O aleitamento materno pode salvar a vida de 1,3 milhão de crianças no mundo a cada ano. Por isso, promover a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida foi uma das principais estratégias apoiadas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) durante a 32ª Sessão do Comitê Permanente de Nutrição das Nações Unidas (SCN), realizada de 14 a 18 de março, em Brasília, e que reuniu mais de mil especialistas em saúde e nutrição do Brasil e do mundo. Atualmente, a desnutrição está relacionada a mais de 50% das mortes entre crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento.Erradicar a fome e a pobreza é o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio. Até 2015, o mundo deve reduzir em até 50% o número de pessoas que sofrem com a desnutrição. Para o Unicef, o alcance dessa meta só será possível se governos, sociedade e setor privado empenharem-se para criar ambientes favoráveis para que toda mãe possa amamentar seu bebê de maneira exclusiva durante os primeiros seis meses de vida.Até o sexto mês, o leite materno deve ser o único alimento para o bebê. Depois disso, o ideal é continuar o aleitamento até os dois anos de idade e complementar a nutrição com outros alimentos adequados. Assim, segundo o Unicef, a combinação de alimentação adequada, saúde e os cuidados com a criança é a melhor forma de garantir-lhes uma vida digna.No Brasil, Unicef, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde implementam a Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Hoje, existem 310 hospitais e maternidades com o título, que é garantido a equipes de atendimento a gestantes, parturientes e bebês para promover e garantir o aleitamento materno. A amamentação deve ser iniciada já na sala de parto. E, depois, o hospital deve prover acompanhamento e orientação para grupos de mães para a continuação do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida.
Epidemia de HIV/Aids ameaça o direito à amamentação
Em todo o mundo, cerca de 20 milhões de mulheres e meninas estão infectadas com o HIV/Aids. Para o Unicef, essas mulheres devem receber orientação adequada sobre os riscos da gravidez e da amamentação. Com informações e opções, as mulheres podem garantir a alimentação mais segura e adequada para seus filhos.