Sociabilizar o conhecimento sobre a expansão das cidades e as questões urbanas e ambientais que envolvem municípios da região é a meta do primeiro Observatório das Cidades do Vale do Paraíba – programa criado pela Universidade de Taubaté, no início deste ano, que engloba inicialmente as cidades de Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba.
Sediado no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da universidade, o Observatório das Cidades é um programa de extensão e pesquisa que tem por objetivo manter um banco de dados online sobre os municípios da região. As informações poderão auxiliar na concepção das diretrizes dos planos diretores participativos das cidades e elencar quais são os problemas urbanos e ambientais mais comuns nesses locais.
“Nosso trabalho é apontar as necessidades da comunidade local e gerar conhecimento e informação aos cidadãos e aos responsáveis pelas políticas públicas sobre a cidade em que moram, qualificando-os, assim, a tomarem decisões estratégicas que beneficiem à população”, explica o prof. Ms. Luiz Roberto Mazzeo Machado, um dos responsáveis pelo programa.
Com as informações disponibilizadas, o Observatório pretende propor soluções conjuntas para as cidades analisadas. Para divulgar os estudos, o órgão ministrará, também, treinamentos de capacitação para gestores públicos, por meio de palestras, seminários e workshops, e levará às escolas municipais material didático sobre as cidades, como folders, cartas-temáticas e painéis, em linguagem mais acessível aos estudantes.
Para o professor Ms. Fábio Oliveira Sanches, um dos responsáveis pelo Observatório, o programa vai ajudar a traçar metas em conjunto entre cidades vizinhas. “Com as informações do Observatório, será possível propor uma integração entre os planos diretores dos municípios, para identificar os problemas que lhes são comuns e propor soluções conjuntas também”, explica.
Segundo Sanches, Taubaté e Tremembé, por exemplo, têm um limite urbano tão próximo que se influenciam diretamente. “A própria questão do lixo urbano, do tratamento de esgoto ou mesmo da moradia, em bairros que ficam entre Taubaté e Tremembé, devem ser discutidas pelas duas cidades, e os planos diretores de ambas devem ter metas uníssonas”, afirma. Atualmente, as cidades traçam planos individuais e, às vezes, realizam tarefas idênticas, com recursos que poderiam ser utilizados para outros setores também carentes.