O filósofo e teórico dos meios de comunicação Franco Berardi acredita que o crescimento, nos últimos 40 anos, dos casos de depressão e do número de suicídios, assim como a maioria dos atos violentos produzidos nos últimos anos – os assassinatos em massa ou os atentados suicidas radicais – estão estreitamente vinculados às condições de hipercompetição, subsalário e exclusão promovidos pelo ethos neoliberal. Ele sugere que, ao analisar os efeitos que a economia de mercado tem em nossas vidas, devemos também incorporar um elemento novo e transcendente: o modo como os fluxos informativos acelerados a que estamos expostos por meio das “novas tecnologias” influem em nossa sensibilidade e processos cognitivos.