O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio de Janeiro (Senar-RJ) está implantando o programa Turismo no Meio Rural, pioneiro no estado do Rio de Janeiro e destinado à capacitação de produtores rurais. Os desdobramentos dessa experiência são relatados por Delaine Alves Arneiro, técnica em agropecuária e uma das instrutoras do programa.
Mobilizadores COEP – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio de Janeiro (Senar-RJ) tem um programa nacional de capacitação dos produtores rurais na área do agronegócio. Mais recentemente, começou a preparar os agricultores para trabalharem com o turismo, a exemplo do curso que promove no médio Paraíba (zona centro sul fluminense do Rio de Janeiro). O que levou o Senar a iniciar a capacitação nessa área? Foi uma demanda dos agricultores ou um nicho identificado?
R – O Senar desenvolve ações de formação profissional e atividades de promoção social voltadas para pessoas do meio rural, visando sua profissionalização, integração na sociedade e melhoria de sua qualidade de vida, contribuindo para que exerçam plenamente sua cidadania. Após varias ações de capacitação e qualificações de produtores no estado do Rio, percebemos que, mesmo dispondo de produtos de qualidade, e após terem desenvolvido ações de melhorias em suas propriedades, esses profissionais ainda precisavam de mais uma opção de geração de renda. Assim, considerando a aptidão turística do estado Rio de Janeiro e as singularidades de cada município, decidimos implantar o Programa de Turismo Rural, em março de 2006, com a realização de um seminário de sensibilização, em Ipiabas no município de Barra do Pirai, onde apresentamos o programa e o conteúdo dos módulos, buscando fazer com que o produtor conhecesse outras formas para aproveitamento de sua propriedade, utilizando atividades e processos produtivos como atrativos para o turista que tem interesse em vivenciar esse dia-a-dia. O programa é realizado via o sindicato dos produtores rurais de cada município. São eles que mobilizam os produtores e oferecem o apoio local para a realização do curso e, até o momento, a aceitação dos participantes tem sido positiva.
Mobilizadores COEP ? De que forma vocês conseguem fazer com que o produtor perceba o potencial turístico de sua propriedade?
R – Muitos produtores não percebem a diversidade de atrativos turísticos e a oportunidade de explorar essas atividades, pois elas fazem parte de sua rotina diária. É durante o seminário que apresentamos ao produtor essa nova perspectiva e avaliamos a viabilidade de implantação do programa em sua propriedade. Durante o evento, conto a história ?Perceba o que você tem!?, que elucida bem a relação que o produtor rural estabece com sua propriedade e suas atividades. É com ela que mostro do que eles são capazes e a riqueza que têm em mãos. A história é assim: ?O dono de um pequeno sítio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua: ? Sr. Bilac, preciso vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. O senhor poderia redigir o anúncio para o jornal? Olavo Bilac então escreve: ?Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente oferece sombra tranqüila das tardes, na varanda?. Meses depois, o poeta indaga ao amigo sobre a venda da propriedade, ao que ele retruca: ? Nem pense nisso. Quando li o anúncio, percebi a maravilha que possuía. Ás vezes não descobrimos as coisas boas que possuímos e vamos longe, atrás da miragem de falsos tesouros.
Mobilizadores COEP – O que é o turismo rural? Qual o potencial do Brasil para o desenvolvimento desse tipo de atividade turística?
R – Para o Senar, o Turismo Rural é o estabelecimento de relações e a prestação de serviços ao turista que procura o meio rural. Ele destina-se ao turista que vem em busca de suas raízes ou lembranças (muitas vezes ele já teve contato com o campo, quando criança, ou faz parte de uma família que tem origem rural); deseja conhecer um outro modo de vida ou quer apresentar para os filhos a vida rural, mostrando a eles galinhas e outros animais, a tirada de leite, e permitindo que subam em árvores. O turismo rural propicia um roteiro agradável e ao produtor uma diversificação de sua renda principal. Essa é uma atividade que já vem sendo promovida em vários estados brasileiros, mas normalmente a partir da exploração, pelo setor hoteleiro, dos atrativos naturais e culturais de cada região. Existem muitos hotéis-fazenda que oferecem turismo rural, mas que na verdade não o exercem efetivamente, pois em suas dependências o turista não presencia a rotina de uma propriedade rural produtiva. O único contato com o meio rural nesses estabelecimentos é o fato de estarem situados em área considerada rural e terem em exposição alguns animais como vacas, cabritos e galinhas. Não é essa a proposta de turismo rural defendida pelo Senar, e é uma pena que muitos turistas acabem tendo essa experiência como referência do turismo rural. Principalmente, porque acreditamos que existe um grande potencial e interesse para o desenvolvimento dessa atividade em todo Brasil, como demonstra o crescente interesse de vários municípios em implantar o programa.
Mobilizadores COEP – O turismo rural é privilégio de grandes propriedades ou pode ser desenvolvido por pequenos e médios proprietários? Que tipo de atrativos essas propriedades devem ter para viabilizar o negócio?
R – O Turismo Rural envolve serviços oferecidos pelo próprio produtor rural, seus familiares e colaboradores, e independe do tamanho de sua propriedade. O diferencial está nos seus sistemas produtivos e na proposta de cada propriedade. Por exemplo, numa propriedade de criação de gado para produção de leite, o turista verá como é a criação desse gado (se fica no pasto, se fica confinado, tipo de alimentação etc.), como é retirado e processado o leite, e poderá experimentar o leite retirado na hora. Tudo vai depender do que o produtor quer oferecer. Em alguns casos, o visitante pode até participar efetivamente da rotina da propriedade, ajudando a realizar algumas atividades. Outros dois atrativos bem fortes são a alimentação, já que algumas propriedades oferecem o serviço de restaurante, com um cardápio tipicamente rural; e a possibilidade de hospedagem nas propriedades que oferecem o serviço de pousada. Sem falar dos aspectos ambientais e da cultura local; do artesanato e dos próprios produtos produzidos nas propriedades, como doces, queijos e hortifrutigranjeiros.
Mobilizadores COEP – Que tipo de ganhos as comunidades rurais podem obter com o desenvolvimento do turismo rural? Essa é uma atividade com potencial para geração de renda para pequenos agricultores e para a população de baixa renda do campo? De que forma?
R – As comunidades rurais são beneficiadas principalmente no aspecto social e financeiro. O financeiro é viabilizado pela visitação às propriedades e venda dos produtos e artesanatos. O aspecto social é observado pelo aumento da auto-estima do produtor, que vê no interesse do turista sobre o seu modo de vida uma forma de resgate e valorização da sua cultura local. Esses dois fatores acabam também propiciando a fixação do produtor e das gerações futuras no campo, o que consideramos de fundamental importância, já que observamos uma diminuição no interesse dos filhos desses produtores em dar continuidade a esse modo de vida, a essa cultura do plantar. É possível também conseguir melhorias de infra-estrutura básica para a comunidade por parte do poder público, seja de forma espontânea ou utilizando a demanda turística como ?moeda de barganha?, como um mecanismo de pressão junto aos órgãos responsáveis, na busca de uma melhor qualidade de vida.
Mobilizadores COEP – Que comunidades estão sendo envolvidas nessa capacitação no Rio de Janeiro? Como está sendo a experiência?
R – As comunidades envolvidas no momento são Piraí (Cacaria e Arrozal), Vassouras (Ferreiros, Cananéia, Barão de Vassouras, Bingue), Miguel Pereira (Fragoso, Vera Cruz, Stº Antonio), Araruama (Morro Grande e ibcuíba), Rio Claro, Barra do Piraí (Ipiabas), Porciúncula, Sapucaia, São José do Vale do Rio Preto e Petrópolis. As experiências têm nos demonstrado que para os produtores realizarem a capacitação precisam ser sensibilizados e motivados para que entendam que suas atividades produtivas têm potencial para atrair o turista. Uma vez vencida esta etapa, os produtores logo ficam interessados em fazer com que o turismo aconteça em sua comunidade.
Mobilizadores COEP – Quais os objetivos e como é desenvolvido o curso? E quais as perspectivas/expectativas do Senar com a capacitação dos produtores rurais?
R – O curso acontece em 8 módulos: Turismo Rural e oportunidade de negócios; acolhida no meio rural; planejando e implantando restaurantes e pousadas rurais; serviço de restaurantes rurais; comandando e organizando a cozinha rural; os segredos da boa culinária rural; roteiros, trilhas e caminhadas ecológicas; artesanato como recurso turístico no meio rural; e implantando um ponto de vendas. Os dois primeiros módulos são obrigatórios e aulas teóricas e praticas acontecem nas propriedades. O Senar tem como estratégia metodológica o Aprender Fazendo, que consiste em vivenciar no instante do treinamento as atividades que deverão ser desenvolvidas por eles. Como exemplo, podemos citar o modulo de acolhida no meio rural, onde cada produtor/treinando recebe na sua propriedade os outros treinandos como se estes fossem um grupo de turistas em busca dos benefícios do turismo rural. Desse modo, podemos exercitar o olhar do treinando para que ele possa identificar os possíveis potenciais turísticos da propriedade e também os procedimentos a serem adotados na recepção do turista, na estadia deste na propriedade, as possíveis dificuldades durante a visitação e assim por diante. Nossos objetivos e perspectivas/expectativas é que, ao final dos oito módulos, os produtores estejam organizados em circuitos, buscando formas de associativismo e cooperativismo para exercerem juntos suas atividades produtivas e atuarem de forma organizada no setor de turismo rural.
Parabéns SENAR pelo comprometimento social…gostaria de participar mais de perto…só investindo no meio rural…teremos uma nação mais equilibrada…e menas fome.
Parabéns! mais uma vez…No Sul do Estado do Piauí…faríamos a diferença com esse projeto…gostaria de saber mais…
É uma proposta excelente e muito pertinente, principalmente quando se menciona a possibilidade de se fazer o resgate da auto-estima do povo do campo brasileiro, que é tão “deturpada” pelos demais segmentos. A gorsso modo, como podemos ver na entrevista, poderá ser até minimizado o problema do êxodo rural nas regiões que implantarem essa prática. Moro em Cotia-SP e também sonho com um dia podermos, junto com os orgãos competentes, realizar projeto tão valioso como esse.
Grande abraço à todos
O Governador de Santa Catarina , Luiz Henrique da Silveira tem falado frequentemente na importância de se apoiar o homem do campo no campo . Esta é uma ideia fantástica .
Inicialmente gostaria de me apresentar , fui membro do COEP/SC , representando a Fundação Catarinense de Educação Especial , mas agora trabalho aqui na Secretaria Regional de Blumenau , onde estamos iniciando um trabalho que envolve a questão da acessibilidade .
Eu quero saldar o Senar pela bela iniciativa da implementação do Programa de Turismo no Meio Rural .Acredito que tanto é uma questão de identificação das necessidades de desenvolvimento regional como também de nicho de mercado .
Esta questão do turismo rural e eco-turismo acaba cativando todas as família das cidades e para conquistar efetivamente este mercado . é necessário muita dedicação de todos ,
dos promotores , dos governos e das famílias de produtores rurais .
Sobre a oferta de serviços e produtos é necessário dizer que o consumidor quer qualidade .Esta qualidade precisa de excelencia na capacitação .
Na questão dos produtos alimentícios é fundamental as Boas Práticas de Manipulação .
Poderiamos deichar uma boa pergunta para a questão do turismo , de um modo geral :Quantas pessoas com com algun tipo de deficiência e quantas famílias do Brasil e do Mundo ficam sem sair de suas cidades , para viajar por falta de acessibilidade ?
Parabens, ao SENAR e toda a sua equipe, pois a implantação hoje de capacitação de Produtores Rurais neste sentido se faz necessária pois trata-se de uma nova alternativa de renda para o pequeno Produtor, além de que todo o investimento bem elaborado neste sentido, tem retorno garantido. Pois tudo o que for investido em qualidade de vida tem retorno garantido em varios aspectos. Importante se fazer parcerias locais com o setor público.
A iniciativa do SENAR é da maior importância social e econôconomica.
Parabéns aos organizadores.
J. Anchieta
mdrme
CAROS MOBILIZADORES,
AGRADECEMOS SEUS COMENTÁRIOS E CONVIDAMOS A TODOS A PARTICIPAREM, NOS DIAS 22 A 26 DE JANEIRO DE 2007, DO FÓRUM SOBRE TURISMO RURAL COM DELAINE ARNEIRO.
A PARTIR DO DIA 22 DE JANEIRO, ACCESEM A PÁGINA DO GRUPO TURISMO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CLIQUEM EM “FORUM” E DEIXEM SEUS COMENTÁRIOS E SUAS PERGUNTAS.
Muito importante. Temos muitas áreas rurais no interior do Rio de Janeiro, na fronteira de Minas e São Paulo, que são de extrema pobreza e abandono, os quais poderiam participar do programa e assim se promoverem.
O SENAR, está de parabens pela iniciativa, pois as nossas areas rurais tem muito potencial para o turismo que muito de nós desconhecemos.
O surgimento desses trabalho hoje para a área rural é muito importante para seu desenvolvimento. Pois, o campo tem hoje uma grande participação na economia do Brasil. Suas histórias estão quase sempre relacionadas com surgimento de muitas cidades. Através de atividades como essas, poderá ajudar a fortalecer as areas rurais, gerendo mais emprego, educação e renda de uma maneira sustentavel. Parabéns.
Como poderemos estabelecer Convênio de Cooperação Técnica entre o SENAR e o Governo do Piauí ? Temos dois órgãos que tratam desse assunto: Piemtur e Secretaria de Desenvolvimento Rural – S.D.R. e ainda a Faculdade de Turismo AESPI.
Estamos realizando pesquisa para oferecer subsídios para implantação do Turismo Rural no Piauí. Necessitamos maiores informações e intercâmbio de idéias e projetos a respeito.
Excelente a atuação do Senar. Por favor, nos enviem relatos do andamento do projeto de turismo rural. Temos um grupo de pesquisa aqui no Piauí, e gostaríamos de entrar em contato. Relatos podem ser enviados para : turismo@aespi.br ( Faculdade de Turismo)
a MSG SAIU TRUNCADA POR PROBLEMAS NO TECLADO. gOSTARIA DE ENFATIZAR A IMPORTANCIA EM ORGANIZAÇÕES COMO O COEP, CUJA RESPONSABILIDDAE SOCIAL, EXTRAPOLA AS INSTITUIÇÕES E ENCONTRA RESONANCIA NAS PESSOAS QUE COMPOEM AS ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS. O conhecimento a sensibilidade social, o amor ao próximo e o trabalho voluntário em favor de comunidades e minorias fazem do COEP uma rede diferente e única. O estabelecimento de parcerias e a criação de Projetos/Programas xperimentais que posam servir de referencia para a melhoria da qualidade de vida e redução das desigualdades no nossso Páis são a maior contribuição que os COEPIANos poder oferecer. O MARAJÓ É UM EXCEPCIONAL CAMPO EXPERIMENTAL PARA AS INSTITUIÇÕES QUE COMPÕEM A REDE DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL DO COEP. (AMBIENTAL, SOCIAL, ECONOMICO). Vale a pena… pela grandeza da nossa alma
Importante a iniiativa. stamos fazendo alguns trabalhos em comunidades rurais para geração de trabalho e rnda. Dentr esses trabalhos destaca-se a Ilha o MARAJÓ, de uma beleza natural inigualável e de particulariddaes que se bem aproveitadas poderiam melhorar a vida do caboclomarajoara. O Marajó, com seus 14 municípios está sendo alva de um Projto de Desenvolvimento Sustentável que está sendo elaborado por u Comitê Interministerial cuja cOORDENAÇÃO ESTÁ OM O gAB. civil da Presid. da República. Al´da flora e da fauna que são tão interessantes e diversificadas como o Pantanal, o Marajó tem a particularidade dos igarapés, rios e o oceano, gerando um ambiente único e de uma beleza ímpar. Esta região é habitada prinipamente por scndentes de ínios e escravos, com comunidaes quilombolas. Destaca-se ainda o maior lago natural da America do Sul, o Lago Arari. A exploração da pecuária e especificamente a bubalinocultura, além da exploração predatória a pesca, além de trazer a fome, está dizimado o ambiente natural e criando grandes latifúndios, obrigando os caboclos a migrarem para os grandes centros urbanos onde so encontram a fome e a marginalidade. Esta área mereceria uma atenção maior do Governo e o tURISMO RURAL E ECOLÓGICO PODERIAM SER ALTERNATIVAS INTERESSANTES D FIXAÇÃO DO CABOCLO E DE GERRAÇÃO DE RENDA. GOSTARIA D OBTER MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE IMPLANTAÇÃO DE POLOS TURÍSTICOS E OFERTAS DE PRODUTOS TURÍSTICOS NA ÁREA RURAL.
PARABENS a toda equipe empenhada neste Projeto, além de explorar o Turismo Rural, conta a melhoria da auto estima dos pequenos produtores rurais, trabalhando o aspecto Social e principalmente oferencendo oportunidades de aumento na sua renda fincanceira e com isso, todos acabamos ganhando, inclusive o próprio Turista.
Parabéns, é de muita importância o nosso comprometimento numa questão tão importante para o desenvolvimento dos Municípios e geraçoes futuras.
Valorizado a beleza natural, e cuidando para a preservação do Meio Ambiente.
Parabéns ao SENAR!!!
Estamos implantando o turismo rural no município da Serra (ES). Gostaria de obter mais informações a respeito desse Programa e saber sobre implantá-lo no nosso município.
Parabens SENAR, pela brilhante iniciativa. Aqi em Guarapari, temos contato direto com area rural, por estar localizada a menos de 20 minutos. E meus filhos sempre tiveram tal contato, tanto com os animais, as plantaçoes, ate cobras e lagartos.
Conheci no ano passado, um jovem de 23 anos, que mora no Bairro recreio, Rio de Janeiro, body boarding, que nao conhecia um pintinho. Veio conhecer aqui em Guarapari e ate comprou um em uma loja de produtos agroveterinarios.
Parabens mais uma vez
O programa oferece mais uma oportunidade de aumentar a renda do proprietario e contribui tambem para atualizar e preservar o meio ambiente.
Penso que o SENAR poderia ampliar esta experiência a nível nacional estabelecendo parcerias com as Secretarias Estaduais de Turismo e COEP estaduais.