No vídeo Cooperativismo: Comércio justo e solidário ? Parte II, é abordado o conceito de comércio justo e solidário, praticado em vários países. As organizações que participam do comércio justo são agrupadas em redes.
De acordo com Wilson José Dias, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), as redes permitem maior interação entre grupos isolados de produtores, permite alcançar escala para atender a determinadas demandas. A organização dessas redes para alcançar mercado esua organização interna para superar dificuldades possibilitam, assim, elevar ganhos de produtividade, de renda e de qualidade de vida para os pequenos produtores.
Segundo Miguel Steffens, presidente da cooperativa Consol, de Novo Hamburgo (RS), o comércio justo busca novas relações comerciais, mais transparentes,de forma que, tanto na cadeia produtiva, quanto nas trocas comerciais, existam sempre relações justas.
Sergio Mariani, assessor comercial da Consol explica como ocorre o trabalho de sensibilização do consumidornas lojas Mundo Paralelo, criadas pela cooperativa parafacilitar a comercialização dos pequenos produtores. As lojasjá existem em Novo Hamburgo e Porto Alegre (RS). São Paulo será a próxima cidade a ter duas lojas da cooperativa.
Segundo William Rocha, da agroindústriaNovo Citrus, em Pareci Novo (RS), as lojas convencionais querem tirar o máximo do pequeno produtor. O lojista não quer saber quantas famílias participaram da produção, como foi realizado o trabalho etc. Nas lojas de comérciojusto, como asMundo Paralelo,é diferente. Vende-se o conceito do produto, além dele em próprio.
Comércio justo no Brasil
No Brasil, foi criado, em 2006, um grupo de trabalho formado por órgãos governamentais e entidades da sociedade civil para construir um sistema nacional do comércio justo e solidário. De acordo com Humberto Oliveira, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em primeiro lugar, o comércio justo estabelece uma nova relação entre o consumidor e o produtor. Ele afirma que há uma mudança na postura do consumidor, que passa a ter muito mais responsabilidade sobre aquilo que consome, percebendo valores agregados ao produto, formas de trabalho decente, um produto socialmente justo e produzido levando em conta o meio ambiente.Assista também aos vídeos Cooperativismo: Comércio justo e solidário – Parte I e Parte III, disponibilizados pela COEP Tevê.