A AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia e o Polo da Borborema vêm, desde 2003, buscando dar visibilidade às desigualdades das relações de gênero, principalmente no mundo rural. A cada ano, são organizadas as Marchas Pela Vida da Mulher e Pela Agroecologia. Esses momentos de grande mobilização, no entanto, são precedidos por um intenso processo de formação e sensibilização das mulheres, lançando mão dos mais variados instrumentos pedagógicos: sistematizações, diagnósticos, audiovisuais, cordéis, panfletos, vídeos, etc.
Um dos instrumentos mais eficazes nesse esforço de mobilização foi a peça de teatro “A vida de Margarida”, que sensibilizou e favoreceu o aprofundamento do debate sobre as diversas facetas das relações de dominação patriarcal. Para permitir que um número cada vez maior de mulheres e homens pudesse refletir sobre sua realidade.
A peça foi adaptada para o formato de vídeo e retrata um dia comum na rotina de uma família agricultora. Do amanhecer ao anoitecer, as personagens mostram como os papéis hoje desempenhados por homens e mulheres foram socialmente construídos, gerando desigualdades e injustiças.
Mais recentemente foi lançado o vídeo “Zefinha quer casar”, segundo episódio da vida da família de Margarida e Biu. Nesse vídeo, Zefinha, a filha do casal, quer se casar para conquistar sua sonhada liberdade. Apaixona-se por Zé, um jovem que mantém a cultura machista de seu pai, e encontra Ana, uma colega de escola que a ajuda a se perguntar: “É isso que tu queres para tua vida?”.
Os vídeos são encenados pelo Grupo de Teatro Amador do Polo da Borborema, formado por agricultores, agricultoras, lideranças e técnicos do Polo da Borborema e da AS-PTA.
Com informações de AS-PTA