O Serviço Florestal Brasileiro mostrou no IX Seminário de Atualização em Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Geográficas Aplicados à Engenharia Florestal, em Curitiba (PR), como as geotecnologias têm ajudado a melhorar a gestão das florestas públicas e a planejar o seu uso sustentável.”As tecnologias espaciais são imprescindíveis para levantar informações sobre as florestas, utilizando sensoriamento, sistema de informações geográficas e GPS, pois apenas com essas ferramentas é possível obter dados atualizados, de grandes áreas, em curso espaço de tempo, e que facilitem a gestão florestal.”, afirma gerente de Informações do Serviço Florestal, Joberto Freitas.No evento, foram apresentados a metodologia e os procedimentos para a análise de paisagem – por exemplo, fragmentação florestal e ocorrência de florestas em áreas de preservação permanente (APP) -, uma das ações do Inventário Florestal Nacional.Os técnicos do Serviço Florestal de Brasília e da Unidade Regional Sul, localizada em Curitiba, mostraram ainda como os dados espaciais contribuem para aumentar as informações do setor e ajudam a formular o Cadastro Nacional de Florestas Públicas, que aponta a existência de 241 milhões de hectares de florestas cadastradas.As ferramentas de geoprocessamento auxiliam ainda a formular o Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF), que traz a quantidade de hectares em florestas públicas passíveis de concessão e a sua localização. Para chegar a essa informação, é feito um cruzamento de mapas entre as florestas públicas e áreas que, no ano, possuem algum impedimento para a concessão, por exemplo, terras indígenas, florestas com uso de comunidades e florestas nacionais sem plano de manejo.Com o uso desses filtros, chegou-se a 5,1 milhões de hectares de florestas públicas federais passíveis de concessão no PAOF 2011, área que está distribuída em 11 florestas nacionais nos estados do Acre, Pará e Rondônia.O Seminário de Atualização em Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Geográficas Aplicados à Engenharia Florestal, que teve sua primeira edição em 1994, é promovido pela Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná e pela Universidade Estadual do Centro-Oeste.