A primeira coisa que se pensa quando se fala em água é saneamento básico, ou a falta dele. De fato, o Brasil tem indicadores de ruins a péssimos nesse quesito, com reflexos trágicos em saúde pública. Por exemplo, em 2011, quase 400 mil pessoas deram entrada no Sistema Único de Saúde – SUS – em todo o país com doenças diarreicas, sendo que cerca de 50 mil delas vivem nos 100 maiores municípios brasileiros. Mais trágico ainda é que cerca de 70% dessas pessoas são crianças de 0 a 5 anos, uma idade onde as questões de saúde assumem com mais força a dimensão de vida ou morte. Há, no entanto, outros usos para a água, onde a gestão tem impactos importantes na capacidade de geração de empregos, renda e qualidade de vida.