Após uma semana de atividades científicas em Manaus, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antônio Raupp, afirmou no encerramento da 61ª reunião anual da entidade, finalizada no dia 17 de julho, que a Amazônia vai continuar sendo uma das prioridades para a pesquisa no país. ?A ciência é fundamental no processo de desenvolvimento da região e tem que ser feita por pessoas daqui?, defendeu.
Raupp afirmou que o desenvolvimento da Amazônia tem ?caráter estratégico? para o país, mas que deve ser ambiental e economicamente sustentável e, para isso, a ciência tem papel relevante na busca de soluções. ?A Amazônia continuará no foco da SBPC?, garantiu.
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Val, destacou que, apesar da necessidade de mais investimentos em pesquisa sobre a região, o que já se sabe sobre a floresta tem que ser colocado em prática e considerado para a tomada de decisões e formulação de políticas públicas. ?Não há espaço para a imobilidade no que se refere à Amazônia. Nós precisamos de mais informações, mas temos resultados que já permitem intervenções seguras em direção a um desenvolvimento com a manutenção da floresta em pé?.
Val destacou o anúncio de investimentos para ciência e tecnologia na região, feitos pelo ministro Sergio Rezende e a criação do programa Bolsa para Todos, que vai financiar mestrado e doutorado para estudantes do Norte e Centro-Oeste, como bons indicadores para a mudança do perfil de pesquisas sobre a floresta. Segundo ele, apenas uma pequena parte dos autores de estudos sobre a Amazônia vive na região. ?Precisamos produzir informação e não depender de produção científica de outros sobre a nossa região?, acrescentou.
*Com informações da Agência Brasil/Luana Lourenço