O Semiárido brasileiro está enfrentando a pior seca registrada nos últimos 50 anos. São 1.415 municípios afetados e mais de 9,5 milhões de pessoas atingidas.
Apesar da gravidade da situação, alguns especialistas dizem que a situação poderia ser pior, não fosse a rede de proteção social que inclui programas de transferência de renda dos governos federal e estaduais. Mas eles afirmam que, apesar disso, não é possível impedir que a economia dos municípios impactados entre em colapso durante períodos de longa estiagem.
Em matéria da Revista Isto É, de 24 de abril, o professor de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), Eraldo Matricardi, advertiu que “a falta de orientação à população é o principal obstáculo ao fim dos grandes transtornos por longos períodos de estiagem”. Ele defende que técnicas simples, como colocar garrafas enterradas para evitar a mortalidade das plantações, sejam ensinadas às populações para que possam conviver melhor com esses períodos de estiagem.
Diante da gravidade do quadro e da necessidade de se pensar soluções e alternativas que propiciem a convivência com a seca, a Rede Mobilizadores vai compilar, neste espaço, diversos materiais que falam sobre as características da seca no Nordeste, as iniciativas governamentais e não governamentais que vêm sendo implantadas para enfrentar o problema e, principalmente, sobre as tecnologias sociais disponíveis, que precisam ser disseminadas.
Leia o material e compartilhe informações interessantes, relate experiências, faça sugestões e deixe sua opinião no espaço “Envie sua opinião”, no final deste destaque.
NOVO DESTAQUE! (atualizado em 12/06/2013)
A convivência com o Semiárido
“Conviver com o semiárido é aprender a conviver com as grandes estiagens”. O diagnóstico é do doutor em economia e pesquisador da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), Pedro Carlos Gama da Silva, que realizou, recentemente, palestra sobre a seca no Nordeste durante Seminário do COEP, em Brasília.
Na apresentação, Pedro Gama destacou, entre mapas e infográficos, que mesmo sendo o Nordeste uma região que detém grande diversidade agroecológica e socioeconômica e cerca de 56% da população brasileira, a participação de todo o Semiárido no Produto Interno Bruto (PIB) do país é de apenas 13,6%.
O pesquisador observou que, diferentemente do passado, famílias que hoje são beneficiadas por políticas públicas e subvenções sociais como o Garantia Safra, Pronaf, Água para Todos, Programa de Aquisição de Alimentos, Bolsa Família, vivem uma situação diferente.
“O grande diferencial dessas últimas grandes secas é que você não vê mais o flagelo. As invasões das feiras, os saques às cidades, isso não ocorre mais. Antes, você tinha uma crise de produção séria e essa crise se transformava em um problema social. Hoje, mesmo a crise de produção sendo maior que as anteriores, a crise social não ocorre mais como era.”
Exemplos de tecnologias sociais eficientes para convivência com a seca também foram citados na apresentação, como o armazenamento de forragens; o aproveitamento das espécies da biodiversidade, como o umbu e maracujá do mato; o cultivo da palma forrageira; do sorgo e milho como reserva estratégica e culturas tolerantes ao déficit hídrico.
Sobre tecnologias para o enfrentamento da seca em situações emergenciais, o pesquisador indica a valorização da vegetação nativa, como a prática de manejo da pastagem; o aproveitamento da água de poços, como cacimbas e poços semi-artesianos; e o aproveitamento da umidade dos fundos de vales e baixios.
O objetivo da apresentação é o de elucidar a todos sobre maneiras de mobilização que possam facilitar o enfrentamento e a convivência com a seca.
Clique aqui para ver a apresentação na íntegra.
NOTÍCIA
Municípios do Semiárido receberão sistemas de captação de água
Uma parceria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Petrobras vai garantir a construção de 20 mil sistemas de captação e armazenamento de água para produção em 210 municípios do Semiárido. O contrato, firmado por meio do Programa Uma Terra, Duas Águas (P1+2), é uma resposta ao convite feito pelo MDS a empresas e instituições para integrarem ações de estruturação de políticas públicas de convivência com o Semiárido por meio do Plano Brasil Sem Miséria. A informação foi divulgada pelo MDS, no início de maio. Leia mais!
ENTREVISTA
Convivência com a seca demanda investimentos em pesquisa e tecnologias sociais
O Semiárido brasileiro está enfrentando a pior seca registrada nos últimos 50 anos. De acordo com o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN), ligado Ministério do Meio Ambiente, 1.482 municípios estão em área suscetível à desertificação em nove estados, sendo oito deles nordestinos – Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Uma área que corresponde a 15,7% do território nacional e onde vivem cerca de 31,6 milhões de pessoas.
Pesquisa em conjunto da USP com a Secretaria da Agricultura de Pernambuco revela que 17% das propriedades rurais do sertão e do agreste nordestinos fecharam as porteiras por causa da seca e 50% dependem de carro-pipa para conseguir água. Em Pernambuco, por exemplo, o rebanho bovino foi reduzido a quase a metade: de 2,1 milhões de cabeças de gado, 200 mil morreram, 300 mil foram transferidas para outras regiões e 500 mil foram abatidas precocemente.
Para o professor de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), Eraldo Matricardi, a falta de orientação à população é o principal obstáculo ao fim dos grandes transtornos por longos períodos de estiagem. Ele defende que técnicas simples sejam ensinadas às populações para que possam conviver melhor com esses períodos de estiagem. Para Eraldo, as políticas públicas de desenvolvimento para a região devem considerar também o conhecimento empírico do sertanejo e o fortalecimento das instituições de pesquisa que atuam na região. Confira a entrevista!!
DESTAQUE!
Seca no Nordeste: alternativas possíveis
Neste destaque, apresentamos a situação vivida pelo país atualmente, mostramos que, segundo as Nações Unidas, até 2030, quase metade da população mundial deverá viver em áreas com grande escassez de água; apontamos as medidas emergenciais que o governo anunciou para enfrentar a atual estiagem; relacionamos alternativas possíveis de convivência com a seca segundo alguns especialistas, além de iniciativas desenvolvidas por organizações sociais, e terminamos falando um pouco sobre as características da região Nordeste e da seca.
ENTREVISTAS
Educação: eixo chave para desenvolvimento de tecnologias sociaiso Semiárido
Para Guilherme Soares, engenheiro agrônomo da UFRPE, a educação exerce um papel fundamental para que tecnologias sociais sejam concebidas e possam ser implementadas de acordo com a realidade do Semiárido.
Prêmio estimula replicação de tecnologias sociais voltadas à convivência com o Semiárido
Prêmio Mandacaru estimula desenvolvimento de ações inovadoras em prol da convivência com o Semiárido brasileiro. Confira entrevista com Maiti Fontana, do Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS).
Cisternas trazem novas atribuições socioeconômicas a mulheres do Semiárido
Valquíria Smith, coordenadora executiva e membro do GT de Gênero da ASA, diz que Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) vem contribuindo para que mulheres do Semiárido conquistem novos espaços sociais. Confira.
É possível conviver com a caatinga e aproveitar o que ela tem de melhor
Confira o trabalho desenvolvido pela professora Maria do Socorro Silva, na Escola Rural Ouricuri, no sertão de Pernambuco. Lá os alunos aprendem, através da vivência, formas alternativas de conviver com o Semiárido sem destruir o bioma.
Projeto usa gestão integrada de recursos hídricos para fortalecimento comunitário
Na entrevista, Érika Targino conta como o projeto A Água e o Berço do Homem Americano vem contribuindo para o fortalecimento de comunidades no Piauí.
VÍDEOS
Mudanças Climáticas – pior seca em 50 anos no Brasil
Com 2’05’’, o vídeo, editado pela Unicrio, retrata a pior seca vivida pelo nordeste brasileiro nos últimos 50 anos. São mais de 1.400 municípios afetados. De acordo com especialistas da Organização das Nações Unidas, a realidade, no entanto, não é isolada. A previsão das Nações Unidas é de que até 2030 quase metade da população mundial esteja vivendo em áreas com grande escassez de água.
Nordeste tem a pior seca dos últimos 30 anos
O vídeo, de 2’ 44’’, editado pela TV Alagoas, mostra açudes e barragens vazios no estado de Alagoas devido a uma das maiores secas da história do Brasil. Nas cidades do sertão, a população depende de água de carros pipa; falta água até nos postos de saúde.
TEXTOS
Cartilha com diretrizes de Convivência com o Semiárido
O objetivo do documento é conclamar setores da sociedade e do governo a não pensarem no Semiárido apenas em tempos de seca.
O conflito essencial: ser ou não sertanejo
Este artigo, de Suely Salgueiro Chacon,traz um resumo das proposições do livro O Sertanejo e o caminho das águas: políticas públicas, modernidade e sustentabilidade no Semiárido.
A contemporaneidade da convivência com o Semiárido
Luiz Cláudio Mandela discorre sobre a estrutura de pensamento, criada e fortalecida historicamente, que leva a sociedade brasileira a pensar que o problema da região do Semiárido é a falta de água e não a sua democratização. Alerta que o grande inimigo dos povos do sertão é também a concentração da terra, da renda e da riqueza.
A seca no Nordeste é fato real, tema que serve de debate principalmente em períodos eleitorais. Mas é um fato real, que o poder público não tem interesse de resolver.
Helio Matos Cordeiro. Sua colocação é bem lúcida.O problema esta nos gerentes da industria da seca que não tem interesse em acabar com os problemas que ela traz.Se acabar o minimizar os problemas da seca como eles irão se manter em suas vidas nababescas? O que seria das seguradoras e as industrias de proteção patrimonial e pessoal se a violencia urbana diminuisse drasticamente?
Seca no nordeste, enchentes na cidade de São Paulo e outras que são cortadas por rios, deslizamentos de encostas no Rio de Janeiro e em Minas. Essas manchetes ja estão na base de dados de todos os jornais e revistas.Quando acontece um evento como esses é so pegar a noticia do ano passado ou retrasado e pronto. É só atualizar o numero de mortos e desabrigados e chutar o valor do prejuizo. O sofrimento das pessoas que sofrem com esses acontecimento não tem valor. Para a famosa industria da seca do nordeste basta buscar tecnologia com os paises do Saara. La tambem o povo come e bebe e com frio por cima.Remanejar familias para o estado do Para, Amazonas, Rondonia, Acre e Amapá incentivando a agricultura de sobrevivencia e estrativista sustentavel. Fechar os municipios que assim deixariam de dar prejuizos. (ja pensou que legal nao ter que pagar vereadores? ) Quem quiser ficar morando, criando gado na seca e cultivando num lugar desses que o faça por conta e risco proprio. O Governo precisa acabar com esse negocio de dar esmola.Aproveito o gancho para informar que toda agua escorre para o lugar mais baixo, sendo assim enchente nao tem remedio. Morro desmatado encharca e vira lama e vem pra baixo.
Dada a simplicidade do sertanejo, penso que o poder público e as entidades não governamentais que se interessam pelo tema devem focar as suas ações investindo na educação para levar a uma melhor convivência. A realidade é dada, mas existem formas de minimizar o sofrimento das populações, educando para se mudar hábitos econômicos, sociais e culturais, seculares, buscando outros que estejam mais apropriados a essa realidade.
Cobsiderada um fenômeno natural, a seca no Nordeste Brasileiro é um fato real e drástico para a população dessa região. Desde 1845 já tivemos 72 secas, 40 anuais e 32 plurianuais.Estas últimas castigam mais as famílias que trabalham com a agricultura familiar. Com conhecimentos espécificos, que ainda não foram aproveitados, sofrem mais com essa realidade. As famílias tem conhecimentos que becessitam ser utilizados. São tecnologias aprendidas ao longo dos anos de sofrimento com as estiages ou secas verdes, e com as secas propriamente ditas. Muitas delas são estruturantes e propicias para a região.
Os pesquisadores também tem muitas técnicas capazes de eliminar o assistencialismo político, ou seja, politicas paliativas que não conseguem resolver o problema. São repetitivas e não ajudam educar. Os recursos financeiros destinados a diminuir a fome e a pobreza nada resolve, estimula a dependencia. Soluções educativas e de longa duração são nais úteis e trazem soluçôes capazes de resolver os problemas, não só no semiárido, mas onde acontece o polígno das secas.Novas metas são necessárias, pequenas cisternas ´so resolvem se tiver água para a subsistencia humana e animal.
A seca sempre foi um grande problema em algunas regiões em nosso país como todos nós já sabemos. Governo disponibiliza recursos com novas tecnícas, mais o fato primordial é que tudo fica no meio do caminho nada se conclui. Respondam como esses recursos estão sendo aplicados? Há fiscalização? Enquanto isso a população carente sofre com tanto descaso.
A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Muitas vezes, as pessoas precisam andar durante horas, sob sol e calor forte, para pegar água.
eu acho que o trabalho para diminuir o estado da calamidade da seca, tem que ser feito através de reuniões com a comunidade, explicando os metodos que podem ser utilizados para armazenar água, pois divulgar pela internet, distribuir papeis, muitos integrantes da população destas comunidades, não sabem ler ou escrever, e não tem acesso as informações da midia.
A seca é um enorme problema em algumas regiões do Brasil! Nós aqui no Norte nós construímos micro sistema de abastecimento de água nos lugares q não existe água encanada, e da muito certo que tal levar essa idéia pra região Nordeste, pode não resolver o problema mais ajudar muito.
A seca é um enorme problema em algumas regiões do Brasil! Nós aqui no Norte nós construímos micro sistema de abastecimento de água nos lugares q não existe água encanada, e da muito certo que tal levar essa idéia pra região Nordeste, pode não resolver o problema mais ajudar muito.
Seca é fenomeno natural e certa no Nordeste Brasileiro, mais curta, mais longa é uma realidade. Os sertanejos já sobrevivem á seca com saberes empiricos, precisam ser incrementadas tecnologias propicias, e estruturantes para a região, sair dessas politicas paliativas como: caro pipa, essas bolsas que estimulam a dependencia. Especialistas mostram soluçôes, precisam ser colocadas em práticas pelos governos.
Vejo o Nordeste como uma industria de miséria e miseraveis. Vejo tambem como um grande motivo (celeiro) para temas de trabalhos de formaturas superiores, ferramentas de decisão para votos comprometedores e o abuso de reportagens onde predomina o sensacionalismo em cima de um povo sofrido ao longo da nova terra. Deste sempre houve ajuda sim, investimentos sim, mas a água seca.
Os problemas causados pela seca no semiárido brasileiro, aguarda por uma solução há muitos anos. São adotadas medidas apenas nas situações de emergência, através da distribuição de água feitas por carros pipa que saciam a sede da população, mas as plantações morrem, e os animais também (morrem de sede e fome), comprometendo o sustento das famílias que vivem da agricultura e da pecuária. Para minimizar os efeitos provocados pela estiagem é preciso investir em sistemas de captação e armazenagem de água,acredito que dessa forma é possível prevenir os transtornos causados pela seca.
Os problemas causados pela seca no semiárido brasileiro, aguarda por uma solução há muito tempo,todos os anos os meios de comunicação divulgam as consequências da estiagem nessa região do país, são adotadas medidas nas situações de emergência, em que a distribuição de água através de carros pipa sacia a sede da população, mas as plantações morrem,e os animais também (por fome e sede, comprometendo o sustento das famílias que vivem da agricultura e da pecuária. Para minimizar os efeitos da seca é preciso investir em sistemas de captação e armazenagem de água, caso contrário as consequências da falta de planejamento continuarão a se estender por muitos anos.
A maior parte das situações, que continuam provocando a crise humanitária que se perpetua no semiárido brasileiro, advém de um secular posicionamento dos grupos políticos locais.
Principalmente no Nordeste(E como já se foi dito em comentários anteriores a este), e, em outros pontos do país que são afetados por secas, o domínio histórico de determinados Grupos políticos(Verdadeiras oligarquias),exerce influência político-ideológica para que haja manutenção da condição de não desenvolvimento econômico, destas regiões e sub-regiões. É a condição de subdesenvolvimento de Grupos Sociais e Comunidades locais, que garante a permanência de grupos de poder que se estabeleceram historicamente( Muitas vezes pertencentes a mesma família consanguínea); obterem vantagens e lucro, onde existe o que chamamos aqui de seca. Estas oligarquias se utilizam do Sistema político vigente, para se perpetuarem, e ainda ampliar sua influência para o âmbito Nacional.
A questão é meramente política, pois técnicas e tecnologias, o Brasil, há muito, já pode ser considerado auto-suficiente.
O problema da seca é agravante, mas falta mesmo são políticas publicas que atendam de fato a demanda da população. O Governo Estadual em períodos de seca fala muito em combater a seca e não de convivência com ela. Se a seca é fato no Nordeste, então porque não disponibilizar apoio, assistencia técnica e orientação para o povo se preparar? Diversas técnicas já foram comprovadas, mas falta incentivo para a sua execução. Ainda hoje há a industria da seca, por exemplo, foram disponibilizados recursos no Banco do Nordeste para “fazer água”, esse é o termo utilizado por aqui, mas cadê técnicos suficientes para elaborar as propostas? Vejo que nessa época muitos escritórios particulares são abertos e para elaborar propostas cobram absurdos, isso além do valor (porcentagem) que já recebe do Banco. Os agricultores são obrigados a se utilizar dessas alternativas porque não tem técnicos suficientes nas Instituições publicas para atender as demandas. Esse é apenas um dos absurdos que presencio aqui na Região. Então pergunto: a quem as políticas publicas estão realmente beneficiando? Vejo que o problema está na execução, mas isso acontece porque não há fiscalização efetiva.
Muito boas as reportagens. Como professor de climatologia irei utilizar-me deste conteúdo.
Sabemos que há recursos para acabar com a seca no Nordeste. E não são obras faraônicas que poderão resolver este problema secular, e, sim, pequenas inciativas que envolvem decisões políticas dos governos estaduais e municipais, relativas à extração e distribuição de água.
Primeiro, vamos construir mais açudes (barragens de nascente, preferencialmente). Afinal, cai muita água no Nordeste, o problema é a irregularidade das chuvas, mas não estou falando novidades.
Depois se pensa em outras coisas.
Obg.
Ivo
“As tecnologias e recursos modernos disponíveis precisam ser disseminados “levados” para a população das regiões atingidas palas grandes secas… Os Governos Municipal, Estadual e Federal precisam se movimentar neste sentido e devidamente cobrados pelos movimentos de mobilização e instituições não governamentais!”
“A seca é um problema constante que trás grande sofrimento para todos os habitantes das regiões atingidas pelas grandes secas… As previsões sempre mostram que haverá períodos prolongados de seca para os próximos anos, nas regiões áridas e semiáridas do sertão nordestino. A partir dessas projeções, os governos só não tomam as medidas e condições necessárias para traçar planos e metas voltadas a conviver com as secas atuais e as que virão por total descaso e falta de vontade para ao menos amenizar o sofrimento da população dessas regiões!”
A seca existe, é um fenômeno climático, mas é possível conviver bem com ela, desde que ocorra mudança de filosofia de vida, no que diz respeito à produção agrícola, a partir de projetos viáveis a este tipo de clima, realidade que já ocorre em várias regiões áridas do mundo.o Nordeste é um ?paraíso? e que a vocação da região é agrícola, tem mais chuva que muitas regiões áridas do mundo, mas que é preciso investir em culturas rentáveis. ?Os Estados Unidos tem lucro de dezesseis bilhões de dólares por ano, com plantas medicinais. Aqui, na Paraíba, precisamente em Mamanguape, está sendo produzida uva de boa qualidade.
A seca é um fenômeno repetitivo e as previsões projetam períodos prolongados de estiagens para os próximos dez anos, nas regiões áridas e semiáridas, a exemplo do nordestino. A partir dessa projeção, os governos terão condições de traçar planos e metas voltadas a conviver com as secas que virão. Na dúvida, é bom tomar mediadas no presente, como armazenar água, porque ninguém sabem que seca virá num prazo de um ano.
Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais.
Como parte do programa Água para Todos, o Governo Federal já distribuiu quase 270 mil cisternas de PVC e a meta é chegar a 750 reservatórios até 2014.