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Meio Ambiente, Clima e Vulnerabilidade

Conceitos em agricultura orgânica


11 de setembro de 2009
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Período de atividades

11/09/2009 a 20/09/2009

Discussão sobre os fundamentos práticos para produção de orgânicos, tanto em pequenos espaços, como hortas e canteiros familiares, escolares e comunitários, como em pequenas propriedades.

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Comentários

122 comentários sobre “Conceitos em agricultura orgânica”
  1. Vera says:
    02/09/2011 às 2:38 pm

    Encontramos produtos orgânicos mas, em pequenas quantidade e mesmo assim muito caro.Por que os produtos orgânicos são vistos e vendido como artigos de luxo?

    Responder
  2. Vera says:
    02/09/2011 às 2:33 pm

    É muito séria a questão do agrotóxico.Estão colocando em tamanha quantidade nas hortaliça,frutas e legumes que deixei de tomar suco de maracujá, pois, é o que está mais envenenado nos últimos anos.E nós estamos consumindo sem saber.

    Responder
  3. Lindaurea says:
    03/12/2010 às 2:48 pm

    Ola Boa tarde, no mundo atual estamos cada vez mais consumindo os produtos organicos, sendo estes mais caros e bem mais valorizados; agora pensando pelo lado do agricultor é bem rendavel a eles a comercialização de produtos com agrotoxicos. Alimentos organicos em pequenas areas da para cuidar, mas e as areas maiores que 4 hectares???? teria como cuidar couve sem agrotoxicos??? eles ficariam bonitos aos nossos olhos de consumidor???

    Responder
  4. MARILENE says:
    19/09/2010 às 5:13 pm

    Car@s Mobilizadores,

    Obrigada pela participação de tod@s!! Foi um espaço muito rico de troca e aprendizagem. Outros momentos como este virão.

    Até a proxima!!

    Responder
  5. tati says:
    18/09/2010 às 8:39 pm

    A saude no Brasil está na UTI, se não houver uma mudança radical, no sistema a população vai ficar eternamente nesse caos.
    Não adiante reinventar a “roda”, com novos nomes para os posto de saúde, SUS, UPA, etc., se não houver mudanças, na forma de oferecer uma atendimente condizente com as necesidades da população carente.
    È muito triste, ver um ser humano sendo tratado com animal, isso mesmo animal, enquanto nos noticiários se vê os escandalos, das instituições com fraudes, superfaramento, falcatruas, para usurpar o dinheiro que seria empregado, para a melhoria da qualidade de vida do cidadão.
    Por isso, com disse, não adiante reinventar nadam tem é fazer acontecer. Com toda essa tecnologia(informatização), a saúde continua ainda na idade da pedra. Medicos mercenários, profissionais incapacitados para um bom atendimento a população carente, falta isso, falta aquilo e sobre dinheiro no bolso dos corruptos, dinheiro esse, que nunca volta, é como se diz o provérvio é como a palvra, falou está falado não volta atrás.
    Estamos caminhando para mudança de comando do 1º escalão(Presidente) e outros que hoje são capazes de fazer até chover no Nordeste, mas… amanhã vamos continua a ver hostipais com gente eu disse gente, pelos corredores, morrendo sem atendimento e as crianças são muito mais sacrificadas, assim como os idosos.
    Vamos dar um basta nesta situação, se aqui niguém consegue avançar na melhorias do sistema de saúde, vamos procurar em outros países desenvolvidos o caminho das pedras e colocar na cadeia esse marginais corruptos, devolvendo para o sistema tudo o que não lhe pertence.

    Responder
  6. Fran says:
    18/09/2010 às 11:25 am

    como faço para participar dos proximos foruns

    Jose reginaldo rodrigues junior
    atmasolutions@hotmail.com

    Responder
  7. Fran says:
    18/09/2010 às 11:25 am

    como faço para participar dos proximos foruns

    Jose reginaldo rodrigues junior
    atmasolutions@hotmail.com

    Responder
  8. ro says:
    18/09/2010 às 10:58 am

    Bom dia a todos!
    Não fiz minha postagem ontem, mas quero agradecer a oportunidade de ter participado desta Oficina tão enriquecedora.
    Grande abraço a todos, obrigada a Equipe Mobilizadores! Paz e saúde!

    Responder
  9. ro says:
    18/09/2010 às 10:58 am

    Bom dia a todos!
    Não fiz minha postagem ontem, mas quero agradecer a oportunidade de ter participado desta Oficina tão enriquecedora.
    Grande abraço a todos, obrigada a Equipe Mobilizadores! Paz e saúde!

    Responder
  10. jorge bela says:
    17/09/2010 às 5:33 pm

    Ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS (http://sna.saude.gov.br), compete realizar auditoria no SUS, contribuindo para qualificação da gestão, visando melhoria da atenção e do acesso às ações e aos serviços de Saúde. Informações relacionadas a procedimentos, repasse de verbas, endereços e outras podem facilmente ser obtidas pelo site ou pelo telefone disque saúde 0800 61 1997

    A Ouvidoria do DNA SUS, além de ser um espaço de cidadania, é também um instrumento que contribui com a gestão do SUS. Esse é o espaço que você tem para manifestar suas reclamações, sugestões, solicitações, denúncias, elogios, bem como para solicitar informações relativas à saúde.

    Orientações do Ministério da Saúde;

    ANTES DE REGISTRAR A MANIFESTAÇÃO NA OUVIDORIA DO SUS:

    É preciso tentar solucionar a questão junto aos responsáveis diretos pela demanda ou questionamento, em âmbito federal, estadual, ou municipal de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa é muito importante para assegurar a efetividade da estratégia de descentralização do Sistema, e para reforçar os mecanismos de participação popular nos processos de implementação de políticas públicas em Saúde. Se essa tentativa já foi realizada sem sucesso, entre em contato com a Ouvidoria.

    disque saúde 0800 61 1997

    Responder
  11. jorge bela says:
    16/09/2010 às 7:25 pm

    Errata: onde se lê verbaz leia-se verbas

    Responder
  12. jorge bela says:
    16/09/2010 às 7:22 pm

    Cobrar a aplicação da lei na destinação de recursos para a área da saúde. O Ministério Público em Minas investiga ação de aplicação de verbas.

    Detalhes em: http://www.jusbrasil.com.br/politica/5816056/mp-pede-devolucao-de-r-3-3-bilhoes-desviados-em-minas

    Responder
  13. ro says:
    16/09/2010 às 8:07 am

    Bom Dia!Graças a Deus, hoje ao acordar e voltar minha atenção para o debate, lembrei que um caminho poderia ser visto e uma luz ao final do túnel! Realizar um planejamento que saia do papel, visando dar continuidade ao que funciona na saúde com responsibilidade e comprometimento das pessoas envolvidas, governo e sociedade civil. Olhando pelo lado positivo temos que melhorar o que já existe e criar o que for necessário urgentemente: Campanhas de vacinação por exemplo, são sempre bem vindas e aceitas, um desempenho com êxito de profissionais que se doam…isso também é importante a doação a causa da saúde é essencial. O que acontece, são estudos e empenho de profissionais que desenvolvem um experimento e chegam até o fim, o resultado? Vidas Salvas, Prevenção de acordo com um planejamento bem executato. Será que teríamos algum outro exemplo? O resgate do que é bom, do que funciona é de extrema importância para um novo olhar sobre a qualidade de vida dos brasileiros. Sem saúde de verdade, não iremos a frente, não chegaremos a lugar nenhum. Várias pessoas pedem socorro em nosso país! O Brasil precisa ser revigorado, ações na saúde entre outros pontos são necessárias para que o cidadão possa contar e exigir esse direito que hoje lhe é negado. Um cidadão saudável é muito mais feliz! E quem não quer a felicidade? Não vamos nos acomodar, vamos gritar bem alto para que nos ouçam! Precisamos reagir enquanto é tempo!Entenda-se bem, sem violência por favor.
    Grande Abraço para todos, sim ….saúde também!

    Responder
  14. ro says:
    16/09/2010 às 8:05 am

    Bom Dia!Graças a Deus, hoje ao acordar e voltar minha atenção para o debate, lembrei que um caminho poderia ser visto e uma luz ao final do túnel! Realizar um planejamento que saia do papel, visando dar continuidade ao que funciona na saúde com responsibilidade e comprometimento das pessoas envolvidas, governo e sociedade civil. Olhando pelo lado positivo temos que melhorar o que já existe e criar o que for necessário urgentemente: Campanhas de vacinação por exemplo, são sempre bem vindas e aceitas, um desempenho com êxito de profissionais que se doam…isso também é importante a doação a causa da saúde é essencial. O que acontece, são estudos e empenho de profissionais que desenvolvem um experimento e chegam até o fim, o resultado? Vidas Salvas, Prevenção de acordo com um planejamento bem executato. Será que teríamos algum outro exemplo? O resgate do que é bom, do que funciona é de extrema importância para um novo olhar sobre a qualidade de vida dos brasileiros. Sem saúde de verdade, não iremos a frente, não chegaremos a lugar nenhum. Várias pessoas pedem socorro em nosso país! O Brasil precisa ser revigorado, ações na saúde entre outros pontos são necessárias para que o cidadão possa contar e exigir esse direito que hoje lhe é negado. Um cidadão saudável é muito mais feliz! E quem não quer a felicidade? Não vamos nos acomodar, vamos gritar bem alto para que nos ouçam! Precisamos reagir enquanto é tempo!Entenda-se bem, sem violência por favor.
    Grande Abraço para todos, sim ….saúde também!

    Responder
  15. sergio says:
    15/09/2010 às 9:08 pm

    Parabens a todos e todas pelo nível do debate. Acredito que o conceito de saúde no Brasil limita-se muito a fraturas expostas, sangue a vista… Saúde deveria ser o conjunto corpo e mente saudáveis.

    Responder
  16. marina says:
    15/09/2010 às 3:41 pm

    Há várias alternativas na prevenção ao adoecimento mental, comoa Terapia Comunitária e as Práticas colmpementares em saúde, que estão sendo disponibilixadas à população.

    Responder
  17. Adelaide says:
    15/09/2010 às 10:07 am

    “Saúde”, dever do Estado e direito de “todos”. Seria bom que isso não passasse de uma utopia. Pois o que vemos são pessoas sendo extremamente excluida dos seus direitos dentro do SUS. Ano politico, entretanto (os politicos) prometem educação, saúde, habitação… e ao passar a campanha não tiram do do papel. As politicas publicas direcionadas a este tema infelizmente ainda dormem e não saem do papel. Precisamos de politicos comprometidos com as questões sociais.

    Responder
  18. ro says:
    14/09/2010 às 7:45 pm

    Agradeço a Saúde desejada pelo amigo Eraldo, e retribuo a espectativa. Porém, voltando ao ponto de ontem, o descredito e a banalidade com que vem sendo tratados os pacientes principalmente em repartições públicas em nosso país é desanimador. O que podemos fazer? Não ficar de braços cruzados, buscar a cada dia nossos direitos e a cada “NÃO”….responder com um “TALVEZ”, buscar uma possibilidade, não desistir nunca!Somos cidadãos e arcamos com nossos deveres, portanto, temos o Direito de exigir que se cumpra o que está em nossa Constituição. Acho sim que o governo tem que se responsabilizar por atendimentos dignos a sua população, visando primordialmente os mais carentes e necessitados, pois, não escolheram a doença….são apenas pessoas que precisam ser atendidas e não tem recursos para procurar outros lugares. Levantando a bandeira da solidariedade, dando as mãos, com passos firmes reinvidicando nossos direitos chegaremos a ser ouvidos. Na esperança de ter contribuido um pouco com nosso debate, volto amanhã. Uma Boa Noite a Todos!

    Responder
  19. Lu says:
    14/09/2010 às 4:44 pm

    Já temos os SUS. E somente fazer valer a maior politica de saúde. Chega de privatizar a saúde, não as OSS

    Responder
  20. JOSE DEUSDETH says:
    14/09/2010 às 11:30 am

    A saúde é um direito garantido na constituição mas, hoje virou moeda de barganha no meio político. Isto implica que nos cidadãos comuns é que pagamos a conta.Quem sai ganhando são os donos de clinicas e laboratorios que fraudam que corropem. O caso de Belém o Ministério Público denunciou a plolicia federal investigou e prendeu várias pessoas e no jornal de ontem o sec. de Saúde declarou em rede nacional que vai continuar como antes no quartel de abrantes! Fazer o que? Valha nos quem?

    Responder
  21. Keila says:
    14/09/2010 às 9:33 am

    SAÚDE A TODOS (esta é a minha saudação)

    QUERO TRAZER A ESSA DISCUSSÃO A AUTO-HEMOTERAPIA…

    Eu, meu pai e mais um monte de gente que eu conheço fazemos uso desta técnica, me desculpe o conselho de médicos do RJ, se tem fraude ou picaretagem nisso, É POR PARTE DOS SENHORES QUE QUEREM AUFERIR LUCRO COM O SOFRIMENTO DE UM POVO DOENTE E A MERCE DE TRATAMENTOS CAROS, DOLOROSOS E MUITAS VEZES INEFICAZES…

    VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA CURA CÂNCER COM AUTO-HEMOTERAPIA

    Menos de um ano depois de começar a se tratar com auto-hemoterapia, repetidas vezes José Alencar tem se referido à cura do câncer. ?… O vice-presidente da República afirma que está curado do câncer no abdômen e ironiza a doença. Ao receber uma homenagem no Senado, José Alencar, de 78 anos, disse em tom irônico que ?está espantando o tumor no tiro …?. http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/conteudo.asp?ID=309927

    ENTÃO AÍ ESTÁ A INFORMAÇÃO:

    O autor da noticia é Dr. Walter Medeiros(*) que a repassou por email e também a publicou em seu site:
    http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia-vice.htm

    * Walter Medeiros, jornalista, escritor e bacharel em Direito, trabalhou em diversos veículos de comunicação do país (entre eles, a Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo e publicou vários livros relacionados com temas de saúde. Mantém ainda o site http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia.htm.

    E informando também que Dr. Walter Medeiros tem artigo publicado no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF):

    PELO FIM DE UMA AGRESSÃO À ARTE DE CURAR:
    http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/processoAudienciaPublicaSaude/anexo/Pelo_Fim_de_uma_Agressao_a_Arte_de_curar.pdf

    Att. Eraldo
    http://www.autohemoterapia.blog.com

    Responder
  22. Keila says:
    14/09/2010 às 9:07 am

    SAÚDE A TODOS (esta é a minha saudação)

    QUERO TRAZER A ESSA DISCUSSÃO A AUTO-HEMOTERAPIA…

    Eu, meu pai e mais um monte de gente que eu conheço fazemos uso desta técnica, me desculpe o conselho de médicos do RJ, se tem fraude ou picaretagem nisso, É POR PARTE DOS SENHORES QUE QUEREM AUFERIR LUCRO COM O SOFRIMENTO DE UM POVO DOENTE E A MERCE DE TRATAMENTOS CAROS, DOLOROSOS E MUITAS VEZES INEFICAZES…

    VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA CURA CÂNCER COM AUTO-HEMOTERAPIA

    Menos de um ano depois de começar a se tratar com auto-hemoterapia, repetidas vezes José Alencar tem se referido à cura do câncer. ?… O vice-presidente da República afirma que está curado do câncer no abdômen e ironiza a doença. Ao receber uma homenagem no Senado, José Alencar, de 78 anos, disse em tom irônico que ?está espantando o tumor no tiro …?. http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/conteudo.asp?ID=309927

    ENTÃO AÍ ESTÁ A INFORMAÇÃO:

    O autor da noticia é Dr. Walter Medeiros(*) que a repassou por email e também a publicou em seu site:
    http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia-vice.htm

    * Walter Medeiros, jornalista, escritor e bacharel em Direito, trabalhou em diversos veículos de comunicação do país (entre eles, a Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo e publicou vários livros relacionados com temas de saúde. Mantém ainda o site http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia.htm.

    E informando também que Dr. Walter Medeiros tem artigo publicado no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF):

    PELO FIM DE UMA AGRESSÃO À ARTE DE CURAR:
    http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/processoAudienciaPublicaSaude/anexo/Pelo_Fim_de_uma_Agressao_a_Arte_de_curar.pdf

    Att. Eraldo
    http://www.autohemoterapia.blog.com

    Responder
  23. maria emilia says:
    14/09/2010 às 8:44 am

    A saúde é um direito de todos, no site do Ministério da Saúde,encontramos ferramentas que nos auxiliam a uma análise mais apurada no que tange nossa participação, exemplo:

    Orçamentos Públicos em Saúde

    O que é o SIOPS (Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde)

    O SIOPS tem como principal objetivo a coleta e a sistematização de informações sobre as receitas totais e despesas com ações e serviços públicos de saúde das três esferas de governo.

    A implantação do SIOPS teve origem no Conselho Nacional de Saúde em 1993, tendo sido considerado relevante pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão – PFDC – quando da instalação dos Inquéritos Civis Públicos nº 001/94 e 002/94 sobre o Funcionamento e Financiamento do SUS.

    Em 1998 a Procuradoria e o Ministério da Saúde viabilizaram a formalização do SIOPS, que passou a coletar dados através de planilhas eletrônicas, dadas as dificuldades das primeiras tentativas de coleta através de ofício e de formulários contidos em disquetes, principalmente devido à falta de padronização das respostas.

    Em 30 de abril de 1999, foi assinada a Portaria Interministerial nº 529 pelo Ministro da Saúde e pelo Procurador Geral da República, designando uma equipe para desenvolver o projeto de implantação do SIOPS, que passou a coletar dados através de um sistema informatizado desenvolvido pelo Departamento de Informática do SUS – DATASUS, possibilitando a transmissão dos dados pela Internet. A partir do ano-base 1998, os dados transmitidos estão disponibilizados na Internet, tanto no formato das planilhas informadas, quanto na forma de indicadores, permitindo comparações e agregações de dados das mais diversas formas, por municípios, por UF, por porte populacional ou qualquer outro a ser escolhido pelo usuário, de forma a fortalecer o controle social sobre o financiamento do SUS.

    Aos Conselhos de Saúde é facilitada a transparência sobre a aplicação dos recursos públicos do setor. A consolidação das informações sobre gastos em saúde no país é uma iniciativa que vem proporcionar a toda a população, em especial àquela parcela que de alguma forma têm vínculo com o SUS , o conhecimento sobre quanto cada unidade político-administrativa do país tem aplicado na área.

    Fonte: MS- (Acesse a página do SIOPS)

    Responder
  24. santa says:
    14/09/2010 às 2:01 am

    Outro aspecto muito importante para a melhoria da saúde pública, além dos dois q já afirmei em participação mais acima, é a REDUÇÃO da incidência de problemas que podem ser evitados.

    Nossas emergências, CTIs e UTIs tem um grande percentual de pessoas que estão lá porque beberam demais e sofreram acidente de carro; ou porque duas ou mais pessoas discutiram, brigaram e resultou agressão grave; ou porque o hábito de fumar resultou doença grave; ou porque o hábito de beber demais resultou doença grave; ou porque o sexo sem proteção resultou doença grave… enfim, temos uma infinidade de “razões evitáveis” que levam milhares de pessoas à necessitar de internação ou atendimento.

    Campanhas de prevenção, educação e mudança nos hábitos da população podem ser um aliado importante na melhoria da qualidade da saúde pública no Brasil, não apenas porque reduzem custos de atendimentos, mas principalmente, porque reduzem demanda por espaço nos hospitais, que tem na superlotação um dos seus principais problemas.

    Responder
  25. Vilma Ramos says:
    14/09/2010 às 12:27 am

    Eu fico pensando porque os nossos governantes nos seus planos de governo , não preparam planos que para implementação duranteo um espaço de tempo independente se o partido deles na próxima eleição está no poder ou não? Se o dinheiro utilizado é da população porque não utilizados em favor dessa população? Quantas vezes nos deparamos com noticias de pessoas que vieram a perder a vida em virtude de mal atendimento ou da falta dele em alguma unidade pública de saúde? Para onde foi direcionado o dinheiro recolhido com o imposto sobre cheque que pagamos durante tanto tempo? Porque os governantes não prestam conta do que é feito com o dinheiro da população? Porque esse dinheiro não é investido em infra-estrutura para a população ?

    Responder
  26. Tania says:
    13/09/2010 às 9:55 pm

    O trabalhador brasileiro passa toda uma vida contribuindo, obrigatoriamente, com a previdência social e quando chega à velhice ver que não tem direito à uma assistência médica de boa qualidade.Infelizmente esse indivíduo tem que pagar também um plano de saúde particular para ser atendido dignamente quando precisa de consultas médicas e/ou internamentos, ou seja, paga duas vezes por um serviço que não tem ou fica muito a desejar.Urge que as autoridades competentes acordem para solucionar esse problema que não é de hoje e proporcionar aos segurados aquilo que lhe é devido e assegurado pela Carta Magna e, no entanto, AINDA não funciona.Quem tem outras fontes de renda consegue driblar a situação, embora injusta.E aqueles mais humildes irão parar na fila da indigência do SUS, passando as madrugadas ao relento para conseguir uma ficha para um precário atendimento médico em Posto de Saúde sem estrutura nem boas condições gerais.Esse problema é gravíssimo e vem se arrastando sem solução.Entra governo e sai governo e a cantiga é uma só: a mesma de sempre.Queremos assistência médica decente para nós e nossa família, pois os impostos que pagamos no Brasil são os mais altos do mundo, e mesmo assim não somos bem servidos como merecemos.
    Malude Maciel – Caruaru – PE.

    Responder
  27. MARIA DAS says:
    13/09/2010 às 8:59 pm

    Não tenho conhecimento das leis que regem o atendimentoa saúde, há não ser a Constituição Federal; contudo, dentro da minha ignorância seria um bom começo realmente tornar o SUS, um sistema único de saúde e não de simples atendimentos isolados. Procurar através dos existentes recursos tecnológicos produzir um banco de dados do paciente (prontuário, mas que em qualquer lugar da federação ele pudesse ser assistido através do seu histórico.
    Valorizar e institunalizar o agente comunitário de saúde(ACS), já que a profissão,vista hoje como mera função, é um avanço na demogratização do atendimento a saude. Investir e incentivar na gestão da saúde, para que haja efetiva aplicação dos recursos e maior analise dos projetos.

    Responder
  28. joao says:
    13/09/2010 às 8:55 pm

    Nosso maior problema é o modelo de atenção atualmente vigente, fragmentado, centrado na doença e em procedimentos e consultas. Este modelo não trabalha a integralidade do ser, não considera a dimensão psicossocial.
    O Brasil a transição epidemiológica e demográfica de forma acelerada. Desta forma, convive com problemas relacionados às infecções e com problemas relacionados ás condições crônicas. Como o modelo está desenhado para as condições agudas, ele atende a população apenas nos episódios de agudização das doenças e não trabalha a prevenção. Sabe-se que se forem mantidos os níveis de glicemia normal em um diabético os sinais de retinopatia serão atrasados em cerca de 10 anos, será evitado também a amputação de membros, devido a lesões do pé diabético em situação de complicação. No entanto, o modelo avalia a produtividade em nº de amputações, nº de consultas (não importa sua resolutividade e qualidade), nº de internações, leitos de UTI (várias internações em UTI seriam evitadas se houvesse uma co-responzabilização entre equipes e usuários).
    A cobertura em Atenção Primária é muito baixa na maioria das cidades. No Distrito Federal a Cobertura da Estratégia Saúde da Família é menor que 13%. Desta forma os hospitais ficam cheios de usuários com problemas passíveis de serem resolvidos na Atenção Primária, os profissionais utilizam de exames laboratoriais e de imagem sem indicação, como forma de dar uma resposta ao usuário, e com freqüência falta exames para os que realmente têm uma indicação. Assim, deixa de atender adequadamente os usuários que realmente precisam, que em função da demora no atendimento podem sofrer piora e comprometer seu restabelecimento.
    Temos de pensar em um modelo que privilegie a saúde e não a doença. Que os usuários tenham serviço de qualidade próximo de sua residência, com a qual tenha vinculo e possam ter uma atenção de forma integral e que respeite sua cultura, seus valores, que trabalhe sua autonomia. Isto nunca será alcançado em um modelo de doenças agudas, que gera atendimentos quando a pessoa adoece e não ações para que ele não adoeça.
    É óbvio que este modelo não interessa para a indústria farmacêutica, para a indústria de equipamentos tecnológicos, de laboratório, medicina de grupo entre outros interesses econômicos.

    Responder
  29. Kary says:
    13/09/2010 às 8:30 pm

    De todos os problemas apresentados, os que mais afligem a população são: >Demora no atendimento e longas filas de espera; >Modelo de atenção centrado na relação queixa-conduta o que significa: falta de respeito e não acesso ao princípio da integralidade

    Concordo com o que alguns colegas já disseram anteriormente; Leis já existe a partir da Constituição de 1988 (tida como Constituição Cidadã) que garantem o direito a Saúde, o que falta é conscientização dos cidadãos em exigir o cumprimento das Leis. Para isso entendo que se faz necessário a qualificação dos Conselheiros Municipais de Saúde, para fazer com que os gestores cumpram as determinações legais. Assim os recursos destinados ao setor (que podem ser melhorados) apareceram e as políticas públicas serão implementadas.

    Responder
  30. Robinson says:
    13/09/2010 às 7:02 pm

    A falta de fiscalizacao, descaso do governo e o os planos de saude sao na minha opiniao uma das causas desta situacao.

    Responder
  31. ro says:
    13/09/2010 às 6:37 pm

    Olá a todos! Lendo os comentários acima e vendo o que ocorre diáriamente em clínicas e hospitais, concordo que existe um descaso com os cidadãos desde o atendimento nas emergências como a espera para a realização de consultas e exames. Creio que estamos longe de um modelo que atenda as necessidades básicas de quem precisa de nosso sistema de saúde. Gostaria que surgissem idéias agora, mas no momento nada me vem de imediato. A decepção é grande, dependo muito dessa estrutura e tenho sofrido muito ao procurar um atendimento digno, tando para mim como para meu filho. Havia uma porta aberta, precária mas existia o IASERJ da Gávea/RJ onde era atendida, assim como meu filho desde os primeiros anos de vida. Hoje ele com 14 anos. O IASERJ foi fechado sem aviso prévio, nossos prontuários não sei onde procurar e mais….nem se quer deixaram um aviso, para que pudessemos nos dirigir para recuperar em outro lugar todo esse histórico tão importante. Desculpem amigos…mas tenho que repetir as palavras da Gilzaneide Casatti “É falta de respeito” não existe outra forma de expressão!!!Volto amanhã, espero, com alguma contribuição do tipo: Prevenção, planejamento e capacitação para os profissionais de Saúde. Tudo pode mudar para melhor, temos que acreditar, mas primeiro tenho que me convencer disso. Boa Noite para todos e até amanhã! Grande abraço!

    Responder
  32. FORMIGA says:
    13/09/2010 às 6:27 pm

    Eu concordo com o Paulo ramos quando ele diz:” As políticas públicas tem que ter a participação social em sua elaboração, monitoramento e vigilância na aplicação dos recursos.” ” participar mais efetivamente dos rumos das políticas públicas”.
    acredito que falta fiscalização e cobrança de políticas públicas. Nós devemos cobrar, a saúde é um direito nosso.
    Mas também não podemos deixar de lado as boas maneiras, higiene… nós temos direito a saúde, mas devemos cuidar do nosso corpo.

    Responder
  33. Sidney says:
    13/09/2010 às 6:26 pm

    Robenita T de Sá

    Não é de hoje que a saúde pública anda mal.

    É preciso mudar radicalmente a situação da saúde pública, o objetivo deve ser uma saúde pública e gratuita em todos os níveis, e de qualidade.

    Responder
  34. Gisa says:
    13/09/2010 às 5:58 pm

    A saúde é um direito de todos e dever do Estado. Entretanto, vários entraves se verificam para a aplicação desta determinação da Constituição de 1988. Primeiramente, o atendimento a este direito depende diretamente de outros direitos sociais: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010).

    O atendimento a saúde somente será possível se todos os demais direitos sociais constitucionais listados acima estiverem necessáriamente atendidos.

    Todos os direitos sociais são interdependentes e se correlacionam em seus atendimentos. A desatenção do Estado para qualquer dos direitos sociais acarretará uma imediata desatenção aos demais direitos.

    É impossível garantir a saúde sem garantir o trabalho, o saneamento básico, a alimentação, a educação, o lazer e os demais direitos.

    O atendimento hospitalar, instrumento vital na atenção a saúde, é o último recurso, quando tudo falhou. Quando faltou o trabalho, quando faltou a alimentação, quando faltaram qualquer um destes elementos garantidos pela constituição, a busca pelo atendimento médico hospitalar fica sobrecarregada.

    O que assistimos ininterruptamente quando nos sintonizamos com os noticiários diários é a total falência das políticas públicas estabelecidas para garantir os direitos constitucionais.

    O Estado brasileiro descumpre a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

    Ademais, a corrupção e o roubo causa uma total falência dos orçamentos destinados a execução das políticas públicas sociais.

    A caristia da gestão política brasileira que sustenta uma grande quadrilha de políticos bandidos. Os preços aos cofres públicos das despesas anuais com a manutenção dos políticos brasileiros é criminosa e estabelecida pela legislação em causa própria, pelos cartéis dos partidos políticos sem excessão.

    Para o agravamento da situação da saúde, se coloca a mercantilização dos sistemas de saúde. Some-se a esta indústria hospitalar, o sistema de pantenteamento dos remédios pelas grandes indústrias químicas farmacêuticas e as indústrias de equipamentos e utencílios médico hospitalares. que monopólizam a produção, distribuição e comercialização dos remédios, vacinas, equipamentos, exames laboratoriais etc.

    Os recursos que deveriam ser aplicados para a saúde, vão parar nos cofres destes monopólios fármaco/médico/hospitalares – um grande conglomerado mafioso que impede que a saúde chege para a população pobre ou carente.

    Quem pode pagar tem assistência, quem não tem dinheiro que reze muito para ter saúde e não parar nos corredores das redes públicas de assistência médico hospitalar.

    O aprimoramento da saúde do brasileiro passa pela tomada de consciência da população que tem que eliminar os bandidos da política e dos serviços públicos.

    Precisamos eleger melhor nossos representantes e cobrar deles que sirvam aos interesses da nação e não aos de seus cartéis mafiosos político-empresariais.

    As políticas públicas tem que ter a participação social em sua elaboração, monitoramento e vigilância na aplicação dos recursos.

    Finalizando eu diria que a sociedade brasileira necessita emergir do sono da alienação e participar mais efetivamente dos rumos das políticas públicas.

    Haja saúde para estar atento e presente.

    Responder
  35. claudia carneiro says:
    13/09/2010 às 5:58 pm

    Concordo com o que alguns colegas já disseram anteriormente; Leis já existe a partir da Constituição de 1988 (tida como Constituição Cidadã) que garantem o direito a Saúde, o que falta é conscientização dos cidadãos em exigir o cumprimento das Leis. Para isso entendo que se faz necessário a qualificação dos Conselheiros Municipais de Saúde, para fazer com que os gestores cumpram as determinações legais. Assim os recursos destinados ao setor (que podem ser melhorados) apareceram e as políticas públicas serão implementadas.

    Responder
  36. Sarah says:
    13/09/2010 às 5:25 pm

    De todos os problemas apresentados, os que mais afligem a população são:
    >Demora no atendimento e longas filas de espera;
    >Modelo de atenção centrado na relação queixa-conduta

    o que significa: falta de respeito e não acesso ao princípio da integralidade

    Responder
  37. Sarah says:
    13/09/2010 às 5:19 pm

    A Política Nacional de Humanização – PNH surgiu em 2004 a partir da necessidade de reafirmar os princípios do SUS (universalidade, equidade, integralidade, descentralização, regionalização, participação popular, …), diante de um cenário de insatisfação tanto por parte dos profissionais de saúde, como por parte dos usuários, com um sistema de saúde escasso de recursos financeiros, humanos, materiais. Dentre os problemas, destacam-se:
    >Fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes profissionais;
    >Fragmentação da rede assistencial dificultando a complementaridade entre a rede básica e o sistema de referência;
    >Precária interação nas equipes e despreparo para lidar com a dimensão subjetiva nas práticas de atenção;
    >Sistema público de saúde burocratizado e verticalizado;
    >Baixo investimento na qualificação dos trabalhadores, especialmente no que se refere à gestão participativa e ao trabalho em equipe;
    >Poucos dispositivos de fomento à co-gestão e à valorização e inclusão dos trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde;
    >Desrespeito aos direitos dos usuários;
    >Demora no atendimento e longas filas de espera;
    >Modelo de atenção centrado na relação queixa-conduta.
    São problemas que persistem sem solução, impondo urgência. Daí a necessidade de tematizar a humanização da assistência na saúde, trazendo à tona questões que precisam ser debatidas e resolvidas para que possamos avançar, ou seja, ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecno¬lógicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais; supondo-se troca de saberes, diálogos entre profissionais e modos de trabalhar em equipe; levando em conta as necessidades sociais, os desejos e os interesses dos diferentes atores envolvidos no campo da saúde.
    Segundo Leonardo Boff, o grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuidado:
    ?Há dez mil anos, lentamente começou a predominar o trabalho como busca frenética de eficácia. As pessoas vivem escravizadas pelas estruturas do trabalho produtivo, racionalizado, objetivado e despersonalizado, submetidas à lógica da máquina. A ideologia latente no modo-de-ser-trabalho-dominação é a conquista do outro, do mundo, da natureza, na forma do submetimento puro e simples. Esse modo de ser mata a ternura, liquida o cuidado e fere a essência humana. Não se vê outra coisa no ser humano senão a sua força de trabalho a ser vendida e explorada ou a sua capacidade de produção e consumo. O resgate do cuidado acontecerá mediante uma forma diferente de entender e de realizar o trabalho, voltando-se sobre si mesmo e para o outro. Importa colocar cuidado em tudo e ser cuidadoso com todos. ?

    Compartilhando dessa visão de trabalho e de cuidado é possível escutar, atender em tempo hábil, ser resolutivo e responsável, compreendendo também que o acolhimento nem sempre significa a resolução completa dos problemas, mas a atenção indispensável na relação. O mesmo não tem hora, local ou profissional específico para fazê-lo. A postura acolhedora faz parte das habilidades dos membros das equipes de saúde. Dessa forma, os direitos de todos os usuários (cidadãos, profissionais de saúde, gestores) serão respeitados, garantidos.

    Responder
  38. JOSE DONIZZETTI says:
    13/09/2010 às 3:47 pm

    AS LEIS JÁ EXISTEM,A FISCALIZAÇÃO DA SOCIEDADE É FUNDAMENTAL PARA A SUA EFETIVAÇÃO.HOJE A ATUAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DEMORADORES E ONGs TEM AJUDADO MUITO NA GARANTIA DE DIREITOS À SAÚDE ÀS POPULAÇÕES MENOS FAVORECIDAS,O QUE NÃO É O IDEAL,O IDEAL É QUE O ACESSO À SAÚDE ACONTECESSE DE FORMA NATURAL,COMO GARANTIA BÁSICA DE CIDADANIA.MAS ENQUANTO NÃO ATINGIMOS ESSE GRAU DE CIDADANIA,TRABALHEMOS PARA QUE TODOS E TODAS POSSAM TER ESSE ATENDIMENTO GARANTIDO.

    Responder
  39. santa says:
    13/09/2010 às 3:41 pm

    Existem, na minha opinião, dois gargalos importantes que podem causar um impacto positivo enorme na saúde pública brasileira:

    1) O investimento pesado em tecnologia médica nacional, tanto no que diz respeito à aparelhagem para exames, como no que diz respeito às pesquisas por novos tratamentos e novos medicamentos.

    2) O investimento pesado em saúde preventiva, ou seja, incrementar a infraestrutura de saneamento básico nacional; a instituição da geladeira como um bem básico da população (condicionamento adequado de alimentos = mais saude; a ampliação das equipes do PSF em todo território nacional; entre outros.

    Esses investimentos devem desafogar a saúde pública. O primeiro item reduzindo os custos e ampliando nossa capacidade de atender com qualidade a população. O segundo item reduzindo o número de pessoas com necessidade de tratar problemas relacionados à saúde, ou seja, permitindo que a saúde seja tratada antes mesmo de haver doença.

    Mirgon Kayser Junior
    Blogueiro – http://www.blogdomirgon.blogspot.com

    Responder
  40. Manoel says:
    13/09/2010 às 1:56 pm

    Este resumo foi extraído do google, apenas para início de debate e nivelamento sobre o assunto. Que por sinal é muito instigante.
    “História
    Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo, vacinação), realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento.

    O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no início da década de 70 como forma de oposição técnica e política ao regime militar, sendo abraçado por outros setores da sociedade e pelo partido de oposição da época ? o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em meados da década de 70 ocorreu uma crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS. Em 1979 o general João Baptista Figueiredo assumiu a presidência com a promessa de abertura política, e de fato a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de 1979, o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou a conclusões altamente favoráveis ao mesmo; ao longo da década de 80 o INAMPS passaria por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já numa transição com o SUS.

    A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários motivos. Foi aberta em 17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira CNS a ser aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária. A 8ª CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção “Da Saúde” da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como “direito de todos e dever do Estado”. A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689.”

    Responder
  41. Manoel says:
    13/09/2010 às 1:49 pm

    Creio que a partir da Constituição Federal de 1988 na qual insere a criação do SUS em l990, as possibilidades e alternativas de acesso à saúde pela população de classe econômica mais baixa, tornam se mais efetivas.
    Atualmente ainda existem muitos entraves no acesso a este direito, porém, é um caminho e um processo a ser buscado e implementado com a participação ativa da comunidade, considerando que as normas e leis já existem, faltando apenas a efetivação.

    Responder
  42. MARILENE says:
    12/09/2010 às 5:17 pm

    Sejam bem-vind@s!! Como mencionado, este fórum tem como objetivo discutir formas de garantia dos serviços básicos de saúde a comunidades de baixa renda. O que já está sendo feito? Que serviços básicos já vêm sendo prestados? São serviços de qualidade? O que é preciso mudar para melhorar? Este espaço é todo seu. Um ótimo debate!

    Responder
  43. MARILENE says:
    08/09/2010 às 1:15 pm

    Oi, pessoal! A Rede Mobilizadores agradece a todos os participantes e, em especial, aos nossos convidados. Como a Flávia Londres mesmo disse, é sempre importante discutir questões relativas à agricultura e ao desenvolvimento rural. Obrigada e até o próximo fórum!

    Responder
  44. Ismael says:
    03/09/2010 às 11:14 pm

    Oi Pessoal, parece que o Fórum chegou ao fim. Mas gostaria ainda, aos 45 do segundo tempo, de agradecer à equipe dos Mobilizadores pela oportunidade de trazermos para este público nossas visões e experiências sobre todos estes assuntos relativos à agricultura e ao desenvolvimento rural discutidos ao longo da semana, e de agradecer a todos os que participaram pelo interesse e pelo rico diálogo. Um grande abraço a todos, Flavia Londres.

    Responder
  45. ARILSON says:
    03/09/2010 às 6:03 pm

    oi Itamar. Vi que vc é do Pará. Veja um blog interessante de um projeto com mulheres na Amazônia: http://www.mulheresdocampo.blogspot.com/

    Responder
  46. ARILSON says:
    03/09/2010 às 5:54 pm

    oi Itamar. Vi que vc é do Pará. Veja um blog interessante de um projeto com mulheres na Amazônia: http://www.mulheresdocampo.blogspot.com/

    Responder
  47. ARILSON says:
    03/09/2010 às 5:22 pm

    oi Itamar. Vi que vc é do Pará. Veja um blog interessante de um projeto com mulheres na Amazônia: http://www.mulheresdocampo.blogspot.com/

    Responder
  48. ARILSON says:
    03/09/2010 às 4:54 pm

    oi Itamar. Vi que vc é do Pará. Veja um blog interessante de um projeto com mulheres na Amazônia: http://www.mulheresdocampo.blogspot.com/

    Responder
  49. ARILSON says:
    03/09/2010 às 4:50 pm

    As questões anteriores foram mais de natureza política, né, Flávia? Mas queria colocar pra você algumas dicas ?agronômicas?. São princípios fundamentais para vc levar em conta na hora de pensar a tua propriedade: valorizar a biodiversidade (muitas plantas e animais nas propriedades, usar árvores na propriedade); não usar sementes híbridas nem transgênicas, mas sim sementes adaptadas à região (de preferência sementes crioulas produzidas por vc mesmo e pelos próprios agricultores); promover a ciclagem de matéria orgânica dentro do sistema (não queimar, deixar a terra coberta com palhada, restos de podas etc; usar os estercos dos animais nas roças e hortas, usar plantas adubadeiras, os adubos verdes); não usar adubos químicos e venenos (não sei qual o seu caso, mas se vc usa isso, e o seu sistema tá muito desiquilibrado, talvez o melhor seja diminuir aos poucos, até eliminar. Vc pode tb tentar substituir o veneno por caldas naturais); usar as plantas medicinais para o tratamento de problemas de saúde dos animais e também das pessoas; buscar a maior diversidade possível para melhorar a alimentação da sua famílias; e buscar vender a produção diretamente aos consumidores.

    Responder
  50. ARILSON says:
    03/09/2010 às 4:45 pm

    As questões anteriores foram mais de natureza política, né, Flávia? Mas queria colocar pra você algumas dicas ?agronômicas?. São princípios fundamentais para vc levar em conta na hora de pensar a tua propriedade: valorizar a biodiversidade (muitas plantas e animais nas propriedades, usar árvores na propriedade); não usar sementes híbridas nem transgênicas, mas sim sementes adaptadas à região (de preferência sementes crioulas produzidas por vc mesmo e pelos próprios agricultores); promover a ciclagem de matéria orgânica dentro do sistema (não queimar, deixar a terra coberta com palhada, restos de podas etc; usar os estercos dos animais nas roças e hortas, usar plantas adubadeiras, os adubos verdes); não usar adubos químicos e venenos (não sei qual o seu caso, mas se vc usa isso, e o seu sistema tá muito desiquilibrado, talvez o melhor seja diminuir aos poucos, até eliminar. Vc pode tb tentar substituir o veneno por caldas naturais); usar as plantas medicinais para o tratamento de problemas de saúde dos animais e também das pessoas; buscar a maior diversidade possível para melhorar a alimentação da sua famílias; e buscar vender a produção diretamente aos consumidores.

    Responder
  51. ARILSON says:
    03/09/2010 às 4:35 pm

    Oi Flávia. Interessante a tua pergunta. Aqui temos que tocar num ponto-chave. Agroecologia é uma forma de entender e praticar agricultura. Vc pode, para pensar como melhorar o teu trabalho, se orientar pelos princípios dessa ciência, que chamamos de Agroecologia, e se engajar em movimentos, redes, em prol da Agroecologia. Aí em MG, temos a Articulação Mineira de Agroecologia (AMA, http://www.agroecologiamg.org.br), que reúne vários movimentos sociais, associações e cooperativas de agricultores, organizações de assessoria. Em contato com a AMA, vc vai conhecer experiências riquíssimas, que vão te inspirar a qualificar o trabalho que vc faz na tua propriedade. Vc vai ver sistemas agroflorestais, café ecológico (sombreado, em agrofloresta), roçados diversificados, criação animal sem uso de produtos químicos, trabalhos fantásticos de resgate de remédios caseiros, agroindústrias cooperativas, experiências de comercialização da produção. Enfim, uma infinidade de coisas legais, que pra você serão fonte de inspiração.
    Mas tem uma questão que tá aparecendo agora que é a entrada em vigor da lei da agricultura orgânica. Ou seja, para que o agricultor possa dizer que seu produto é orgânico, o Estado brasileiro, através do Ministério da Agricultura, tem que reconhecer. Tem gente que acha que isso é bom, até porque tem mecanismos da chamada certificação participativa, onde os grupos organizados de agricultores podem ser reconhecidos pelo governo. Em não acho que vai ser ruim, não, mas minha opinião é que vamos ter ainda muita confusão nessa história. Eu prefiro dedicar energia ao trabalho de promoção da Agroecologia junto aos agricultores e suas organizações, aos trabalhos das feiras da roça, ou feiras agroecológicas, aos mercados institucionais, e outras formas de aproximar agricultores de consumidores.

    Responder
  52. ARILSON says:
    03/09/2010 às 4:21 pm

    Oi Juliana. Penso que tem um caminho fundamental para que fique mais barato para o consumidor e para que o agricultor receba um valor justo pelo seu trabalho: a aproximação entre o agricultor e o consumidor, evitando as grandes redes de supermercados, pois estas querem ter lucro, e pra isso exploram o agricultor, que recebe um preço muito baixo. Para os supermercados, que tratam o produto orgânico como um nicho de mercado, e sabem que a classe média alta tem condições de pagar mais caro, faz parte da sua estratégia de ter lucro vender o orgânico mais caro. Mas se queremos popularizar o consumo de produtos saudáveis, temos que investir nessa aproximação. Produzir de forma agroecológica é mais barato para o agricultor, pois ele não tem que comprar adubo químico, nem veneno, nem sementes transgênicas. Mas, se alguém o explora na hora dele vender o produto, aí não compensa.
    Uma outra forma é ter políticas públicas que vão colocar esse alimento saudável nos programas públicos de segurança alimentar, a exemplo da alimentação escolar, pagando um preço justo ao agricultor.

    Responder
  53. ARILSON says:
    03/09/2010 às 4:14 pm

    Itamar, sobre a Amazônia. Acho que nesse bioma, tão rico e tão imenso, tem um enorme potencial para se avançar em experiências em Agroecologia. Se formos olhar para as práticas dos povos tradiconais que vivem nessa região, ali vamos encontrar Agroecologia. Vejamos os povos indígenas e suas práticas milenares de convivência com a floresta, seus rios e peixes, as caças, as plantas medicinais. Vejamos os povos ribeirinhos e os seringueiros, que cultivam suas roças e frutas junto com a floresta. Fazem um extrativismo sustentável, respeitando os ciclos da natureza, mas extraindo também renda para suas famílias.
    Conheci Rondônia, e vi que, na década de 70, durante a ditadura civil-militar que assolava o país, vários projetos de colonização foram criados: jogavam o povo no meio do mato, e orientavam para desmatar e fazer pasto. A riqueza da floresta amazônica, que está na sua biodiversidade, era destruída para dar lugar ao pasto. Depois veio a soja em monocultura. Essa destruição da floresta continua.
    Mas foram também criados assentamentos com outro pensamento, fruto da luta e da consciência ecológica de gente como Chico Mendes e Irmã Dorothy, que deram a vida por isso. As reservas extrativistas, onde o pessoal extrai seringa e castanha, são assentamentos. Assentamentos na Amazônia tem que pensar em fazer agroflorestas, ou seja, o cultivo de plantas anuais junto com árvores. Já tem muitas experiências, com cupuaçu, graviola, guaraná, cacau, banana, café, pupunha, e tudo quanto é tipo de fruteira. Outra ideia interessante é produção de mel de abelhas e fabricação das biojóias com material da floresta. Ou produção de óleos medicinais, como copaíba e outros.
    O problema é que as políticas públicas, em geral, não incentivam um modelo agroecológico, mas sim a monocultura, a criação de bois em pastos abertos. Na Amazônia, como chove muito, faz muito calor, e o equilíbrio ecológico depende muito de sempre ter muita biodiversidade, esse modelo de monocultura e destruição da biodiversidade degrada o ambiente de forma muito rápida.

    Responder
  54. ARILSON says:
    03/09/2010 às 3:58 pm

    Sobre a questão da mecanização, levantada pelo Itamar, penso que ela precisa ser vista com alguns cuidados quando estamos defendendo e construindo um outro modelo de agricultura, que chamamos de Agroecologia. Isso não significa que propomos dispensar as máquinas e não usar tecnologias. As máquinas podem sim ser usadas. Uma questão importante de pensarmos é: máquinas pesadas, que movimentam muito a terra (como os arados) e geram compactação, não são apropriadas para o ambiente tropical. Na Agroecologia, até podemos usar o trator, mas devemos evitar ao máximo. Devemos manter a terra sempre coberta, seja com plantas vivas (árvores, culturas anuais ? como milho, feijão, abóboras etc, de preferências cultivadas juntas, em policultivos, pastos diversificados para os animais), seja com matéria orgânica em decomposição (restos de cultura, restos de poda, palhada). Podem ser usados implementos de tração animal (menos agressivos ao solo), manuais (enxadas e facões), os micro-tratores, as picadeiras de forragem. Também pode se investir em equipamentos para o beneficiamento e transporte dos produtos. A Agroecologia necessita de biodiversidade e de trabalho cuidadoso dos agricultores no dia-a-dia. Por isso, precisa de uma agricultura familiar forte. Em muitos casos, nas pequenas propriedades da agricultura familiar, não são necessários tratores pesados, e se produz bastante coisa e muito bem. Eu conheço várias dessas propriedades. O movimento em prol da Agroecologia se opõe aos latifúndios e a monocultura, por razões sociais e políticas, e também por razões ecológicas.

    Responder
  55. ARILSON says:
    03/09/2010 às 3:57 pm

    Oi pessoal. Fico muito feliz de poder participar deste espaço de troca de ideias, assim vamos construindo juntos novos conhecimentos e tendo ideias. Seguem algumas considerações sobre as questões levantadas.

    Responder
  56. Magno Santos says:
    03/09/2010 às 3:16 pm

    Oi, Denis. Tenho uma pequena propriedade rural no interior de Minas e planto milho, cana, feijão, um pouco de café. Como faço para tornar minha produção orgânica? Por onde posso começar? Você pode me orientar a este respeito? Obrigada!

    Responder
  57. nilda maior says:
    03/09/2010 às 2:50 pm

    Olá Denis, olá pessoal! Gostaria de saber como fazer para tornar a agricultura orgânica mais barata para o produtor e para o consumidor. Obrigada! Abraços.

    Responder
  58. claudia carneiro says:
    03/09/2010 às 9:37 am

    Bom dia Denis, o que é necessário para implantação (mesmo que seja tímida) uma agricultura orgânica num projeto de assentamento na Amazônia?

    Responder
  59. claudia carneiro says:
    03/09/2010 às 9:33 am

    Entendo ser um fator preponderante de desenvolvimento na agricultura familiar o uso da mecanização agrícola, não dá mais para se fazer agricultura empiricamente ou seja manual. As área mecanizáveis, tem que ser trabalhada com toda a tecnologia disponível no mercado. Infelizmente o poder público municipal não tem feito chegar ao campo essas tecnologias, salvo raras exceções. Precisamos os atentarmos para a implantação de políticas públicas de qualidade para os homens e mulheres do campo.

    Responder
  60. MARILENE says:
    03/09/2010 às 8:59 am

    Bom dia a todos! Sexta-feira é o último dia para participar do Fórum e enviar suas dúvidas. Hoje aqui conosco, estará DENIS MONTEIRO, engenheiro agrônomo, agroecólogo, e também secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Portanto, quem quiser esclarecer dúvidas e questões a respeito de agricultura orgânica, pode enviar perguntas para o Denis. Participem!

    Responder
  61. Ismael says:
    02/09/2010 às 10:32 pm

    Paulo Henrique, só complementando: no site do Centro Ecológico, uma organização não governamental com atuação no Rio Grande do Sul e que desenvolve um trabalho sério e já de muitos anos em agricultura ecológica, vais encontrar uma cartilha chamada Agricultura Ecológica: princípios básicos. É uma excelente “porta de entrada” para quem quer se aprofundar nas práticas de agricultura ecológica.

    Responder
  62. Ismael says:
    02/09/2010 às 8:52 pm

    Olá Paulo Henrique. Um primeiro elemento a ser destacado é que não podemos confundir o problema da contaminação do solo e da água por resíduos de agrotóxicos com o empobrecimento dos solos pela retirada de nutrientes. Ambos os problemas estão interligados, mas são um pouco distintos. A contaminação química não apenas do solo, mas, também, da água, é um problema complexo e que pode se tornar ainda mais grave na medida em que essas diferentes substâncias podem se combinar formando compostos ainda mais perigosos. Em relação à reposição de nutrientes no solo, a adubação verde, a utilização de minerais (de lenta solubilidade), o pousio, são algumas das muitas práticas utilizadas por uma agricultura de base ecológica. A validade, de uma ou de outra prática, depende, em muito, das características de cada agroecossistema/bioma.

    Responder
  63. Ismael says:
    02/09/2010 às 8:34 pm

    Olá, Mônica! Grata pela pergunta e comentários. Um primeiro elemento a ser destacado em relação ao chamado ?modelo convencional? de agricultura é que ele não é um imperativo econômico, mas um modo de organização da agricultura que é socialmente construído e que se reproduz, no dia a dia, não apenas através de mecanismos de mercado, mas, também, por meio de arranjos políticos e institucionais e de todo um conjunto de relações sociais que perpassam a produção, o processamento e o consumo de alimentos. A transição para um novo modelo não é um movimento individual desse ou daquele agricultor isolado (ainda que o pioneirismo exista, em muitos casos), mas um movimento coletivo (e contra-hegemônico) de transformação das formas de manejo dos agroecossistemas e dos modos de ordenamento do atual sistema agroalimentar. No Brasil, as redes de agricultores engajados na construção e fortalecimento de estilos sustentáveis de agricultura vêm, pouco a pouco, ampliando sua capilaridade e abrangência, apesar das inúmeras dificuldades. Essas redes não se materializam, necessariamente, em uma organização formal, podendo envolver a participação tanto de agricultores individuais como de organizações coletivas, formais ou informais, interagindo, de diferentes formas, com as políticas públicas e com os movimentos sociais. Elas têm um papel fundamental na promoção de novas formas de fazer agricultura, possibilitando o intercâmbio de conhecimentos, fortalecendo o tecido social das comunidades, promovendo a estruturação de novas formas de acesso aos mercados e configurando-se como um ambiente, político, cultural e institucional diferenciado, onde essas novas formas de agricultura podem florescer. Algumas dessas redes atuam em âmbito local ou regional. Outras, estruturam-se em nível de bioma ou no plano regional. A título de exemplo, vale a pena mencionar a Rede Ecovida de Agroecologia (na Região Sul), a Rede Cerrado (que congrega diferentes iniciativas desenvolvidas neste bioma), a Articulação no Semi-Árido Brasileiro ? ASA (importante espaço de articulação e intervenção da sociedade civil voltado à convivência com o semi-árido), a Articulação Mineira de Agroecologia, a Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), a Articulação Paulista de Agroecologia, entre tantas outras. Não podemos pensar as redes, no entanto, como se fossem um ?mundo isolado?. Elas vivenciam, internamente e na sua relação com diferentes agentes sociais, as contradições que perpassam o atual modelo de agricultura. Mas são, com certeza, uma ferramenta extremamente importante nesse processo de transformação que vem sendo debatido no Fórum.

    Responder
  64. Ismael says:
    02/09/2010 às 7:55 pm

    Olá! Estou hoje com vocês, no Fórum, interagindo nesse rico debate. Aproveito para parabenizar o COEP e a equipe mobilizadores pela iniciativa.

    Responder
  65. Paulo Cesar says:
    02/09/2010 às 3:42 pm

    Olá, Boa tarde a Todos. CLAUDIA SCHMITT, muito se tem debatido nesse Fórum sobre o uso de transgênicos, agrotóxicos e alternativas para esse fim. O prática dessas substâncias afeta não só o meio ambiente, como também a qualidade dos alimentos e a infertilidade do solo. O que pode ser feito, em pequeno prazo, para recuperar os nutrientes desse terreno afetado, além da suspensão desse produtos químicos??

    Responder
  66. Helena says:
    02/09/2010 às 1:51 pm

    Olá Claudia,

    parabéns pelo fórum e presença de vocês nesta rede de esclarecimentos junto a mídia convencional que tem desinformado mto,

    o que você pode ressaltar da tua experiencia nacional, em diferentes estados, quanto ao papel e importância das Redes no sentido de fortalecimento dos agricultores que resistem ao modelo agroquímico e trazem a agricultura familiar como potencialidade para o desenvolvimento em outras dimensoes, tais como a segurança alimentar, etc.

    Monica – Profa de Ecologia/Agroecologia da UFF.

    Responder
  67. MARILENE says:
    02/09/2010 às 9:05 am

    Olá! Hoje estamos no quinto dia de debates e quem vai responder às dúvidas e questões dos participantes é a CLAUDIA SCHMITT, professora adjunta do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – CPDA/UFRRJ. Vamos lá! Participem e enviem suas perguntas!

    Responder
  68. Ismael says:
    01/09/2010 às 6:21 pm

    Olá Pedro,

    Muitas experiências com defensivos naturais têm demonstrado eficácia no controle de pragas e doenças de lavouras. A manipueira tem sim mostrado bons resultados, inclusive no combate à mosca negra dos citros, que tem causado muitos problemas na Paraíba (ver http://www.aspta.org.br/programa-paraiba/cultivos-ecologicos/agricultores-rejeitam-uso-de-agrotoxicos-contra-mosca-negra). No banco de dados Agroecologia em Rede (www.agroecologiaemrede.org.br) você pode encontrar relatos de outras experiências com defensivos alternativos (tanto manipueira como outros).

    Sobre o resgate, a multiplicação e a conservação de sementes crioulas, insumo fundamental para a agricultura familiar de base agroecológica, eu recomendo que você consulte a cartilha ?Semente Crioula: cuidar, multiplicar e partilhar?, produzida pela AS-PTA e disponível em http://www.aspta.org.br/programa-contestado/recursos-geneticos/Cartilha_Semente_Crioula_web.pdf/view

    Responder
  69. Ismael says:
    01/09/2010 às 6:19 pm

    Olá Osmar,

    De fato, a principal arma usada pelos defensores do uso de transgênicos (e dos agrotóxicos) na agricultura e na alimentação é a desinformação. Algumas pesquisas conduzidas na Europa já demonstraram que a rejeição a estes produtos é diretamente proporcional ao nível de conhecimento e informação que as pessoas têm sobre eles.

    Aqui no Brasil os cientistas que atuam na promoção da chamada ?moderna biotecnologia? (nome bonito para impressionar leigos) e participam da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia responsável por avaliar e autorizar transgênicos) insistem em afirmar, nos mais diferentes contextos e espaços, que este é um assunto para ?especialistas? e que a população não teria condições de opinar sobre a questão.

    O presidente da CTNBio, o pesquisador da Embrapa Edilson Paiva, chegou a declarar na televisão em rede nacional que é contra a rotulagem dos alimentos transgênicos, alegando que a população não tem conhecimento suficiente sobre a matéria que a possibilite discernir sobre riscos ou vantagens destes produtos (veja em http://pratoslimpos.org.br/?p=1166). Para ele, a população deve confiar na CTNBio e pronto.

    As organizações que participam da Campanha Por um Brasil Ecológico, Livre de Transgênicos e Agrotóxicos militam no entendimento oposto, buscando oferecer o máximo possível de informações sobre o tema a todas as pessoas, sejam consumidores, agricultores, políticos, médicos, nutricionistas etc.

    O Gabriel já mencionou na segunda-feira que a AS-PTA produz uma publicação eletrônica semanal sobre estes temas, que é enviada gratuitamente para o email das pessoas que se cadastram através do endereço boletim@aspta.org.br.
    Também no site http://www.aspta.org.br e no blog http://www.pratoslimpos.org.br há muitas informações que merecem ser consultadas e difundidas.

    Responder
  70. Ismael says:
    01/09/2010 às 6:17 pm

    Oi de novo, Flavia Trigo,
    Existem várias correntes de agricultura ecológica, que variam um pouco quanto aos métodos utilizados na produção e aos insumos permitidos.

    A ?agricultura orgânica? foi recentemente regulamentada pela Lei 10.831/2003 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.831.htm), seu Decreto Regulamentador 6.323/2007 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6323.htm) e por uma série de normas complementares do Ministério da Agricultura (como por exemplo a Instrução Normativa 64/08, citada anteriormente, que determina os insumos de uso permitido na produção orgânica).

    A agricultura biodinâmica é aquela desenvolvida por Rudof Steiner, nos preceitos da Antroposofia. Ela é mais restritiva que a agricultura ?orgânica?, usa compostos homeopáticos para o tratamento das plantas e animais e segue o calendário lunar para as semeaduras, transplantes etc.

    Simplificando, todas as correntes de agricultura ecológica precisam estar de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação da Agricultura Orgânica para poderem ser comercializadas com o selo orgânico. Complementarmente, os produtos certificados como orgânicos podem ter sido produzidos através de sistemas ainda mais ?naturais? do que os estabelecidos pela legislação dos orgânicos.

    Responder
  71. Ismael says:
    01/09/2010 às 6:16 pm

    Olá Jamir,
    Com relação à sua pergunta de ontem, infelizmente, até onde eu sei, não existem produtos capazes de neutralizar os efeitos dos venenos utilizados em grande quantidades em fazendas. Como já exposto nas respostas anteriores, estes venenos usados em grandes quantidades têm sido responsáveis pela contaminação de solos, alimentos, águas de abastecimento humano e até mesmo água da chuva. Como se não bastasse, muitos deles são persistentes no ambiente, podendo levar muitos anos para desaparecer. Alguns têm a capacidade de se bioacumular nos organismos vivos — às vezes o veneno não pode mais ser detectado na água de uma região, por exemplo, mas está presente nos peixes, anfíbios e outros animais.

    Responder
  72. Ismael says:
    01/09/2010 às 6:16 pm

    Olá Flavia Trigo,

    No Brasil está em vigor o Decreto 4.680 (disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4680.htm), publicado em 2003, que determina que ?Na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, com presença acima do limite de um por cento do produto, o consumidor deverá ser informado da natureza transgênica desse produto.? (Art. 2o.)

    O Ministério da Justiça definiu ainda um símbolo para identificar os produtos que contêm ingredientes transgênicos: um T, em negrito, dentro de um triângulo amarelo.

    Infelizmente esta regra não vem sendo adequadamente cumprida pelas indústrias de alimentos. Somente a partir de 2007, após determinação da Justiça em face de ação movida pelo Ministério Público de SP em resposta a denúncia feita pelo Greenpeace, algumas empresas começaram a rotular alguns produtos (ver exemplo em: http://pratoslimpos.org.br/?p=1222). Entretanto, o minúsculo símbolo é apresentado nos rótulos sem qualquer legenda, de modo que apenas uma extrema minoria de consumidores bem informados é capaz de identificar, através da rotulagem, os produtos transgênicos à venda nos mercados.

    É importante destacar que muitas indústrias de alimentos processados têm evitado o uso de ingredientes transgênicos em seus produtos em função de questionamentos reiteradamente feitos por seus clientes nos sistemas de atendimento ao consumidor (SAC). Desse modo, é extremamente importante que você entre em contato com o SAC dos fabricantes dos alimentos que gosta ou costuma consumir solicitando informações (sempre por escrito, ainda que por email) sobre o uso ou não de ingredientes transgênicos nos produtos de suas marcas, bem como solicitando que os mesmos sejam evitados.

    Sobre o que se passa com a nossa saúde em relação ao que comemos, há uma série de evidências científicas mostrando que alimentos contaminados com resíduos de agrotóxicos são capazes de provocar efeitos de longo prazo nos consumidores (que muitas vezes nunca sequer viram uma embalagem de veneno). E estes consumidores muito dificilmente saberão que as doenças que os afligem foram provocadas pelos agrotóxicos.

    Mais recentemente vêm surgindo também evidências de que o consumo de alimentos transgênicos tem o potencial de produzir efeitos na saúde, que vão desde alergias até problemas reprodutivos.

    Com efeito, a melhor maneira de se garantir uma alimentação saudável e segura é recorrer aos alimentos oriundos de produção agroecológica.

    Responder
  73. Ismael says:
    01/09/2010 às 6:14 pm

    Olá Oclacio,
    Sobre a sua pergunta de segunda-feira, sobre o que fazer com embalagens de agrotóxicos após o uso: mesmo depois de lavadas por três vezes (a chamada tríplice lavagem), as embalagens de agrotóxicos guardam resíduos que são perigosos para a saúde e podem contaminar o solo e a água. Por este motivo, a Lei de Agrotóxicos (7.802/89) determina que, no prazo de até um ano a partir da compra (ou prazo superior, se autorizado pelo órgão registrante), os usuários de agrotóxicos são obrigados a devolver as embalagens vazias aos estabelecimentos comerciais onde foram comprados ou, quando possível, a um posto ou central de recolhimento de embalagens de agrotóxicos. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)

    Os fabricantes de agrotóxicos são responsáveis pela destinação das embalagens vazias após a devolução pelos usuários (elas podem ser inutilizadas ou recicladas para a fabricação de diversos produtos como conduítes, caçambas plásticas para carriolas e tubos para esgoto).

    Embora a construção e o gerenciamento dos postos e centrais de recolhimento de embalagens sejam uma obrigação para os fabricantes de venenos, ainda são poucos os lugares que contam com este tipo de estrutura. Em alguns casos, a instalação só foi possível a partir da mobilização da sociedade e intervenção do Ministério Público.

    Se na sua região não houver nenhuma estrutura para o recolhimento de embalagens vazias, o Ministério Público e a Secretaria de Meio Ambiente devem ser acionados para exigir dos fabricantes e dos comerciantes locais a instalação de um posto ou central de recolhimento.

    Outra questão importante é que, embora a Lei de Agrotóxicos determine que na ausência das centrais ou postos de recolhimento os estabelecimentos comerciais devem receber as embalagens vazias dos agrotóxicos por eles vendidos, a maioria das casas agropecuárias não possui estrutura adequada para o armazenamento de embalagens. Da mesma maneira, poucas dispõem de estrutura para devolução das embalagens aos fabricantes ou a centrais/postos de recolhimento. Por estes motivos, lojas que vendem venenos costumam criar dificuldades ao recebimento de embalagens vazias de seus clientes.

    Mas é importante saber que é obrigação das lojas receber as embalagens e encaminhá-las aos fabricantes ou centrais de recolhimento. Lojas que se recusem a receber as embalagens, ou que as recebam, mas as armazenem fora das normas de segurança e/ou não as destinem corretamente, devem ser denunciadas para a Secretaria Estadual de Agricultura e o Ministério Público Estadual. Neste caso, a denúncia pode ainda ter um papel pedagógico, estimulando os comerciantes a buscar soluções para o problema.

    Por fim, mas não menos importante, eu gostaria de ressaltar que medidas como estas apenas minimizam os terríveis impactos provocados pelo uso de agrotóxicos. Mesmo seguindo-se todas as normas de segurança determinadas pela legislação, a contaminação dos solos, da água, dos alimentos e a intoxicação das pessoas expostas ao veneno é inevitável. A título de exemplo do que estou dizendo, recomendo a leitura da matéria publicada ontem no jornal Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me3108201018.htm – para assinantes), intitulada ?Defensivos contaminam moradores em Mato Grosso?. A matéria relata que
    uma pesquisa feita em dois dos principais municípios produtores de grãos de Mato Grosso encontrou resíduos de defensivos agrícolas no sangue e na urina de moradores, em poços artesianos e amostras de ar e água da chuva (!!) coletadas em escolas públicas.

    Além disso, inúmeras experiências e pesquisas evidenciam que os sistemas agroecológicos de produção são capazes de alcançar produtividades maiores do que as médias alcançadas pela agricultura convencional, manejada com uso intensivo de adubos químicos e agrotóxicos. E sempre com custos mais baixos. A título de exemplo, sugiro a leitura do artigo ?Lidando com extremos climáticos: análise comparativa entre lavouras convencionais e em transição ecológica no Planalto Norte de Santa Catarina?, publicado na Revista Agriculturas: experiências em agroecologia e disponível em http://agriculturas.leisa.info/index.php?url=article-details.tpl&p%5B_id%5D=230088

    Responder
  74. Ismael says:
    01/09/2010 às 6:09 pm

    Oi Flaviana. Com relação à sua pergunta enviada na segunda-feira, os agrotóxicos possuem classificações distintas quanto aos seus perigos para a saúde e para o meio ambiente.

    Com relação à saúde, a Anvisa estabeleceu a seguinte classificação toxicológica: Classe I – Extremamente tóxico (Faixa vermelha); Classe II – Altamente tóxico (Faixa amarela); Classe III – Moderadamente tóxico (Faixa azul); e Classe IV – Pouco tóxico (Faixa verde).
    Cabe lembrar esta classificação toxicológica foi estabelecida em função dos efeitos agudos destes produtos sobre a saúde, ou seja, os efeitos cujos sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição ao veneno. Normalmente, trata-se de exposição excessiva, por curto período, a produtos muito tóxicos.

    Mas é preciso lembrar que mesmo os venenos classificados como ?pouco tóxicos? podem resultar no desenvolvimento de doenças crônicas, aquelas que aparecem apenas após meses ou anos da exposição pequena ou moderada a um ou vários produtos tóxicos. Os danos das intoxicações crônicas muitas vezes são irreversíveis, incluindo paralisias e vários tipos de câncer.

    Do ponto de vista ambiental, o Ibama classificou os agrotóxicos em: Classe I – Produto Altamente Perigoso; Classe II – Produto Muito Perigoso; Classe III – Produto Perigoso; Classe IV – Produto Pouco Perigoso. Esta classificação de periculosidade ambiental baseia-se nos parâmetros de bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico e carcinogênico.

    Quanto aos produtos de uso permitido na agricultura orgânica, a Instrução Normativa 64, publicada pelo Ministério da Agricultura em dezembro de 2008, estabelece as listas de Substâncias Permitidas para uso nos Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal. Os anexos II a VIII desta instrução determinam os seguintes parâmetros:
    ANEXO II – Relação de substâncias permitidas para uso na sanitização de instalações e equipamentos utilizados na produção animal orgânica;
    ANEXO III – Relação de substâncias permitidas na prevenção e tratamento de enfermidades dos animais orgânicos;
    ANEXO IV – Relação de substâncias permitidas para alimentação de animais em sistemas orgânicos de produção;
    ANEXO V – Relação de substâncias permitidas para desinfestação, higienização e controle de pragas das colméias em sistemas orgânicos de produção;

    ANEXO VI – Substâncias e produtos autorizados para uso em fertilização e correção do solo em sistemas orgânicos de produção;
    ANEXO VII – Valores de referência utilizados como limites máximos de contaminantes admitidos em compostos orgânicos; e
    ANEXO VIII – Substâncias e prática permitidas para manejo e controle de pragas e doenças nos vegetais em sistemas orgânicos de produção.

    Todos estes documentos estão disponíveis no site do Ministério da Agricultura, no endereço: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=19345

    Responder
  75. Ismael says:
    01/09/2010 às 4:25 pm

    Bom dia, pessoal. Estarei por aqui hoje conversando com vocês e procurando esclarecer as dúvidas que têm sido apresentadas sobre os temas levantados pelo Fórum esta semana. Até já!

    Responder
  76. Maria Jane Eyre says:
    01/09/2010 às 2:47 pm

    Boa Tarde a todos,
    Prezada Flávia Londres, gostaria que você falasse sobre defensivos naturais no controle de pragas e doenças em lavouras e em sementes, com vista a fabricação (elaboração) e aplicação por parte da Agricultura Familiar.
    Temos conhecimento que o uso da manipueira em culturas tem respondido satisfatoriamente no controle de pragas e doenças.

    Responder
  77. Ismael says:
    01/09/2010 às 10:29 am

    Bom dia, pessoal. Estarei por aqui hoje conversando com vocês e procurando esclarecer as dúvidas que têm sido apresentadas sobre os temas levantados pelo Fórum esta semana. Até já!

    Responder
  78. MARILENE says:
    01/09/2010 às 8:40 am

    Bom dia a todos! Hoje, quarta-feira, vamos para o terceiro dia de debates a respeito dos modelos de desenvolvimento agrícola. Aqui conosco, esclarecendo as dúvidas dos participantes, estará a FLÁVIA LONDRES, engenheira agrônoma que atua nas áreas de sementes, agrobiodiversidade, biossegurança, e segurança alimentar. Ela poderá esclarecer questões sobre agrotóxicos e quais as implicações do seu uso contínuo nas lavouras para a saúde humana e também para o meio ambiente.

    Responder
  79. LUIZ CESAR says:
    01/09/2010 às 7:28 am

    Bom dia, a necessidade de conhecimento e duvidas sobre os trangênicos,deixam duvidas as pessoas menos esclarecidas, assim tornando facil as mudanças e implantação dos trangênicos na agricultura, deixando os valores reais e necessidades das plantas nativas, dos quais somos fartos de variedades e diferentes especies naturais, apenas falta interesse real e econômico.

    Responder
  80. Helena says:
    01/09/2010 às 12:32 am

    Parabéns a todos debatedores e à iniciativa do Forum, estou acompanhando o interesse e a necessidade de mto diálogo sobre o tema, Sou Monica Cox, profa de Agroecologia do depto de geografia da UFF.

    Responder
  81. Elsi says:
    31/08/2010 às 9:04 pm

    Gostaria de deixar alguns dados do Censo agropecuário 2006 para reflexão: dos 60 milhões de lavouras existentes no Brasil, 21 mi (35%) são de soja (alimentação animal), 9,5 mi (16%) são de cana (biocombustíveis) e 5,5 mi (9%)são de eucalipto (produção de celulose). São sistemas que não produzem alimentos, são para exportação, concentram terra e impactam sobre outros cultivos de base familiar e agroecológicos, muitas vezes até impedindo outras atividades agrícolas.

    Responder
  82. Elsi says:
    31/08/2010 às 8:31 pm

    Miriam, você conhece a pagina da Articulação Nacional de Agroecologia? http://www.agroecologia.org.br/
    Denis estará nesta semana conosco e poderá também falar melhor das experiências que existem.

    Responder
  83. Elsi says:
    31/08/2010 às 8:22 pm

    Acredito que o objetivo para potencializar os sistemas agroecológicos de produçao nao estejam em estabelecer apenas um abastecimento para grandes centros, a urbanização da maneira como assistimos, já é em si um reflexo do modelo dominante de agricultura que é mundial. A produção dos agricultores familiares, inclusive a agroecológica, nos chega, isto é fato, 70% do que consumimos vem da agricultura familiar. O porblema é que chega via atravessadores e mercados que lucram com a atividade. Na minha opinião,o que é necessário é mudar esta rede, ou seja, sai mercado e entra Estado com políticas públicas. Acho que o PAA já é um avanço mas precisamos mais. Hoje por exemplo temos o próprio Estado beneficiando o mercado em detrimento dos agricultores: isto se dá pela ausência de políticas públicas (logística de distribuição é uma delas) e pela inadequação de leis como a sanitária, isto faz com que empresas entrem no sistema intermediário, propiciando as devidas regularidades para comercialização dos produtos, o que deveria ser feito pelo Estado. Listei experiências concretas, isto é importante, olhar para experiências onde os agricultores conseguem romper o cerco do modelo dominante e daí tirar pistas para apoiar, infelizmente muitas políticas públicas não entedem assim. A organização dos agricultores é imprescindível, Denis e Gabriel chamaram atenção para a mobilização que ocorre no momento sobre a Campanha do Limite da Propriedade da Terra, a reforma agrária é ainda distante da nossa realidade e a organização para cobrá-la é fundamental como propulsora de um desenvolvimento sobre outras bases: camponesa, agroecológica e de produção de alimentos.

    Responder
  84. Gladia says:
    31/08/2010 às 7:09 pm

    Boa noite a tod@s!
    Considero oportuno debater uma temática tão significativa para sociedade. Necessário se faz que as discussões chegue até os mais interessados agricultores/as familiares no sentido de esclarecer sobre a temática, por outro lado aos que utilizam a pratica de agrotóxicos em suas culturas. O grande desafio é de como avançar na produção em bases agroecológicas, de forma viável e sustentável!!!!

    Responder
  85. Elsi says:
    31/08/2010 às 5:33 pm

    O mercado é dominado como disse Herverton por grandes redes visando o lucro, nesta lógica perdem agricultores e consumidores. Hoje algumas experiências estão nos dando elementos para ver uma saída a este sistema: 1) as feiras locais são uma boa opção onde os circuitos curtos permitem uma maior autonomia dos agricultores ao passo que favorece aos consumidores comprar produtos oriundos de sistemas agroecológicos além de também poderem dialogar e apoiar a luta dos agricultores estabelecendo uma relação mais justa e solidária uma vez que, nós consumidores, também temos que assumir nossa opção de compra. As feiras locais necessitam de uma infra-estrutura básica, de um grupo de consumidores que assumam o compromisso da compra e dos agricultores que planejem sua produção oferecendo produtos variados ao longo do ano. Geralmente um dos maiores problemas é o escoamento da produção, estradas em má conservação, falta de transporte e mesmo de infra-estrutura e locais adequados cedidos pelas prefeituras. Nas feiras locais o agricultor participa diretamente mostrando os produtos que trazem consigo um simbolismo: produção em sistemas agroecológicos e, portanto de um histórico de resistência ao modelo dominante, produtos da reforma agrária ou produtos da roça, mesmo em municípios considerados totalmente urbanos como nas regiões metropolitanas (onde a agricultura urbana e periurbana é expressiva) e por ai vai. 2) compras coletivas onde consumidores se juntam e em contato com grupos de agricultores fazem suas compras, assim se organiza a Rede Ecológica no RJ, a cooperativa O Broto no ES. 3) o mercado institucional é outro importante instrumento que possibilita a autonomia dos agricultores e pode melhorar a alimentação popular, exemplos disso são os bens sucedidos Programas de Aquisição de Alimentos do governo federal. Recentemente foi aprovada a lei 11.497 onde no mínimo 30% de toda a alimentação escolar deve ser oriunda da agricultura familiar, preferencialmente local e agroecológica. Isso abre uma nova perspectiva de mercado para a produção familiar. Existem, porém alguns obstáculos a isso já que existe uma forte presença das empresas especializadas neste ramo tentando se apropriar desta possibilidade de venda. Outro problema é com relação a falta de assistência técnica a agricultura familiar, muitos agricultores ficam impossibilitados de realizar a venda devido a falta de declarações como a DAP (que permite declarar que o agricultor é familiar segundo a definição em lei e apto) e o próprio projeto de venda que requer conhecimentos e uma infra-estrutura para sua elaboração.

    Responder
  86. Maria Jane Eyre says:
    31/08/2010 às 3:10 pm

    Boa Tarde a todos,

    Prezada Flaviane, vejo com muita satisfação essa discussão com temas bastante relevante no contexto da Agricultura brasileira. É importante destacar uma política pública que atualmente vem sendo implementada em todo o país, que é os Territórios da Cidadania, que trata respectivamente de políticas voltadas para o setor rural e urbano. Temos que fortalecer a Agricultura Familiar que se desenvolve em bases Agroecológicas e que hoje em dia ocupa espaços urbanos na produção de hortaliças orgânicas, gerando trabalho e renda no campo e na cidade.
    Esse é o processo que devemos desenvolver em todo o país, na busca da inserção social das famílias de baixa renda.

    Responder
  87. JOAO SOUZA says:
    31/08/2010 às 2:24 pm

    Como é possível planejar e desenvolver o consumo de produtos de base ecológica em municípios com menos de 3000 habitantes ?

    Responder
  88. Fernando says:
    31/08/2010 às 1:04 pm

    Olá pessoal!

    Flaviane

    De que forma você acha que podemos resolver a questão da logística para que os produtos orgânicos cheguem aos grandes centros urbanos?

    No caso de haver uma reforma agrária que propicie maior distribuição de terras e diversidade produtiva, que dificuldades podem ser encontradas pelos agricultores familiares na questão da comercialização e transporte de seus excedentes? O que seria o ideal?

    E, por último: Tendo em vista que as grandes redes de supermercados, que abastecem muitos lares urbanos,visam exclusivamente o lucro e, por isso, compram e vendem conforme as leis do mercado (oferta e demanda), como fazer para que os produtos agroecológicos sejam competitivos e cheguem à grande massa de consumidores que estão principalmente nos bairros de classe média e periferias urbanas?

    Obrigado e parabéns pelo espaço de debate importantíssimo.

    Responder
  89. ARILSON says:
    31/08/2010 às 1:02 pm

    oi pessoal, para que possamos avançar num modelo de baseado na Agroecologia, uma boa iniciativa é participar do Plebiscito Popular pelo limite do tamanho da propriedade da terra no Brasil, uma iniciativa do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. Vejam mais informações e detalhes de como participar em http://www.limitedaterra.org.br.

    Responder
  90. Erika says:
    31/08/2010 às 11:35 am

    Olá pessoal! Flaviane, fale-me sobre as pesquisas e experiências brasileiras, que poderiamos pontuar como bons modelos de cultivo com adubação orgânica/ecologica mais apropriada para regiões do semi árido, e similares.
    Sds
    Míriam Barbosa – Salvador Bahia

    Responder
  91. MARILENE says:
    31/08/2010 às 11:22 am

    Olá, pessoal! Hoje debateremos reforma agrária, agroecologia, justiça ambiental e movimentos sociais, com a agrônoma Flaviane de Carvalho Canavesi, que já se apresentou na mensagem acima. Flaviane é Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), da UFRJ. Mandem suas dúvidas e questões! Participem!

    Responder
  92. Elsi says:
    31/08/2010 às 11:09 am

    Bom dia a tod@s. Hoje cumpro a prazerosa missão de dialogar com vocês sobre os modelos de desenvolvimento rural (antagônicos) que impactam de diferentes formas nosso dia-a-dia. Pelas questões colocadas até agora neste fórum, podemos observar como todos sentimos os impactos de um modelo tecnológico com base na utilização de agrotóxicos, transgênicos e enfim, todo um pacote tecnológico que muitas vezes impede o desenvolvimento de sistemas mais sustentáveis. O consumo consciente como a Tatiane coloca creio que seja fundamental e uma forma de apoiar inclusive uma agricultura de base ecológica. Adolfo coloca uma questão que se refere aos animais nos sistemas de produção e realmente assistimos a degradação causada pelas pastagens (o rebanho bovino que mais cresceu segundo dados do Censo Agropecuário está nos estados da Amazônia), mas o problema em si, no que entendo, não reside nos animais no sistema de produção uma vez que iniciativas mostram que a criação de pequenos animais como cabras e galinhas na agricultura familiar possibilitam a adubação nos lotes sem a necessidade de grandes deslocamentos de esterco de outras propriedades ou mesmo a compra de adubos, o que dá viabilidade a este tipo de adubação orgânica, mais ecológica.
    Aproveitando os exemplos do gado, frango e porco, gostaria de mencionar outros produtos como café e frutas. São cadeias produtivas dominadas pelo mercado (grandes corporações) e que tiram a autonomia dos agricultores. Com exceção do gado, as outras produções são realizadas basicamente pela agricultura familiar que está condicionada a um modelo onde sobra pouca margem para romperem com isso. Mesmo assim, existem várias experiências que conseguem resistir e nos apresentar outros modelos. No Rio de Janeiro, a Articulação de Agroecologia possui um blog que mostra experiências onde os próprios agricultores relatam o seu trabalho em videos (http://articulacaorj.blogspot.com/) Também é possível conhecer experiências do RJ e de outros estados em http://www.agroecologiaemrede.org.br/
    Gostaria de pedir aos participantes que se apresentassem sumariamente como alguns estão fazendo, isto facilita nossa comunicação.
    Continuamos.

    Responder
  93. Eliane Brunet says:
    31/08/2010 às 10:35 am

    Bom dia.
    O modelo de desenvolvimento rural que eu acredito não é o de grnde latifúndios e monocultura, pois este sistema exclui a agricultura familiar que trabalha no sistema de pequenas propriedades, não utiliza maquinários ultra modernos e não conseguem ter a logística necessária para que seus produtos sejam comercializados nos grandes mercados.
    Sou contra o uso dedefensivos agrícolas, nome bonitinho para agrotóxico, sou pelo manejo orgânico e com culturas rotativas que não exaurem o solo, pelo contrário, repoem parte do nitrogênio consumido.
    Sem pensarmos numa reforma do modelo agrícola brasileiro, não poderemos pensar em fixar o rural no campo, pois ele não consegue sobreviver com a política esmagadora dos grandes latifundiários que praticam a monocultura e possuem uma logística infalível, e assumem o mercado tanto interno quanto externo.
    Lúcia Santana – Fiocruz

    Responder
  94. Edson says:
    31/08/2010 às 10:23 am

    Prezados especialistas, no momento em que se debate sobre a necessidade mundial de uma maior produção de alimentos com maior qualidade nutricional e com maior sustentabilidade, ou seja, menor impacto no ambiente natural, qual o conhecimento e a opinião de vocês sobre a possibilidade de se reduzir, ou mesmo terminar, com a criação de animais (gado, porcos e frangos), que consomem grande quantidade de alimentos vegetais e água, além de poluirem o ambiente, e se estimular a população para uma alimentação essencialmente com vegetais, de preferência livre de agrotóxicos? Um abraço, Adolfo – Serpro/Florianópolis

    Responder
  95. Carol says:
    31/08/2010 às 10:21 am

    Olá, gostaria de concorrer ao livro.Meu comentário é q cada vez mais precisamos divulgar informações e/ou atitudes que nos levem à praticar o consumo sustentável= consumo consciente.

    Responder
  96. ARILSON says:
    31/08/2010 às 10:10 am

    oi pessoal. Sou o Denis. Vou estar por aqui, no Fórum, na sexta-feira. Acho que o debate está bem rico. Seguimos.

    Responder
  97. ADALBERTO says:
    31/08/2010 às 2:31 am

    Boa noite, sou missionaria Angela,coordenadora da Ong EDUQVIDA. Parabéns pela iniciativa do Fórum que trata destas questões criticas. O modelo ideal seria: Pequenas propriedades com sementes nativas utilização de defensivos naturais, poliproduçao em agricultura familiar; onde o governo deveria dar maior apoio de recursos. A não mecanização oferece mais oportunidades de trabalho no campo. Quanto aos transgenitos, agrotóxicos e defensivos, produtos perigosos, deveriam conter não somente informações nas embalagens mas também os danos causados à saúde do consumidor.

    Responder
  98. marcio says:
    31/08/2010 às 12:15 am

    boa noite,sou voluntário de Furnas (CTE.O)onde temos uma Horta comunitária,não é utilisado agrotóxicos nas plantas,mas usa poucas quantidades nos matos arredores,a bomba de jogar veneno,roupas e luvas são lavadas e cai do tanque dentro de um tambor que é usada novamente,assim não é jogada nos rios.Pergunto se não tem algum produto para neutralizar venenos que são usados em grandes quantidades em fazendas de alta produção?

    Responder
  99. Janir says:
    30/08/2010 às 10:43 pm

    Olá Flaviana e Claudio, vou deixar as perguntas de vocês para a Flavia Londres, que estará aqui na quarta e tem maiores detalhes sobre o assunto. Os interessados em continuar acompanhando o tema dos transgênicos podem receber o boletim eletrônico semanal produzido pela AS-PTA enviando uma mensagem para boletim@aspta.org.br. Abraços, Gabriel

    Responder
  100. Janir says:
    30/08/2010 às 10:40 pm

    Oi Rosane, se de fato os transgênicos fossem bom as empresas fariam questão de divulgar, e não omitiriam a informação como vêm fazendo. A rotulagem é lei que vale para o país todo desde 2003 e está do lado dos consumidores. Vale a pena usar o 0800 e o SAC para entrar em contato com as empresas dos produtos que você costuma comprar para saber se ela usa ou não ingredientes transgênicos. Na página do Greenpeace há uma lista de produtos que contém transgênicos.

    Responder
  101. Janir says:
    30/08/2010 às 10:35 pm

    Caro Pedro, as sementes transgênicas contaminam as crioulas, seja pela polinização, seja pela mistura de sementes. Por isso dizemos que é impossível a convivência ou a coexistência entre as sementes transgênicas e as demais. Há regiões do semiárido onde é proibido o plantio de algodão transgênico porque nelas há ocorrência do algodoeiro nativo (Ex.: Seridó no RN e norte da BA). Como são selecionadas ao longo do tempo para as condições locais de cultivo, as sementes crioulas são muito mais adaptadas ao semiárido e por isso permitem ao produtor uma produção mais eficiente e com menores custos. Veja os resultados recentes colhidos pela AS-PTA e entidades parceiras em ensaios de competição com milho e feijão crioulos e melhorados no Cariri paraibano: http://www.aspta.org.br/programa-paraiba/recursos-geneticos/qualidade-de-sementes-da-paixao-e-comprovada-em-pesquisas-no-cariri-paraibano

    Responder
  102. Janir says:
    30/08/2010 às 10:27 pm

    Olá Ana Maria, hoje em dia toda a cadeia agroalimentar está montada para o produtor convencional. Começam aí as dificuldades do orgânico. O crédito para produzir induz ao uso dos pacotes agroquímicos ao invés de estimular a produção ecológica. Há muitas feiras em cidades menores onde é possível comprar produtos orgânicos direto do produtor a preços iguais aos dos mercados. O que acontece muitas vezes é que nas capitais o produtor está mais longe dos mercados ou são poucos os pontos de venda. Isso acaba encarecendo o preço final do produto. Tem ainda a questão ideológica. É muito forte a mensagem de que o moderno é comprar tecnologia de ponta que as empresas anunciam. E por outro lado dizem que aquilo que é tradicional, artesanal, de pequena escala etc. é atrasado. Ninguém é contra tecnologia ou quer a volta ao passado, mas moderno hoje em dia, e cada vez mais, é saber usar os recursos da natureza de forma sustentável.

    Responder
  103. Janir says:
    30/08/2010 às 10:18 pm

    Prof. Harrysson, de fato o MP é um ator de grande importância para a efetivação de direitos. No final do ano passado, por iniciativa do Ministério Público do Trabalho e do MP Federal em parceria com organizações civis e movimentos sociais, foi lançado o Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, que tem como objetivo mobilizar órgãos públicos e a sociedade para promover ações de defesa da saúde do trabalhador, consumidor e do meio ambiente.

    Responder
  104. Janir says:
    30/08/2010 às 10:12 pm

    Keila, quanto mais monocultura, mais desequilíbrio ambiental. Quanto mais uniformidade genética, mais vulneráveis a pragas e doenças as plantas ficam. As sementes transgênicas são linhagens de baixíssima variabilidade genética e selecionadas para serem cultivadas em monoculturas com o emprego de agroquímicos.

    Responder
  105. Janir says:
    30/08/2010 às 10:07 pm

    Oi Antonieta, uma coisa que está certa é que para termos um modelo mais sustentável para o campo temos que ter uma agricultura familiar forte e numerosa. É o contrário das grandes monoculturas, que empregam em média uma pessoa a cada 100 hectares. Para isso os produtores devem ter garantido seu acesso à terra. Daí a importância do plebiscito popular sobre o limite da propriedade da terra, que será realizado entre os dias 01 e 07 de setembro. Veja em http://www.limitedaterra.org.br como participar.

    Responder
  106. Janir says:
    30/08/2010 às 9:59 pm

    Olá Marcos, há muitas organizações no Brasil que vêm demonstrando em pequenos projetos como é possível fortalecer a agricultura familiar por meio de modelos alternativos de agricultura. E isso se dá em todas as regiões do País. Essas experiências precisam agora ganhar escala e chegar a mais e mais agricultores. Para isso é preciso que a agroecologia esteja cada vez mais presente nos cursos de ciências agrárias, na extensão rural, na pesquisa agropecuária, no credito rural, nas políticas publicas para o campo e na imprensa. A agroecologia já mostrou ser mais viável que a agricultura convencional em termos de custo/benefício e impacto ambiental. Em tempos de mudanças climáticas e crise energética, torna-se cada vez mais necessário que o apoio dos órgãos e das políticas publicas seja direcionado para o modelo de agricultura que dará conta de enfrentar esses desafios, e não para aquele que agravará suas causas.

    Responder
  107. Janir says:
    30/08/2010 às 9:43 pm

    Oi Renata, um dos problemas que mais discute atualmente, e que vem afetando pequenos e grandes produtores, é o monopólio sobre as sementes. Hoje, três empresas (Monsanto, DuPont, Syngenta) controlam 50% do mercado global de sementes. As três são originalmente empresas agroquímicas, mas que a partir da década de 1980 passaram a investir intensivamente na compra se empresas de sementes em todo o mundo. São as mesmas companhias que lideram o mercado de sementes transgênicas. Com controle cada vez maior sobre o tipo de semente que será vendida, essas empresas estão tirando do mercado as sementes convencionais e substituindo-as pelas transgênicas. As transgênicas são mais caras e sobre elas recaem taxas pelo uso de tecnologia patenteada. Além disso, as sementes transgênicas estão amarradas ao uso de agrotóxicos, como vimos acima. Assim, o interesse das empresas é a venda casada. Para se ter uma ideia, no caso do milho aqui no Brasil, cujas variedades transgênicas foram liberadas em 2008, hoje, em cada 4 novas variedades que chegam ao mercado, 3 são transgênicas. Fica fácil de ver como o agricultor que depende de comprar sementes vai cada vez mais ficando sem opção. Isso em parte responde a questão levantada pela Chica.
    Para ver notícias recentes sobre como esse monopólio está afetando os produtores, veja: http://pratoslimpos.org.br/?tag=monopolio

    Responder
  108. Janir says:
    30/08/2010 às 9:16 pm

    perdão, é Massao

    Responder
  109. Janir says:
    30/08/2010 às 9:16 pm

    Marcelo, o que mais se tem visto no Brasil é o aumento do uso de agrotóxicos em decorrência do uso seguido de sementes transgênicas. É exatamente o contrário do que as empresas haviam prometido que aconteceria com a adoção dos transgênicos. Apesar das inúmeras promessas de que a modificação genética geraria plantas mais produtivas, mais nutritivas, resistentes à seca e por aí vai, o que se vê até hoje, mais de 13 anos depois do lançamento das primeiras sementes modificadas, são só dois tipos de novas características: plantas resistentes a herbicidas (veneno mata-mato) e plantas inseticidas (Bt). As plantas Bt produzem em todas as suas células uma toxina que mata alguns tipos de lagartas que atacam milho e algodão, por exemplo. Acontece que há vários estudos mostrando que insetos benéficos também são afetados pelo Bt e com isso aumenta o desequilíbrio ecológico na plantação. Como consequência, insetos que não causavam prejuízos significativos às culturas passam a ser considerados praga e levam o agricultor a aplicar inseticidas. No caso das plantas resistentes a herbicidas, como a soja Roundup Ready, da Monsanto, o uso repetido do mesmo veneno acaba selecionando mato resistente que deixa de ser controlado pelo produto. Essas plantas se multiplicam na lavoura e geram milhares de descendentes também resistentes. Resultado: mais veneno. Lembrem que a empresa que desenvolveu e patenteou as sementes transgênicas é a mesma que vende os agrotóxicos. Ou seja, trata-se do círculo vicioso da revolução verde a que o André Nassao se referiu. Para se ter uma ideia de como a proliferação do mato resistente cada vez mais se torna um grande e oneroso problema para o produtor, veja: http://pratoslimpos.org.br/?tag=buva

    Responder
  110. FORMIGA says:
    30/08/2010 às 8:33 pm

    olá boa noite,

    gostaria de saber, O que devemos fazer com a embalagem dos agrotóxicos? qual o destino correto para para a embalagem após o uso?

    Responder
  111. lucimar says:
    30/08/2010 às 8:11 pm

    Os agrotóxicos podem ser definidos como quaisquer produtos de natureza biológica, física ou química que têm a finalidade de exterminar pragas ou doenças que ataquem as culturas agrícolas. Os agrotóxicos podem ser:
    E como eles podem classificados e quais são os agrotóxocos orgânicos- sintéticos de uso proibido na agricultura agroecológica?

    Responder
  112. maris says:
    30/08/2010 às 6:17 pm

    Alem de ficarmos dependentes em relação as sementes sobre o que devemos plantar, onde, como e para quem (colonialismo? neocolonialismo?), o nosso direito ao amplo acesso de o que estamos consumindo também esta sendo negado, onde se configura em um flagrante desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor. As empresas de biotecnologia omitem informações sobre a origem, natureza, qualidade e riscos dos produtos e o Estado é omisso em legislar e fiscalizar. Cabe a sociedade civil se organizar e criar mecanismo de divulgação que determinado produto é transgênico ou possui em sua cadeia produtiva algum tipo de transgênico e conscientização que a informação é um direito cabendo ao consumidor decidir se quer adquiri-lo ou não. Acho oportuno este fórum e solicito informações de como ou onde obter listagem de produtos alimentícios que contém transgênicos.

    Responder
  113. Maria Jane Eyre says:
    30/08/2010 às 4:48 pm

    Gabriel, como você vê a entrada de sementes geneticamente modificadas no Bioma Caatinga, onde percebemos a vulnerabilidade desse ecossistema. Dentro de um manejo agrossilvipastoril, como fica a convivência do semeio com sementes creoulas e transgênica?

    Responder
  114. marlene says:
    30/08/2010 às 4:24 pm

    pois é; que modelo de desenvolvimento rural queremos para o Brasil ?
    penso que o mais saudavel; o menos impactante.
    mas como nos organizarmos para podermos decidir realmente ?

    Responder
  115. Aninha says:
    30/08/2010 às 4:05 pm

    Para recordar um pouco… Atualmente estamos dentro da chamada “Revolução Verde”, que baseia-se no uso de sementes híbridas, adubos químicos e agrotóxicos.

    Os transgênicos são mais uma ferramenta deste processo, onde o agricultor familiar perde totalmente o domínio sobre a semente, e também o direito produzir sua própria semente.

    Ou seja, temos a perda da soberania sobre a produção de alimentos…

    Responder
  116. Aline says:
    30/08/2010 às 3:47 pm

    Gabriel, tenho notado que nos vasos c/ mais ou menos 80l devo plantar vários tipos, não uso agrotoxico, inibe a criação de pragas, pergunto se em grande escala o resultado é o mesmo? As sementes nativas precisam que as sadias mães deem boas sementes, é a ação da natureza, hoje prejudicada com a poluição que anda interferindo na brota?
    Trangenico, me leva a pensar que só teremos futuramente filhos lindos, inteligentes, ativos, (híbridos?)

    Responder
  117. Janir says:
    30/08/2010 às 1:49 pm

    Olá a todos, na programação de debates para esta semana vamos discutir diferentes questões ligadas ao desenvolvimento rural do nosso país. Hoje vamos conversar mais sobre o papel das sementes na produção agrícola e na nossa alimentação e falar também sobre a controvérsia dos transgênicos. Volto no final da tarde para comentar as perguntas que chegaram. Até já. Gabriel

    Responder
  118. emmano says:
    30/08/2010 às 12:20 pm

    Bom dia a todos. Acho o tema do fórum muito importante. Gostaria de saber porque os produtores preferem utilizar as sementes trangênicas em vez das nativas, já que se fala tanto dos problemas que os trangênicos podem causar?

    Responder
  119. William says:
    30/08/2010 às 12:19 pm

    Boa tarde Gabriel! Na sua avaliação, o que é preciso para fortalecer no Brasil modelos alternativos de agricultura, como a agroecologia?

    Responder
  120. Luiza says:
    30/08/2010 às 12:11 pm

    Oi, pessoal. Bom participar deste fórum. Parabéns ao Mobilizadores por esta iniciativa. Gostaria de entender como os transgênicos impacto o desenvolvimento rural no Brasil?

    Responder
  121. Magda says:
    30/08/2010 às 11:16 am

    Olá, bom dia. Gostaria de saber quais as consequências que o uso contínuo de sementes geneticamente modificadas pode trazer para as plantações ?

    Responder
  122. MARILENE says:
    29/08/2010 às 11:25 pm

    Sejam todos muito bem vindos a este fórum onde debateremos modelos de desenvolvimento agrícola. A cada dia desta semana, teremos um especialista convidado que vai procurar responder às dúvidas e questões dos demais participantes do fórum. Nesta segunda, nosso convidado é o GABRIEL FERNANDES, engenheiro agrônomo e assessor técnico da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), e também coordenador da Campanha por um Brasil Livre de Transgênicos.

    Responder

Facilitador(a)

Eli Lino de Jesus

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