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Erradicação da Miséria

São Paulo apresenta boas opções de turismo para deficientes


13 de outubro de 2010

Movida a turismo de negócios, a capital paulista possui também o melhor pacote de atrações culturais, gastronômicas e de lazer do país. Muitas delas 100% acessíveis a pessoas com deficiência. Rampas de acesso, elevadores e banheiros adaptados podem ser vistos em construções históricas, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Alguns serviços oferecidos na Pinacoteca mostram que o espaço é, de fato, um lugar para todos. Desde 2003, o local desenvolve o Programa Educativo para Públicos Especiais – voltado para pessoas com limitações sensoriais, físicas ou mentais, nos quais se busca a integração entre pessoas com e sem deficiência.


“Fico contente por saber que pontos culturais como a Pinacoteca estão sendo ampliados para o nosso acesso”, diz o paulistano Carlos Henrique de Mendonça, de 24 anos, tetraplégico, referindo-se a um telefone público para cadeirantes. “Acho que isso é resultado de uma solicitação que fiz no ano passado, quando visitei a Pinacoteca pela primeira vez.” Antes, havia telefone especial apenas para pessoas com surdez.


Bem em frente à Praça da Luz, onde está a Pinacoteca, fica o novíssimo Museu da Língua Portuguesa. Inaugurado em março, ele oferece ao visitante uma viagem sensorial e subjetiva pela Língua Portuguesa. Nos quatro andares do espaço existe um vasto conteúdo sobre a língua, os idiomas que ajudaram a formá-la, as formas que a linguagem assume no cotidiano e o emprego da língua na literatura brasileira, entre outros temas. Logo na chegada, ainda no térreo ? com entrada totalmente acessível para quem usa cadeira rodas ? se vê a Árvore da Língua. As raízes são formadas por palavras. No primeiro piso, onde ficam as exposições temporárias, pode-se ler e ouvir fragmentos do clássico Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.


“Já havia ouvido falar, mas não imaginava que São Paulo tinha lugares encantadores como esse”, diz a professora de educação física, Mariane Sant’Ana, de 27 anos, que visitou São Paulo, acompanhada por Carlos Henrique. A professora é tetraplégica, moradora de São Bernardo do Campo (SP), a minutos do Centro, e, mesmo morando tão próxima da capital, ainda não havia feito turismo em Sampa.


Outro espaço que deixou Mariane Sant’Ana admirada foi a Sala São Paulo. Não é pra menos. O teatro ? sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo ? não é apenas magnífico, como possui a melhor acústica entre as salas de música clássica do país e está entre as melhores do mundo. Inaugurada em 1997, está localizada na Estação Júlio Prestes, que pertenceu à empresa Estrada de Ferro Sorocabana. A estação, construída em 1925, foi um marco do período áureo da economia cafeeira.


A visita monitorada, na qual o visitante é conduzido por todos os espaços do Complexo Cultural Júlio Prestes, é uma verdadeira aula de história, daquelas que levam de volta ao passado. O cadeirante que chega à sala de concertos também é bem recebido. Nela, há quinze lugares reservados para cadeiras de roda, divididos entre os setores ? platéia elevada (central e lateral) e camarote mezanino. “Dessa vez, reservaram espaço para nós não apenas em um local da sala”, comenta Carlos Henrique. “Isso não acontece em muitos teatros e casas de show. Às vezes, você só tem a opção de ficar em uma determinada área do estabelecimento”.


Quando a construção é muito antiga, existem restrições quanto à reforma do local para certas adaptações. Esse é o caso do Theatro Municipal, que foi projetado em 1903 e concluído oito anos depois. No prédio, há lugares específicos para o público cadeirante somente na parte térrea. Para Mariane Sant’Ana,, esse é apenas um detalhe, já que isso não a impediu de entrar e se apaixonar pelo teatro, cuja construção foi influenciada pela Ópera de Paris. Sua arquitetura exterior revela, de fato, traços renascentistas barrocos do século XVII.



Outras opções


Fazer turismo em São Paulo não é apenas conhecer museus. Na cidade também há ótimos parques para visitar. O principal deles é o Parque do Ibirapuera ? maior área aberta de lazer da capital paulista, com 1,6 milhão de metros quadrados ?,  localizado na zona sul. O lugar é um verdadeiro refúgio para os paulistanos e uma novidade para quem vem de fora. Outra área de lazer que está apta a receber pessoas com deficiência é o Parque do Trote, na Vila Guilherme, zona norte da capital. O local, que desde 1944 abrigou a Sociedade Paulista de Trote e foi desapropriado em 2005, está sendo revitalizado pela prefeitura, que abriu as portas do parque para a população em julho.


Depois da reforma, a área de 200 mil metros quadrados ganhou pista de bicicleta e de cooper com corrimãos ? além da implantação de piso intertravado (ideal para a circulação de cadeira de rodas) e piso tátil de alerta para deficientes visuais. No playground, foram disponibilizados brinquedos adaptados desenvolvidos com tecnologia assistiva, que visam melhorar as habilidades de crianças com limitações físicas. Um outro local de puro lazer ? inaugurado também em julho ? é o Aquário de São Paulo, localizado no bairro do Ipiranga. O lugar possui rampas e banheiros adaptados.


Fonte: Rede Sacil (www.saci.org.br ), com base em matéria de Claudete Oliveira.

Participação, Direitos e Cidadania

São Paulo apresenta boas opções de turismo para deficientes


13 de outubro de 2010

Movida a turismo de negócios, a capital paulista possui também o melhor pacote de atrações culturais, gastronômicas e de lazer do país. Muitas delas 100% acessíveis a pessoas com deficiência. Rampas de acesso, elevadores e banheiros adaptados podem ser vistos em construções históricas, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Alguns serviços oferecidos na Pinacoteca mostram que o espaço é, de fato, um lugar para todos. Desde 2003, o local desenvolve o Programa Educativo para Públicos Especiais – voltado para pessoas com limitações sensoriais, físicas ou mentais, nos quais se busca a integração entre pessoas com e sem deficiência.


“Fico contente por saber que pontos culturais como a Pinacoteca estão sendo ampliados para o nosso acesso”, diz o paulistano Carlos Henrique de Mendonça, de 24 anos, tetraplégico, referindo-se a um telefone público para cadeirantes. “Acho que isso é resultado de uma solicitação que fiz no ano passado, quando visitei a Pinacoteca pela primeira vez.” Antes, havia telefone especial apenas para pessoas com surdez.


Bem em frente à Praça da Luz, onde está a Pinacoteca, fica o novíssimo Museu da Língua Portuguesa. Inaugurado em março, ele oferece ao visitante uma viagem sensorial e subjetiva pela Língua Portuguesa. Nos quatro andares do espaço existe um vasto conteúdo sobre a língua, os idiomas que ajudaram a formá-la, as formas que a linguagem assume no cotidiano e o emprego da língua na literatura brasileira, entre outros temas. Logo na chegada, ainda no térreo ? com entrada totalmente acessível para quem usa cadeira rodas ? se vê a Árvore da Língua. As raízes são formadas por palavras. No primeiro piso, onde ficam as exposições temporárias, pode-se ler e ouvir fragmentos do clássico Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.


“Já havia ouvido falar, mas não imaginava que São Paulo tinha lugares encantadores como esse”, diz a professora de educação física, Mariane Sant’Ana, de 27 anos, que visitou São Paulo, acompanhada por Carlos Henrique. A professora é tetraplégica, moradora de São Bernardo do Campo (SP), a minutos do Centro, e, mesmo morando tão próxima da capital, ainda não havia feito turismo em Sampa.


Outro espaço que deixou Mariane Sant’Ana admirada foi a Sala São Paulo. Não é pra menos. O teatro ? sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo ? não é apenas magnífico, como possui a melhor acústica entre as salas de música clássica do país e está entre as melhores do mundo. Inaugurada em 1997, está localizada na Estação Júlio Prestes, que pertenceu à empresa Estrada de Ferro Sorocabana. A estação, construída em 1925, foi um marco do período áureo da economia cafeeira.


A visita monitorada, na qual o visitante é conduzido por todos os espaços do Complexo Cultural Júlio Prestes, é uma verdadeira aula de história, daquelas que levam de volta ao passado. O cadeirante que chega à sala de concertos também é bem recebido. Nela, há quinze lugares reservados para cadeiras de roda, divididos entre os setores ? platéia elevada (central e lateral) e camarote mezanino. “Dessa vez, reservaram espaço para nós não apenas em um local da sala”, comenta Carlos Henrique. “Isso não acontece em muitos teatros e casas de show. Às vezes, você só tem a opção de ficar em uma determinada área do estabelecimento”.


Quando a construção é muito antiga, existem restrições quanto à reforma do local para certas adaptações. Esse é o caso do Theatro Municipal, que foi projetado em 1903 e concluído oito anos depois. No prédio, há lugares específicos para o público cadeirante somente na parte térrea. Para Mariane Sant’Ana,, esse é apenas um detalhe, já que isso não a impediu de entrar e se apaixonar pelo teatro, cuja construção foi influenciada pela Ópera de Paris. Sua arquitetura exterior revela, de fato, traços renascentistas barrocos do século XVII.



Outras opções


Fazer turismo em São Paulo não é apenas conhecer museus. Na cidade também há ótimos parques para visitar. O principal deles é o Parque do Ibirapuera ? maior área aberta de lazer da capital paulista, com 1,6 milhão de metros quadrados ?,  localizado na zona sul. O lugar é um verdadeiro refúgio para os paulistanos e uma novidade para quem vem de fora. Outra área de lazer que está apta a receber pessoas com deficiência é o Parque do Trote, na Vila Guilherme, zona norte da capital. O local, que desde 1944 abrigou a Sociedade Paulista de Trote e foi desapropriado em 2005, está sendo revitalizado pela prefeitura, que abriu as portas do parque para a população em julho.


Depois da reforma, a área de 200 mil metros quadrados ganhou pista de bicicleta e de cooper com corrimãos ? além da implantação de piso intertravado (ideal para a circulação de cadeira de rodas) e piso tátil de alerta para deficientes visuais. No playground, foram disponibilizados brinquedos adaptados desenvolvidos com tecnologia assistiva, que visam melhorar as habilidades de crianças com limitações físicas. Um outro local de puro lazer ? inaugurado também em julho ? é o Aquário de São Paulo, localizado no bairro do Ipiranga. O lugar possui rampas e banheiros adaptados.


Fonte: Rede Sacil (www.saci.org.br ), com base em matéria de Claudete Oliveira.

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