A secretária executiva do COEP Nacional, Gleyse Peiter, está representando o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e o Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas (GTMC) do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), na 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), em Cancun, México.De acordo com Gleyse, devido aos ?poucos avanços? da 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), realizada em 2009, em Copenhague, na Dinamarca, as contribuições elaboradas para a COP 15, pelo GTMC e pelo Consea, permanecem válidas para a COP 16. ?Esperamos que haja avanços reais, principalmente em relação às populações mais vulneráveis, ou seja, que o aspecto de ?mercado? perca sua força, e o aspecto das políticas sociais ganhe relevância?, diz.Outras expectativasA COP 16 começou com menos expectativas do que a COP 15, que resultou em um tratado sem compromissos muito específicos por parte dos países ricos, principais responsáveis pela emissão dos gases estufa. Espera-se que na COP 16 se defina, por exemplo, como os países ricos vão materializar o prometido fundo climático de US$ 30 bilhões a curto prazo e US$ 100 bilhões a longo prazo, voltado ao financiamento de projetos de redução das emissões em países pobres.Outro grande tema em Cancun será a renovação das metas assumidas pelos países ricos, exceto os Estados Unidos (que não participa), dentro do Protocolo de Kyoto, com o qual se comprometeram a reduzir até 2012 as emissões de gases causadores do efeito estufa em 5% em relação ao que emitiam em 1990. O acordo expira em 2012 e, por enquanto, não há nada para substituí-lo. De acordo com o Itamaraty, o tema é fundamental para países em desenvolvimento, que encaram o Protocolo como um modelo que deve ser mantido. Tais nações defendem em bloco a permanência do acordo.A COP 16 começou no dia 29 de novembro e vai até 10 de dezembro.