Com o lema “Água é um direito, não mercadoria”, termina nesta quinta-feira (22), Dia Mundial da Água, o Fórum Alternativo Mundial da Água (Fama), que desde o último fim de semana reúne em Brasília (DF) mais de 2 mil pessoas, representantes de entidades, movimentos sociais e populares de 30 países. Integrantes do Fama encerram a programação, nesta manhã, com uma passeata pela área central da Capital, intitulada “Luta pela água”.
O Fórum Alternativo trouxe à Capital discussões centrais sobre a defesa pública e controle social das fontes de água, o acesso democrático à água, a luta contra as privatizações dos mananciais, as barragens e em defesa dos povos atingidos, serviços públicos de água e saneamento e as políticas públicas necessárias para o controle social do uso da água e preservação ambiental, que garanta o ciclo natural da água em todo o planeta.
Ao longo das atividades do Fama, as plenárias unificadas de debate apontaram “um cenário de avanço do capital em crise, com exploração e mercantilização dos recursos naturais, entrega e privatização das riquezas dos países a empresas estrangeiras, perda de direitos e perseguição e criminalização da luta”.
A coordenação brasileira do Fama é formada por 36 importantes entidades, como ASA, Abrasco, Cáritas, Contag, Cut, Fase, entre outras.
Leia a Declaração Final do Fórum Alternativo Mundial da Água.
Contraponto – Criado em 2003, o Fama luta pelo direito humano à água, contra a privatização do recurso e pela consciência política da sociedade para que ela se apodere dos destinos do uso da água em cada lugar no mundo.
Por isto, não reconhece a legitimidade e se contrapõe ao 8º Fórum Mundial da Água, evento que ocorre paralelamente, também em Brasília, até sexta-feira (23).
O Fama afirma que “ o ‘8o Fórum Mundial da Água’ é ilegítimo. É uma feira de negócios que visa promover um mercado que dá acesso às multinacionais do setor de água e do saneamento. A portas fechadas, este evento permite que as grandes empresas tenham acesso privilegiado às decisões dos governos e bloqueiam, a base de corruptelas e subornos, o avanço de políticas públicas globais que resolvam a crise de acesso à água”.
O Fama defende a participação da sociedade nas decisões políticas relacionadas ao tema. “As políticas públicas de água devem ser debatidas democraticamente com as populações e, em particular, com as comunidades afetadas”, afirmam os coordenadores do Fórum Alternativo.
Para saber mais, acesse: http://fama2018.org/.
Fonte: Rede Mobilizadores, com informações do Fama