Cerca de 70 cooperados da Cooperativa de Coleta Seletiva, Beneficiamento e transformação de materiais recicláveis de São José do Rio Preto (Cooperlagos) estão participando do projeto de extensão “A química como ferramenta na educação ambiental”, desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Preto, desde março. O objetivo do projeto é fornecer aos cooperados conhecimento dos processos de reciclagem para eles possam reciclar o material que coletam.
O projeto, coordenado pela professora Vera Tiera, conta com a participação de docentes e alunos do Departamento de Química e Ciências Ambientais, responsáveis pela preparação de oficinas destinadas aos cooperados.
De acordo com Tiera, no primeiro semestre deste ano, o grupo dedicou-se a conhecer o funcionamento da cooperativa e os interesses do grupo. “Os cooperados coletam material reciclável para vender e a renda é revertida para eles”, explica. “Observamos que poderíamos ajudá-los fornecendo conhecimento a respeito dos processos da reciclagem, a fim de que, futuramente, eles possam reciclar os próprios materiais que coletam”, completa.
Desde setembro, estão sendo realizadas oficinas quinzenais sobre temas diversos como: “Preparação de produtos de higiene e de limpeza”, “Compostagem para promover a criação de jardinagem e uma horta comunitária”, “Reciclagem de papel”, entre outras.
Segundo Tiera, a expectativa é de que, após a realização das oficinas, os cooperados possam ter uma melhor qualidade de vida, aliada à melhor qualidade do trabalho que realizam e à inserção na sociedade. Essa é a primeira vez que um grupo ligado ao Departamento de Química e Ciências Ambientais trabalha com uma comunidade diferente da de alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Outro grupo de Química Ambiental que realiza atividade de extensão é o GAEA (Grupo Ativo em Educação Ambiental), coordenado pelas docentes Vera Tiera e Ieda Pastre Fertonani. Esse grupo é composto por alunos interessados em desenvolver ações efetivas na área de desenvolvimento sustentável.
Formado em 2006, o GAEA procura desenvolver ações e novas práticas tecnológicas na busca de uma sociedade sustentável. “Realizamos reuniões semanais e visitamos escolas de Ensino Fundamental e Médio, para desenvolver experimentos”, explica Tiera.
Segundo a docente, há grande procura, por parte das escolas, para a realização desse trabalho. “Os alunos ficam entusiasmados com os experimentos e são sempre muito receptivos”, avalia.
Fonte: Unesp (www.unesp.br)