Os resultados do estudo sobre usuários de crack que buscaram ajuda em serviços de proteção social localizados em três cidades da Região Metropolitana do Recife (Jaboatão, Cabo de Santo Agostinho e Recife) e de uma cidade do agreste pernambucano (Caruaru) serão apresentados em seminário no dia 14 de abril. A apresentação, intitulada Vulnerabilidade de usuários de crack ao HIV e outras doenças transmissíveis: estudo sociocomportamental e de prevalência no estado de Pernambuco, será no auditório da Fiocruz Pernambuco, às 9h. Os participantes do estudo fazem parte do Programa de Atenção Integral aos Usuários de Drogas e seus Familiares, conhecido como Programa Atitude, mantido pelo Governo de Pernambuco.
Realizado pela Fiocruz Pernambuco, com 1.062 usuários de crack, o estudo revela, entre outros dados, que a maioria dessas pessoas são homens jovens, vivendo em situação de rua e com baixa escolaridade. O tempo médio de uso de crack foi de nove anos, tendo 44% iniciado o uso da droga antes dos 18 anos de idade. A maioria tem vínculo familiar rompido e 41% não trabalha atualmente. O conhecimento sobre o HIV é menor que o da população geral e os números de casos de HIV e sífilis positivos são maiores entre as mulheres. A pesquisa revela também que mais da metade (54%) dos participantes já usou crack transformado em pó, o chamado “virado”, que relatam causar efeito menos intenso e mais prolongado.
O objetivo do estudo é conhecer a cultura do uso de crack e identificar as características de maior vulnerabilidade dessa população para infecção pelo HIV, sífilis, hepatites e tuberculose.
Acesse aqui a programação completa do evento.
Serviço:
Seminário Vulnerabilidade de Usuários de Crack ao HIV e outras Doenças Transmissíveis: estudo sociocomportamental e de prevalência no estado de Pernambuco
Data: 14 de abril de 2016
Horário: 9h
Local: Fiocruz Pernambuco (Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães), no Recife