A escola vive uma profunda crise de legitimidade.
O mundo mudou, ficou complexo, novas demandas surgiram. Os estudantes na escola também são outros, diversos na origem e nos interesses. Os professores carecem de condições para um trabalho digno. A sociedade alterou suas expectativas referentes à escola e, assim, criou-se um complicado jogo de múltiplas contradições e, para essa complexidade, não cabem respostas e políticas simplistas.
Li há pouco entrevista da secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, na qual ela ressalta que “a cultura dá sentido à existência e torna a pessoa consciente do seu papel no mundo”.
É inegável que português e matemática são ferramentas essenciais para a vida e o desenvolvimento individual.
Mas – perdoem-me a metáfora – do que adianta saber usar o prego e o martelo sem ter consciência do quão bom ou ruim está-se a construir com eles?