Cartilha de Comércio Ético e Solidário organizada pelo FACES do Brasil, que foi lançada durante o V Fórum Social Mundial (Porto Alegre-RS em janeiro de 2005).
Cartilha de Comércio Ético e Solidário organizada pelo FACES do Brasil, que foi lançada durante o V Fórum Social Mundial (Porto Alegre-RS em janeiro de 2005).
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Pessoal! Adorei a ilustração da cartilha! Bem artística… E o modo como as coisas são descritas também está ótimo. Bem esclarecedor… Um abraço em todos!
Pessoal! Adorei a ilustração da cartilha! Bem artística… E o modo como as coisas são descritas também está ótimo. Bem esclarecedor… Um abraço em todos!
É necessário envidarmos nossos esforços para conscientização das pessoas para o consumo consciente:nas escolas, igrejas, clubes…onde tiver gente reunida devemos levar esse tema tão importante para fortalecimento e divulgação do consumo justo e solidário.Só assim o comércio justo se tornará realidade.
Não existe comercialização sem consumidor.
No meu entendimento é que, se deu certo para os outros paises, já deu certo para nós, o que se faz necessário para haja um fortalecimento maior é a credibilidade dos grupos produtores e consumidores, a questão é que existe dentro dos próprios grupos uma certa discriminação, preconceito. O Comércio Justo preocupa-se com as relações comerciais desiguais que existem entre esses grupos e ao meu ver não está havendo o devido respeito por esta grande proposta que mudará a nossa história.
Eulália Rodrigues de Barros
Não acredito que haja falta de interesse sobre a procedencia dos produtos, foi um aprendizado e nós aprendemos a nos comportarmos de uma determinada forma, agora está sendo apresentado outra forma de comportamento, para que ele se instale é necessário aprender a “ser dessa forma”, a se preocupar com a origem do produto mais do que com vantágem que ele vai me proporcionar. Vejo o comercio Justo como uma forma de relações de respeito, de valorização do capital social, do capital humano, e de todos os outros tipos de capital sem que um prevaleça sobre o outro.
Ao contrário da Ana, eu sou mais otimista e enxergo com certa empolgação esse contexto como uma grande oportunidade. O movimento do Comércio Justo existe desde 1960 e tem se desenvolvido bastante, mesmo que, muitas vezes ficou restrito à Europa. Na Inglaterra, por exemplo, existe cidades inteiras, que funcionam com base nos princípios do Comércio Justo [www.fairtradetowns.org]. Além do modelo das próprias ecovilas, que já são aplicados no país. Mas, esse movimento existe há 50 anos na Inglaterra, por isso nada mais que natural, que o país tenha atingindo esse grau de desenvolvimento. E é preciso ter cuidado com os parâmetros, que escolhemos para comparar ao mercado interno. Na minha opinião, a principal dificuldade de desenvolver esse mercado é a falta de estímulo da nossa própria demanda. Até porque, a participação do Brasil nesse movimento muitas vezes, se restringe aos produtores. E devido a essa falta de estímulo os produtores acabam exportando seus produtos – não que isso seja um problema, ao contrário – porque o próprio mercado não é capaz de absorver sua produção – e consequentemente eleva o preço final. O nosso principal desafio, na minha opinião, é promover o consumo consciente dentro do país, seguindo os exemplos dos nossos “semelhantes”, como o Comércio Justo Mexico [www.comerciojusto.com.mx].
Ainda é muito distante a idéia do comércio justo considerando dois fatos: primeiro pela falta de interesse por parte dos consumidores em relação à origem do produto consumido e toda a cadeia de acontecimentos até a chegada deste à sua mão, mesmo porque atualmente cada vez mais nos é abstrato a idéia de saber verdadeiramente a origem do que consumimos. O outro motivo é a falta de transparência nessas relações comerciais que acaba po estimular o desinteresse.
A proposta doo comércio justo é maravilhosa, mas a integração e conscientização de toda a sociedade – antes mesmo de um abraço governamental – é essencial para que se começe a pensar de uma outra maneira e a reformar um sistema que sobrevive há séculos.
Acredito que as propostas deste tipo de comércio deveriam ser mais abraçadas por políticas governamentais, pois visam um nação mais justa e o desenvolvimento de pessoas que estão sendo integradas a um programa de desenvolvimento pessoal e comunitário, incentivando a busca de valores que beneficiam ao conjunto e conseqüentemente a cada integrante do CES.