“A educação é imperativa para os direitos humanos, é imperativa para o desenvolvimento, é imperativa para a segurança”, declarou a chefe da Unesco, Irina Bokova, em seu discurso de abertura da Semana de Aprendizagem Móvel que aconteceu, no dia 24 de fevereiro, na sede da Unesco em Paris.
Para a chefe da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, a tecnologia móvel pode servir como um facilitador para a educação. “Ela pode oferecer aprendizagem onde não há livros, nem salas de aulas ou mesmo professores. Isso é especialmente importante para mulheres e meninas que desistem da escola e necessitam de uma segunda chance”, explicou.
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) descreve telefones celulares como “a tecnologia mais penetrante e mais rapidamente adotada da história”. Das sete bilhões de pessoas da Terra, mais de seis bilhões agora têm acesso a um aparelho móvel que funcione. Isso significa que a tecnologia móvel é, atualmente, comum nas áreas onde mulheres são carentes e as oportunidades educacionais são limitadas. Porém, muitas ainda não têm acesso algum.
“Ainda há uma persistente lacuna na questão de gênero quanto ao acesso à tecnologia móvel”, disse a palestrante principal, Cherie Blair, fundadora da Fundação Cherie Blair para Mulheres (Cherie Blair Foundation for Women). “As pesquisas mostram que uma mulher em um país de baixa ou média renda tem 21% menos chance que um homem de possuir um telefone celular. Na África, mulheres têm 23% menos chances que homens de possuir um celular. No Oriente Médio, esse número sobe para 24% e, no sul da Ásia, ele sobe ainda mais, para 37%. As razões que as mulheres citam para não possuírem telefones celulares incluem custos dos aparelhos e dos planos de telefonia, a falta de necessidade e medo de não ser capaz de dominar a tecnologia”.
Semana de Aprendizagem Móvel
O programa inclui 80 oficinas para capacitar usuários de aprendizagem móvel. Além de um Fórum de Política para que representantes governamentais discutam ideias para integração e ampliação de intervenções bem-sucedidas de aprendizagem móvel para promover a igualdade de gênero na educação, e também discutam o papel da tecnologia móvel na medida em que a comunidade internacional desenvolve novas metas para a educação e o desenvolvimento.
Com informações da ONU