfica do Paraná, onde os rios Tietê, Piracicaba, Iguaçu e Meia Ponte têm problemas de assimilação de cargas orgânicas.
Histórico da data
O Dia Mundial da Água foi instituído pela Assembléia Geral da ONU em 1993, atendendo às recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco-92. Desde então, todos os países celebram a data e buscam refletir sobre problemas referentes aos recursos hídricos em suas nações, propondo alternativas e soluções para os problemas detectados.
Segundo a ONU, em 2004, apenas 59% da população mundial tinha acesso a qualquer local com saneamento adequado. Em 1990, este percentual era de 49%. As Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU prevêem uma cobertura que abranja 75% da população global até 2015.
O Dia Mundial da Água coloca em pauta, todos os anos, uma discussão diferente. Entre os temas já abordados, estão escassez de água (2007), água e cultura (2006) e água para a vida (2005).
O encontro de Manaus terá apoio da Fundação Roberto Marinho, Petrobras e Itaipu Binacional.
Com informações da Agência Nacional de Águas