A Desidratação Solar de Alimentos é uma tecnologia social desenvolvida pela ONG Núcleo Gerador de Desenvolvimento do Ser, certificada recentemente pela Fundação Banco do Brasil, e consiste em uma técnica de desidratação de frutas, legumes e vegetais através da luz solar, que permite o aumento do prazo de validade dos alimentos sem a perda de seus nutrientes. O objetivo do Núcleo é implantar cooperativas autossustentáveis em comunidades vulneráveis socioeconomicamente, para promover geração de trabalho e renda e o acesso a alimentos mais nutritivos.
De acordo com a nutricionista do NGDS, Amanda Baeta Crepaldi, frutas, legumes e vegetais em geral podem ser desidratados utilizando-se esse processo. A técnica permite que o sabor e a qualidade nutricional dos alimentos sejam mantidos, sem que se faça uso de técnicas artificiais nocivas à saúde. Além disso, o valor agregado dos produtos desidratados é bem maior do que o dos alimentos ‘in natura’, simplesmente porque o prazo de validade de frutas e legumes passa de dias para anos.
Frutas e legumes que normalmente seriam descartados por não terem boa aparência para venda, podem ser reaproveitados e desidratados. Com um prazo de validade longo, de cerca de dois anos, os produtos podem ser armazenados e enviados para locais que sofrem com escassez, fome ou que foram acometidos por desastres naturais, guerras e conflitos.
“As propriedades nutricionais desses alimentos vêm sendo cada vez mais ressaltadas e estudadas. E estudos mostram que alimentos desidratados são ótimas ferramentas para recuperação de estado nutricional de recém-nascidos, crianças, gestantes e portadores de HIV”, esclarece Amanda.
O certificado de Tecnologia Social, concedido pela Fundação Banco do Brasil, foi recebido em novembro, durante reunião do Comitê de Entidade no Combate a Fome pela Vida (COEP). A ONG oferece capacitação para a montagem do desidratador solar. Para saber mais sobre a tecnologia, acesse o Manual de Desidratação de Alimentos ou o site do Núcleo Gerador de Desenvolvimento do Ser.